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14 setembro 2008

CRISE FINANCEIRA AMERICANA: VOCÊS LEMBRAM DA PROPAGANDA DA VODKA ORLOFF?

Crise americana de hoje lembra um pouco as crises financeiras que se abatiam sobre o Brasil nos 80, quando o governo sempre dava uma mãozinha para evitar o colapso generalizado do sistema financeiro

Pois é. No fim de semana passado o governo americano teve que socorrer as duas maiores empresas de empréstimos imobiliários do país, a Fannie Mae e Freddie Mac, para evitar um colapso geral do sistema financeiro do país. 

O resultado foi um arranjo de garantia dos débitos dessas empresas intrincado o suficiente para não ser entendido pelos leigos em matéria econômica, mas que deixou no ar a impressão de que, como no Brasil dos anos 80, eles estatizaram o setor e criaram o seu Banco Nacional da Habitação (BNH). Vocês lembram?

Neste fim de semana a página online do The New York Times esteve mais ativa do que nunca para noticiar eventos inéditos na história de Wall Street. Grandes instituições financeiras americanas como o Bank of America e um grande banco inglês, Barclays, estiveram reunidos e negociando de forma frenética para evitar uma derrocada do mercado financeiro americano nesta segunda por causa da iminente falência do Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimento do mundo. Foi preciso o governo americano intervir porque o o rombo da Lehman Brothers é tão grande que nem mesmo as maiores empresas financeiras particulares podem suportar.

Uma consequência indireta da crise é o provável desaparecimento da Merrill Lynch, outro gigante financeiro americano, que deverá ser adquirido pelo Bank of America.

Poucos brasileiros sabem, mas a grande maioria destas firmas americanas que está falindo (autênticas 'blue chips', ou seja, que nunca davam prejuízo) são propriedades de judeus americanos, que há muito tempo controlam boa parte do mercado financeiro local e têm enorme influência política em Washington. 

E parece que mesmo com toda a crise econômica e posição política aparentemente fragilizada (lembrem que nos EUA o poder e o dinheiro são indivisíveis), o poder deles continua em alta: obrigaram o governo do país que prega a economia de livre mercado a intervir para evitar que muitas das firmas dos amigos de fé não entrem em falência.

A intervenção do governo americano é contraditória sob o ponto de vista filosófico (e a livre iniciativa? e o livre mercado?) e tem um ar de coisa antiquada. Coisa de Brasil dos anos 80. Quem diria que a gente poderia pensar que no lugar do argentino, a empresa publicitária que criou a peça publicitária para a Vodka Orloff poderia muito bem ter colocado um americano para dizer: "Eu sou você amanhã!"

Brincadeiras à parte, a segunda-feira promete. E não é nenhum país de terceiro mundo que está causando a debacle econômica.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Evandro, Olha só essa:

Agora, até papéis do Brasil poderão ser usados como garantia para bancos dos EUA tomar empréstimo do Fed


Nova York - O derretimento do mercado financeiro dos EUA coloca o Brasil numa posição nunca antes vista. É que uma das medidas tomadas pelo Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) permite agora o uso de papéis com o chamado “grau de investimento” como garantia para empréstimos de curto prazo. O governo brasileiro e várias empresas do país emitem títulos com essa classificação.

Ou seja, um bancão dos EUA em apuros poderá tomar dinheiro de curto prazo do Fed e oferecer como garantia sua carteira de papéis emitidos pelo governo Lula.

Quem diria, numa crise dessas, passou a ser um bom negócio ter na gaveta títulos da dívida de um país do Terceiro Mundo como o Brasil.

16/09/2008, 07:08  
Blogger Evandro Ferreira said...

Ferraz,

Nada como um dia após o outro...

16/09/2008, 13:05  

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