ESCOLA EM PÉSSIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. E A AUTONOMIA, SERVE PARA QUÊ?
E a autonomia?
Fábio Pontes
A Gazeta
Há alguns anos foi aprovado um projeto de lei de autoria do Executivo, que concedia autonomia administrativa às escolas da rede estadual de ensino. Quando de sua aprovação, dizia-se que era algo inovador e que traria impactos positivos, o que não deixa de ser verdade. Antes, para trocar uma simples lâmpada queimada, a escola tinha que esperar a boa disposição da Secretaria de Educação para remanejar recursos. Até aí, se demandaria um tempo inestimável, prejudicando, lógico, o bom funcionamento do colégio.
Com a autonomia, as escolas da rede estadual puderam contar com um pequeno orçamento próprio. Este dinheiro seria suficiente “para atender às necessidades básicas desta mesma instituição de ensino”. Mas parece que estes recursos não são suficientes para suprir “as necessidades básicas”. Um exemplo disso é o Colégio Senador Adalberto Sena, no bairro Tucumã. Como publicado nesta GAZETA na edição de ontem, esta escola sofre com o mato que cresce ao seu redor.
Para fazer o trabalho de capina, a direção solicitou os trabalhos de uma secretaria municipal, a Semsur, que, sufocada com a grande demanda para atender toda a Capital, fica quase que impossibilitada de atender esta solicitação. Ora, a autonomia administrativa das escolas estaduais não serviria justamente para evitar estes pequenos detalhes? Onde está o dinheiro? Não está sendo bem aplicado?
O brasileiro por si só já paga uma das maiores cargas tributárias do mundo, e nós, acreanos, temos os impostos mais caros deste país. Pagamos tributos tão caros e o mínimo que se espera é uma boa aplicação do montante arrecadado. Como diz o professor Binho Marques, não se gasta com Educação, mas, sim, investe-se em Educação. O trabalho realizado pelo governo Binho na área da Educação é reconhecido pela própria oposição. A dedicação de Binho à Educação é tão grande, que ele prefere despachar de seu antigo gabinete na Secretaria de Educação.
Já que ele está tão ligado ao tema, bem que ele poderia dar um puxão de orelha em seus subordinados e exigir que os recursos da Educação sejam devidamente aplicados. Situações como estas do colégio no bairro Tucumã não podem acontecer. Se isso ocorre em um colégio da Capital, imagine no interior! Com dinheiro para a educação não se brinca. O futuro do Acre agradece.
* Fábio Pontes é jornalista e escreve às quintas-feiras neste espaço. e-mail: fabiospontes@gmail.com
NOTA DO BLOG: Estava preparando um texto sobre o absurdo que foi ver uma escola em Rio Branco sendo alvo de reportagens na imprensa local por conta do completo abandono em que se encontra. Fábio Pontes, de A Gazeta, diz tudo o que eu queria dizer sobre o assunto.
Fábio Pontes
A Gazeta
Há alguns anos foi aprovado um projeto de lei de autoria do Executivo, que concedia autonomia administrativa às escolas da rede estadual de ensino. Quando de sua aprovação, dizia-se que era algo inovador e que traria impactos positivos, o que não deixa de ser verdade. Antes, para trocar uma simples lâmpada queimada, a escola tinha que esperar a boa disposição da Secretaria de Educação para remanejar recursos. Até aí, se demandaria um tempo inestimável, prejudicando, lógico, o bom funcionamento do colégio.
Com a autonomia, as escolas da rede estadual puderam contar com um pequeno orçamento próprio. Este dinheiro seria suficiente “para atender às necessidades básicas desta mesma instituição de ensino”. Mas parece que estes recursos não são suficientes para suprir “as necessidades básicas”. Um exemplo disso é o Colégio Senador Adalberto Sena, no bairro Tucumã. Como publicado nesta GAZETA na edição de ontem, esta escola sofre com o mato que cresce ao seu redor.
Para fazer o trabalho de capina, a direção solicitou os trabalhos de uma secretaria municipal, a Semsur, que, sufocada com a grande demanda para atender toda a Capital, fica quase que impossibilitada de atender esta solicitação. Ora, a autonomia administrativa das escolas estaduais não serviria justamente para evitar estes pequenos detalhes? Onde está o dinheiro? Não está sendo bem aplicado?
O brasileiro por si só já paga uma das maiores cargas tributárias do mundo, e nós, acreanos, temos os impostos mais caros deste país. Pagamos tributos tão caros e o mínimo que se espera é uma boa aplicação do montante arrecadado. Como diz o professor Binho Marques, não se gasta com Educação, mas, sim, investe-se em Educação. O trabalho realizado pelo governo Binho na área da Educação é reconhecido pela própria oposição. A dedicação de Binho à Educação é tão grande, que ele prefere despachar de seu antigo gabinete na Secretaria de Educação.
Já que ele está tão ligado ao tema, bem que ele poderia dar um puxão de orelha em seus subordinados e exigir que os recursos da Educação sejam devidamente aplicados. Situações como estas do colégio no bairro Tucumã não podem acontecer. Se isso ocorre em um colégio da Capital, imagine no interior! Com dinheiro para a educação não se brinca. O futuro do Acre agradece.
* Fábio Pontes é jornalista e escreve às quintas-feiras neste espaço. e-mail: fabiospontes@gmail.com
NOTA DO BLOG: Estava preparando um texto sobre o absurdo que foi ver uma escola em Rio Branco sendo alvo de reportagens na imprensa local por conta do completo abandono em que se encontra. Fábio Pontes, de A Gazeta, diz tudo o que eu queria dizer sobre o assunto.
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