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02 junho 2009

DEPUTADO CHICO VIGA (PT-AC): DENUNCIANTE AFIRMA QUE FOI ASSEDIADA

Pede para sair Chico Viga

Assessores de Chico Viga tentam negociar silêncio de doméstica que fez denúncia à justiça. Dona Francisca disse que foi procurada em casa e no trabalho pelo advogado do deputado.

Francisco Costa
Blog Repórter 24 Horas

Francisca das Graças Silva, doméstica que denunciou no Ministério Público Estadual (MPE) o chefe de gabinete Valberto César da Silveira Almeida e o deputado Chico Viga (PT), ambos acusados de peculato e improbidade administrativa, confirmou com exclusividade ao bloguer repórter 24 horas que assessores do deputado andaram lhe procurando para oferecer dinheiro, para que ela mude seu depoimento à justiça.

“Eles chegaram a me procurar para fazer acordo, estiveram no meu trabalho, falaram com a minha patroa para ela me convencer que eu tirasse a denúncia contra ele [Chico Viga]. Eles queriam me oferecer dinheiro. Quem me procurou foi o advogado dele, e outro que não sei quem era”. Afirmou da dona Francisca das Graças, segundo ela “fazem poucos dias que os assessores andaram rondando sua casa e seu trabalho”.

Francisca mantém as acusações e afirmou que não vai retirar as denúncias que fez contra Chico Viga no MPE e não tem medo de ameaças. A doméstica faz questão de esclarecer que nunca trabalhou na Assembléia Legislativa como assessora parlamentar, disse que sua “vida foi sempre de muita luta para tentar sustentar os filhos” e desconhece os pagamentos que eram feitos pelo gabinete do deputado, em seu nome.

“Eu acho isso tudo um absurdo, eu confiei muito no Valberto e ele aprontou isso comigo”, disse ela ao lembrar que entregou quase todos seus documentos pessoais para o chefe de gabinete. A ousadia de Valberto foi tamanha, que ele abriu uma conta bancária para receber os pagamentos em nome de dona Francisca.

O promotor de justiça Venicius Menandro da coordenadoria de patrimônio público abriu inquérito civil para apurar as denúncias. Solicitou do presidente da Assembléia Legislativa (Aleac) deputado estadual Edvaldo Magalhães (PC do B), que fossem entregues desde contra cheques, contratos de trabalho durante o período de 2 anos e 4 meses em que a farsa foi montada.

Mas o promotor continua esperando a papelada da Aleac, os prazos iniciais já inspiraram. De acordo com a assessoria do promotor, ainda não foi tomada nenhuma providência referente à demora no repasse dos documentos.

Se forem condenados pela justiça Valberto e Viga podem pegar mais de 12 anos de cadeia pelos crimes. Os dois juntos, teriam desviados mais de R$ 28 mil reais dos cofres públicos com o esquema.

Clique aqui para ouvir o áudio da entrevista.

Crédito da imagem: Aleac