CARLOS MINC, O LICENCIADOR
Carlos Minc licenciou obras em tempo recorde no Rio
Italo Nogueira e Sérgio Torres
da Folha de S.Paulo
Nos quase 17 meses sob a administração de Carlos Minc, a Secretaria do Ambiente do Rio licenciou em tempo recorde obras de grande impacto ambiental e de interesse direto do governo federal. Entre elas, o Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), que a Petrobras planeja construir na proximidade dos manguezais de Guapimirim, única área preservada da baía de Guanabara.
Parte da estrutura que permitiu a agilidade na emissão de licenças foi financiada por empresários. Por meio da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a secretaria garantiu R$ 22 milhões paracontratar funcionários temporários, comprar material e reformar sua sede.
A nova estrutura e metodologia acelerou a emissão de licenças. Segundo a secretaria, foram emitidas 2.068 licenças desde fevereiro de 2007 até ontem. Foi aproximadamente, segundo o órgão, a mesma quantidade emitida nos três anos anteriores (2004 a 2006).
A licença ambiental para o Comperj ficou pronta em março, seis meses após a Petrobras entregar os Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do empreendimento avaliado em US$ 8,4 bilhões. Quando entregou a licença à Petrobras, Minc disse que "a população pode ficar tranqüila porque o empreendimento não vai trazer reflexos ambientais".
A avaliação da associação civil sem fins lucrativos Instituto Baía de Guanabara difere da do novo ministro. Para a presidente da entidade, a engenheira química Dora Negreiros, a escolha do local onde ficará o Comperj (Itaboraí, a 45 km do Rio) é equivocada. "Houve uma decisão política e econômica. O próprio presidente da República pousou de helicóptero e disse: "É aqui". Isso antes de licenças e estudos ambientais. Tenho medo da desordem urbana que poderá ocorrer na região."
A Firjan firmou convênio com a secretaria em fevereiro do ano passado para reformar a sede da secretaria e órgãos vinculados, realizar estudos de gestão, comprar carros e computadores e contratar 147 técnicos temporários para apoiar na emissão de licenças.
Para o diretor-geral da Firjan, Augusto Franco, o financiamento foi feito "de forma transparente". "As empresas estão contribuindo porque um órgão ambiental sucateado é tudo o que elas não querem."
Também no caso do Arco Metropolitano, rodovia de 146 km entre o Comperj e o porto de Itaguaí (cidade a 75 km do Rio), a licença da Secretaria do Ambiente veio rapidamente. O trajeto cruzava a Floresta Nacional Mário Xavier (Seropédica, Baixada Fluminense).
Por causa de sua atuação no caso, Minc recebeu na segunda elogios públicos do presidente Lula durante o lançamento da pedra fundamental da obra.
Minc é formado em geografia, tem mestrado em Planejamento Urbano na Universidade de Lisboa e doutorado em Economia do Desenvolvimento na Universidade de Paris 1 (Sorbonne). Escreveu cinco livros, sobre temas relacionados à ecologia e política. Em 1989, recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela ONU aos ativistas que se destacam mundialmente nas lutas em defesa do meio ambiente.
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Comentário de José Varella*
Então era essa a pressa para achar substituto ao MMA? E a grana da Helibras grudou ao polpupo cargo o companheiro Jorge Vianna, defensor da floresta convertido à indústria aeronáutica, sem mais lembranças do mártir ecológico de Xapuri?
Vamos ter que fazer estátua pública ao personagem genial de Elio Gaspari, o Eremildo, o Idiota; que representa os militantes ambientalistas da colônia tupiniquim.
Como diria Marcelo Leite em seu blogue na Folha SP on line, "Marina já foi tarde"... e Minc ainda não chegou e já está sob críticas. Agora imaginem se Marina aguentasse lá mais uma dose de sapos vivos para engulir, como fez durante esses últimos anos? A Floresta Amazõnica é uma ótima cortina de fumaça, não? Todo mundo a querer salvar e fazendo o diabo bem debaixo do nariz da "vigilante" Mídia...
Ponto para Marina que resolveu pegar o chapéu e se mandar. Aí "cabeção"!, ninguém entendeu a sacada mordaz de Marcelo Leite. Se Marina se mandasse antes, sabe lá o que já tinha vindo a furo... Hein?
* José Varella, nasceu em Belém do Pará, Brasil, em 30/10/1937, onde reside. Foi jornalista e funcionário do serviço exterior brasileiro, autor dos ensaios "Novíssima Viagem Filosófica" e "Amazônia Latina e a terra sem males". É colaborador da Rede Brasileira de Informação Ambiental, uma OSC (organização da sociedade civil) sem fins lucrativas, fundada pelo jornalista e escritor Vilmar Sidnei Demamam Berna, ganhador do Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente.
