HANSENÍASE NO ACRE
Problema ainda é grave. 85% da população vive em municípios com prevalência de casos superior a 3. Índice aceito mundialmente é igual a 1.
Relatório do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde indica que 55,71% da população do Estado (316.990 mil pessoas) vive em municípios com prevalência de 3-5 casos de hanseníase/10 mil habitantes, quando a taxa ideal é menos de 1 caso/10 mil habitantes (Tabela 1). Mais preocupante é o fato de que 30,35% da população (172.720) vive em municípios com prevalência de casos superior a 5. Isto significa que 86,06% da população acreana está, de alguma forma, exposta à doença em grau relativamente elevado.
Segundo o Relatório, publicado em 2005, todos os municípios do estado fazem diagnóstico e realizam tratamento poliquimioterápico. Existem 45 unidades de saúde que realizam diagnóstico e tratamento, o que corresponde a uma cobertura de 29,2%. Em 2004, foram treinados 161 profissionais. Mesmo todo este investimento parece não estar surtindo o efeito desejado.
Maioria dos casos novos são de doentes em estágio avançado
Em 2003, foram registrados 403 casos novos, dos quais 39 (9,67%) acometiam menores de 15 anos, 20 (4,91%) apresentavam, no momento do diagnóstico, incapacidade física severa e 227 (56,32%), eram formas avançadas da doença.
O fato de haver alto índice de diagnósticos de formas avançadas da doença no Estado indica que muitos doentes não procuram tratamento. É um sinal de que o estigma em torno da doença ainda é tão forte quanto há cem anos. Outro fator que deve ser considerado quando se analisa o alto índice de estágios avançados da doença é a provável mobilização de doentes do médio juruá para a cidade de Cruzeiro do Sul.
Hanseniase no mundo
Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que no começo de 2006 219.826 casos de lepra foram informados pelos 115 países membros da organização. Novos casos detectados durante 2005 foram de 296.499. A maioria destes novos casos foi tratado e curado, saindo, portanto das estatísticas. Globalmente a doença tem diminuido em taxas superiores a 20%, mas, como registra a OMS, "bolsões de alta endemicidade da doença ainda existem em algumas áreas de Angola, Brasil, República Centro Africana, Congo, India, Madagascar, Moçambique, Nepal e Tanzania. Portanto, neste aspecto, o Acre é 4° mundo. Não existe justificativa para tal situação.
Problema ainda é grave. 85% da população vive em municípios com prevalência de casos superior a 3. Índice aceito mundialmente é igual a 1.
Relatório do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde indica que 55,71% da população do Estado (316.990 mil pessoas) vive em municípios com prevalência de 3-5 casos de hanseníase/10 mil habitantes, quando a taxa ideal é menos de 1 caso/10 mil habitantes (Tabela 1). Mais preocupante é o fato de que 30,35% da população (172.720) vive em municípios com prevalência de casos superior a 5. Isto significa que 86,06% da população acreana está, de alguma forma, exposta à doença em grau relativamente elevado.
Segundo o Relatório, publicado em 2005, todos os municípios do estado fazem diagnóstico e realizam tratamento poliquimioterápico. Existem 45 unidades de saúde que realizam diagnóstico e tratamento, o que corresponde a uma cobertura de 29,2%. Em 2004, foram treinados 161 profissionais. Mesmo todo este investimento parece não estar surtindo o efeito desejado.
Maioria dos casos novos são de doentes em estágio avançado
Em 2003, foram registrados 403 casos novos, dos quais 39 (9,67%) acometiam menores de 15 anos, 20 (4,91%) apresentavam, no momento do diagnóstico, incapacidade física severa e 227 (56,32%), eram formas avançadas da doença.
O fato de haver alto índice de diagnósticos de formas avançadas da doença no Estado indica que muitos doentes não procuram tratamento. É um sinal de que o estigma em torno da doença ainda é tão forte quanto há cem anos. Outro fator que deve ser considerado quando se analisa o alto índice de estágios avançados da doença é a provável mobilização de doentes do médio juruá para a cidade de Cruzeiro do Sul.
Hanseniase no mundo
Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que no começo de 2006 219.826 casos de lepra foram informados pelos 115 países membros da organização. Novos casos detectados durante 2005 foram de 296.499. A maioria destes novos casos foi tratado e curado, saindo, portanto das estatísticas. Globalmente a doença tem diminuido em taxas superiores a 20%, mas, como registra a OMS, "bolsões de alta endemicidade da doença ainda existem em algumas áreas de Angola, Brasil, República Centro Africana, Congo, India, Madagascar, Moçambique, Nepal e Tanzania. Portanto, neste aspecto, o Acre é 4° mundo. Não existe justificativa para tal situação.
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