ACRE: FORÇAS FEDERAIS NO DIA DA ELEIÇÃO
OPOSIÇÃO QUER A PRESENÇA DE FORÇAS FEDERAIS NO DIA DA ELEIÇÃO. GOVERNO ABOMINA A IDÉIA.
Ontem (22/09) corria um boato pela cidade de que era iminente a solicitação, por parte de umas das coligações da oposição, da presença de forças federais (exército e polícia federal) no dia da eleição.
Deve ser porque, como todos nós do Acre estamos carecas de saber e testemunhar, aqui, durante os comícios e no dia da votação, a situação vira um verdadeiro inferno: brigas, badernas, enfrentamentos físicos entre cabos eleitorais, invasão das secções de votação, etc. Até parece que o Acre, e Rio Branco em particular, não pode prescindir da presença destas tropas. Verdade ou mentira? Bom, desde as minhas primeiras memórias de eleições, no início da década de 70, sempre observei que dia de eleição no Acre é dia de festa. Isto eu estou ficando (leteralmente) careca de saber.
Porque solicitar tropas federais? Para garantir segurança aos eleitores é que não é! Nunca foi uma necessidade. Elas sempre foram usadas com outros fins.
Tropas federais: tradição que vem dos governos militares
Esta tradição vem desde os tempos dos governos militares, na década de 70, que colocavam as tropas nas ruas para "impressionar" os eleitores e torcer que eles, vendo todo o aparato, votassem nos candidatos deles. Quem não vive no Acre ou vem do estrangeiro, vendo a "marmota" que as centenas de tropas nas ruas representam, pensa que está em alguma república das bananas.
Isto continuou depois que os militares se foram. Só que agora virou uma tática das oposições, incluindo a turma do PT (quando era oposição). Funciona assim: ao convocar as tropas federais armadas até os dentes para se posicionar nas ruas e esquinas das cidades, os oposicionista querem passar para os eleitores a impressão de que quem está no poder não tem "força", é fraquinho e depende do governo federal para garantir a realização de uma simples eleição. Com isso eles esperam que os eleitores que saem de casa para votar tenham a impressão de que se não fosse pelas tropas federais, a baderna e a corrupção iria ser generalizada. Quanto à baderna, tenho certeza de que não ocorre. Agora a corrupção...
Dia da eleição: corrupção generalizada
Todo mundo sabe que em dia de eleição ela é generalizada. Neste dia são montados dezenas de "currais" nos quatro cantos da cidade. Se as tropas federais tivessem que ser usadas para coibir a formação destes currias, até que se justificaria a sua presença nas ruas. Mas o que acontece na prática? Elas passam o dia torrando no sol, geralmente nas proximidades das secções de votação, bem longe dos currais, longe do "movimento".
Os partidos do poder, PT incluso, geralmente abominam a idéia de tropas federais. Querem passar a impressão que tudo melhorou. No caso atual, se o governo emplacar a idéia da não necessidade de tropas federais nas ruas - primeira vez na história que isto aconteceria -, iria ser uma vitória. Portanto, virou uma questão de honra manter as tropas aquarteladas.
Foto: Fábio Pozzebom/ABr
Ontem (22/09) corria um boato pela cidade de que era iminente a solicitação, por parte de umas das coligações da oposição, da presença de forças federais (exército e polícia federal) no dia da eleição.
Deve ser porque, como todos nós do Acre estamos carecas de saber e testemunhar, aqui, durante os comícios e no dia da votação, a situação vira um verdadeiro inferno: brigas, badernas, enfrentamentos físicos entre cabos eleitorais, invasão das secções de votação, etc. Até parece que o Acre, e Rio Branco em particular, não pode prescindir da presença destas tropas. Verdade ou mentira? Bom, desde as minhas primeiras memórias de eleições, no início da década de 70, sempre observei que dia de eleição no Acre é dia de festa. Isto eu estou ficando (leteralmente) careca de saber.
Porque solicitar tropas federais? Para garantir segurança aos eleitores é que não é! Nunca foi uma necessidade. Elas sempre foram usadas com outros fins.
Tropas federais: tradição que vem dos governos militares
Esta tradição vem desde os tempos dos governos militares, na década de 70, que colocavam as tropas nas ruas para "impressionar" os eleitores e torcer que eles, vendo todo o aparato, votassem nos candidatos deles. Quem não vive no Acre ou vem do estrangeiro, vendo a "marmota" que as centenas de tropas nas ruas representam, pensa que está em alguma república das bananas.
Isto continuou depois que os militares se foram. Só que agora virou uma tática das oposições, incluindo a turma do PT (quando era oposição). Funciona assim: ao convocar as tropas federais armadas até os dentes para se posicionar nas ruas e esquinas das cidades, os oposicionista querem passar para os eleitores a impressão de que quem está no poder não tem "força", é fraquinho e depende do governo federal para garantir a realização de uma simples eleição. Com isso eles esperam que os eleitores que saem de casa para votar tenham a impressão de que se não fosse pelas tropas federais, a baderna e a corrupção iria ser generalizada. Quanto à baderna, tenho certeza de que não ocorre. Agora a corrupção...
Dia da eleição: corrupção generalizada
Todo mundo sabe que em dia de eleição ela é generalizada. Neste dia são montados dezenas de "currais" nos quatro cantos da cidade. Se as tropas federais tivessem que ser usadas para coibir a formação destes currias, até que se justificaria a sua presença nas ruas. Mas o que acontece na prática? Elas passam o dia torrando no sol, geralmente nas proximidades das secções de votação, bem longe dos currais, longe do "movimento".
Os partidos do poder, PT incluso, geralmente abominam a idéia de tropas federais. Querem passar a impressão que tudo melhorou. No caso atual, se o governo emplacar a idéia da não necessidade de tropas federais nas ruas - primeira vez na história que isto aconteceria -, iria ser uma vitória. Portanto, virou uma questão de honra manter as tropas aquarteladas.
Foto: Fábio Pozzebom/ABr
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