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05 junho 2009

Elizeth Cardoso - Barracão de Zinco



Nota sobre o show onde a música foi gravada ao vivo, no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro, em 1968.

Elizeth Cardoso, Zimbo Trio, Jacob do Bandolin ao vivo no teatro João Caetano (1968)

Por: Paulo Roberto Pires
Rio de Janeiro, fevereiro de 1968

No dia 19 de fevereiro de 1968, as mais de 1500 pessoas que lotaram o Teatro João Caetano puderam assistir a um dos melhores shows de música de todos os tempos. Naquela noite o palco da Praça Tiradentes, reduto boêmio da Rio de Janeiro e àquela altura já em decadência, recebeu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, o grupo Época de Ouro e o Zimbo Trio para uma apresentação única. Ao produzir o espetáculo em benefício do Museu da Imagem e do Som, Hermínio Bello de Carvalho bem que devia ter noção de que, mais do que música, o que se fazia ali era história.

Passados 35 anos, o concerto “Ao vivo no João Caetano” é lançado pela primeira vez em versão integral , como a essência e grande novidade de “Faixineira das canções”, caixa da
Biscoito Fino que reúne ainda os discos “Luz e esplendor” (1986) , “Ary amoroso” (1990) e “Todo o sentimento” – este último a derradeira gravação de Elizeth, versão de estúdio do show que ela, acompanhada por Rafael Rabello, realizou no mesmo teatro em! setembro de 1989.

Se não estivesse aí, gravado, o show poderia passar por uma grande fantasia, a de juntar num mesmo palco o que a música brasileira produzia de melhor naquele momento, encenando inclusive as afinidades e tensões entre todos. Estavam ali a nobreza do choro numa de suas melhores expressões, o Época de Ouro, ainda com Jacob do Bandolim à frente – os meninos continuam com tudo, é bom que se diga. A sonoridade jazzística da bossa nova filtrada pelos excepcionais músicos do Zimbo Trio, também aí, em atividade. No repertório, os novos da bossa e além dela: Roberto Menescal, Edu Lobo, Milton Nascimento, Maurício Tapajós e Chico Buarque de Holanda com sua “Carolina”.

E, finalmente, uma cantora que conseguia costurar tudo isso por seu virtuosismo elegante, contenção e balanço num ponto de equilíbrio inacreditável e, sobretudo, irrepetível. E, como brinca Hermínio num dos textos da caixa, Elizeth Cardoso está para os brasileiros como Carlos Gardel para os argentinos: canta cada dia melhor.

1 Comments:

Blogger netuno artes said...

Cresci ouvindo esta música e tantas outras da Elizeth Cardoso, meu falescido pai era fã dela, e se emocionava ouvindo-a. Fiz uma pequena homenagem a ele colocando a música no meu blog " Naquela Mesa " , e quanta falta ele me faz,

gostaria de pegar o URL desta música para poder postar junto com uma pintura que fiz e que tem tudo a ver com a música.

Parabéns, cheguei aqui por acaso, através do Google,

abçs netunianos

16/07/2009, 21:12  

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