27 julho 2007

GUARDAS DE TRÂNSITO EM RIO BRANCO

Walter Prado sai em defesa do juiz federal Jair Facundes

O deputado estadual pelo PSB, Walter Prado, disse no início da tarde de hoje que "é preciso uma reciclagem para os policiais militares do Acre e um curso de relações humanas para evitar que as boas ações da Polícia Militar do Acre sejam suplantadas pelo bom trabalho da maioria de bons policiais".

O deputado que durante parte de sua vida militou na policia civil e é conhecedor do trabalho sério desenvolvido pelas policiais, lamentou o episódio que envolveu o juiz federal Dr. Jair Facundes, no qual "um acreano de valor e cumpridor de suas obrigações, que é a de zelar pela justiça para todos".

Diz Walter: "o dr. Jair foi agredido por uma ação impensada de um policial, tendo em vista que o magistrado é pessoa bastante conhecida da sociedade acreana e uma autoridade constituída do Estado, fato que por si só já torna a ação desnecessária, considerado que o juiz federal tem prerrogativas estabelecidas em lei e deveriam ser de conhecimento da autoridade policial".

Segundo Prado, caberia sim, como ação policial, a formalização de um boletim de ocorrência para o seu superior relatando o ocorrido. Dessa forma ele estaria respeitando a posição da autoridade e resguardando o seu direito de ter agido no cumprimento do seu dever.

2 comentários:

  1. Os dois foram muito infelizes no episódio. O Juiz por provocar a situação estressando o agente no pleno exercício de suas funções. Não precisava daquela cena toda, ainda mais vindo de um juiz federal, que ganha mais de R$ 20 mil por mês.

    O militar estava fazendo seu trabalho e deveria ter sua autoridade respeitada por qualquer cidadão que seja. Foi infeliz ao dar tiro desnecessário. Sempre cabe buscar melhorar no atendimento ao cidadão.

    O juiz tem prerrogativa no exercício de suas funções. Não tem nada haver com infração de trânsito. Se foi acusado de tal infração deveria ouvir, acolher e impugnar como faz qualquer cidadão.

    Por uma pessoa ser juiz ou deputado, não pode sair infligindo regras de convívio social estabelecidas em Lei.

    Colocou sua vida em risco ao sair à paisana com arma em punho. Isso poderia levar à uma reação de légitma defesa. Poderia muito bem pegar o celular e comunicar o fato ao Secretário de Segurança.

    O juiz deveria é pedir desculpa à coorporação militar.

    Achei a cena muito provinciana. Já presenciei a elite da PM paulistana sair do carro empunhando escopetas na cabeça de cidadãos comuns em abordagens - pode ser exagero mas veja o que acontece com policiais no RJ - alvos de bandidos. Tais abordagens são para proteger a sociedade. O juiz mais do que ninguém deveria entender isso. Afinal não está escrito juiz ou deputado na testa de ninguém.

    ResponderExcluir
  2. Nada justifica o uso desnecessário da força, especialmente em questões envolvendo assuntos relativos ao trânsito.

    Existe uma coisa que está arraigada no sub consciente do brasileiro que é: "todo mundo é culpado até que prove o contrário". Isso é generalizado! Todos sabem disso. Combinado com o alto nível de violência vivido por nossa sociedade, deve estar ai o motivo da polícia brasileira, de uma maneira geral, ser conhecida por sua truculência e violência.

    Por outro lado, ainda é comum no Brasil a tentativa de alguns membros da população (de uma maneira geral) de dar a famosa carteirada, ou seja, "sabe com quem está falando?"

    Finalmente, em nosso país também é comum pessoas que nunca tiveram a oportunidade de se sentir com o poder nas mãos (do policial ao juiz, do ganhador da loteria ao indivíduo que sobe na escala social mediante a corrupção), de exagerar em sua tentativa de se impor socialmente.

    É um problema complexo de se resolver porque leva tempo, lições de cidadania e educação.

    A solução para o problema fica para a próxima geração porque esta já está perdida.

    ResponderExcluir