Italo Nogueira e Sérgio Torres
da Folha de S.Paulo
Nos quase 17 meses sob a administração de Carlos Minc, a Secretaria do Ambiente do Rio licenciou em tempo recorde obras de grande impacto ambiental e de interesse direto do governo federal. Entre elas, o Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), que a Petrobras planeja construir na proximidade dos manguezais de Guapimirim, única área preservada da baía de Guanabara.
Parte da estrutura que permitiu a agilidade na emissão de licenças foi financiada por empresários. Por meio da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a secretaria garantiu R$ 22 milhões paracontratar funcionários temporários, comprar material e reformar sua sede.
A nova estrutura e metodologia acelerou a emissão de licenças. Segundo a secretaria, foram emitidas 2.068 licenças desde fevereiro de 2007 até ontem. Foi aproximadamente, segundo o órgão, a mesma quantidade emitida nos três anos anteriores (2004 a 2006).
A licença ambiental para o Comperj ficou pronta em março, seis meses após a Petrobras entregar os Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do empreendimento avaliado em US$ 8,4 bilhões. Quando entregou a licença à Petrobras, Minc disse que "a população pode ficar tranqüila porque o empreendimento não vai trazer reflexos ambientais".
A avaliação da associação civil sem fins lucrativos Instituto Baía de Guanabara difere da do novo ministro. Para a presidente da entidade, a engenheira química Dora Negreiros, a escolha do local onde ficará o Comperj (Itaboraí, a 45 km do Rio) é equivocada. "Houve uma decisão política e econômica. O próprio presidente da República pousou de helicóptero e disse: "É aqui". Isso antes de licenças e estudos ambientais. Tenho medo da desordem urbana que poderá ocorrer na região."
A Firjan firmou convênio com a secretaria em fevereiro do ano passado para reformar a sede da secretaria e órgãos vinculados, realizar estudos de gestão, comprar carros e computadores e contratar 147 técnicos temporários para apoiar na emissão de licenças.
Para o diretor-geral da Firjan, Augusto Franco, o financiamento foi feito "de forma transparente". "As empresas estão contribuindo porque um órgão ambiental sucateado é tudo o que elas não querem."
Também no caso do Arco Metropolitano, rodovia de 146 km entre o Comperj e o porto de Itaguaí (cidade a 75 km do Rio), a licença da Secretaria do Ambiente veio rapidamente. O trajeto cruzava a Floresta Nacional Mário Xavier (Seropédica, Baixada Fluminense).
Por causa de sua atuação no caso, Minc recebeu na segunda elogios públicos do presidente Lula durante o lançamento da pedra fundamental da obra.
Minc é formado em geografia, tem mestrado em Planejamento Urbano na Universidade de Lisboa e doutorado em Economia do Desenvolvimento na Universidade de Paris 1 (Sorbonne). Escreveu cinco livros, sobre temas relacionados à ecologia e política. Em 1989, recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela ONU aos ativistas que se destacam mundialmente nas lutas em defesa do meio ambiente.
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Comentário de José Varella*
Então era essa a pressa para achar substituto ao MMA? E a grana da Helibras grudou ao polpupo cargo o companheiro Jorge Vianna, defensor da floresta convertido à indústria aeronáutica, sem mais lembranças do mártir ecológico de Xapuri?
Vamos ter que fazer estátua pública ao personagem genial de Elio Gaspari, o Eremildo, o Idiota; que representa os militantes ambientalistas da colônia tupiniquim.
Como diria Marcelo Leite em seu blogue na Folha SP on line, "Marina já foi tarde"... e Minc ainda não chegou e já está sob críticas. Agora imaginem se Marina aguentasse lá mais uma dose de sapos vivos para engulir, como fez durante esses últimos anos? A Floresta Amazõnica é uma ótima cortina de fumaça, não? Todo mundo a querer salvar e fazendo o diabo bem debaixo do nariz da "vigilante" Mídia...
Ponto para Marina que resolveu pegar o chapéu e se mandar. Aí "cabeção"!, ninguém entendeu a sacada mordaz de Marcelo Leite. Se Marina se mandasse antes, sabe lá o que já tinha vindo a furo... Hein?
* José Varella, nasceu em Belém do Pará, Brasil, em 30/10/1937, onde reside. Foi jornalista e funcionário do serviço exterior brasileiro, autor dos ensaios "Novíssima Viagem Filosófica" e "Amazônia Latina e a terra sem males". É colaborador da Rede Brasileira de Informação Ambiental, uma OSC (organização da sociedade civil) sem fins lucrativas, fundada pelo jornalista e escritor Vilmar Sidnei Demamam Berna, ganhador do Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente.
1 Comments:
Há uma diferença grande entre ser ativista, escrever livros, ganhar premios e ser um ambientalista de verdade.
Acho que essa negociata de R$ 8,4 bilhões de dólares, enuviou um pouco os ideais ambientalistas do futuro Ministro.
Qualquer pessoa, pode gostar de árvores e defender o meio ambiente, desde que essa defesa não se interponha com os "ideais" economicos dos altos escalões do governo.
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