FLORESTA AMAZÔNICA VIRANDO CARVÃO
Legislação e sistema judiciário são inócuos no país. De nada adiantou o Ibama multar, a justiça embargar e a polícia prender. Siderúrgicas que funcionavam a base de carvão vegetal ilegal no Pará estavam prosperando assim mesmo
É isso mesmo! Justiça para que? Multas? Os donos das siderúrgicas estavam se lixando. Pacto para não usar trabalho escravo e carvão que não fosse de reflorestamento? Assinaram todos. Mesmo assim a coisa continuava como sempre esteve: a floresta na região de Marabá e entorno está virando carvão para abastecer as siderúrgicas que produzem ferro gusa para a exportação.
O negócio está tão sem controle que, segundo um Diretor da Vale do Rio Doce, a principal fornecedora de minério de ferro para as empresas da região, "a quantidade de fornos estava aumentando!" Talvez estes novos fornos justifiquem o fato das empresas terem solicitado mais nove anos de prazo para passar a usar 100% de carvão oriundo de áreas reflorestadas.
Na verdade toda a situação é bem típica do Brasil. A justiça faz de conta que cumpre a sua parte, o Ibama também, e os empresários também. Quem sai perdendo com tudo isso é a floresta amazônica, que está sendo destruída de forma impiedosa por aquelas bandas.
Produção vai ser suspensa por causa da Vale do Rio Doce
Diante de tudo isso, parece que finalmente uma solução efetiva está se concretizando. E não é por causa da justiça ou do Ibama. A Vale do Rio Doce suspendeu o fornecimento de minério de ferro para a Cosipar e Usimar. Segundo a mineradora, elas terão seus contratos de suprimento de minério cortados a partir de 1º de setembro porque foram autuadas pela Ibama e são alvo de ações civis públicas ajuizadas pelo órgão ambiental.
Com isso elas vão ter de suspender a produção e, por tabela, o consumo de carvão ilegal produzido, em muitos casos, por trabalhadores escravos.
Reportagem do jornal Valor Econômico ouviu as empresas afetadas com a medida da Vale. A Cosipar soltou "nota de esclarecimento" informando que foi comunicada pela Vale da rescisão unilateral do contrato no final da tarde do dia 21 (terça-feira). No comunicado, a empresa informa que "não foi citada pela Justiça Federal em relação à ação civil pública do Ibama, mencionada em nota da CVRD". A Cosipar conclui a nota afirmando que está "regular perante os órgãos ambientais Federal e Estadual" e que "acredita num entendimento com a mineradora, com a qual mantém um relacionamento de 21 anos". O presidente da Usimar, Demétrio Ribeiro, também foi procurado, mas estava viajando.
Agora só falta a justiça fazer o seu papel e"obrigar" por meio de medida liminar (claro...) que a Vale do Rio Doce volte a fornecer minério às empresas infratoras. Eu não duvido que isso venha a acontecer. E você?
Eu acho que isso vai acontecer porque a importação de pneus velhos da Europa só foi paralizada em razão de decisão de organismo internacional (OMC) [derivada de solicitação do governo brasileiro] que determinou que a União Européia cessasse a exportação para o Brasil. Enquanto o governo brasileiro tentou resolver a coisa "internamente", a justiça sempre manteve os portos abertos à entrada dos pneus velhos por meio de liminares. Tudo era um faz de conta...
Com informações do jornal Valor Econômico
É isso mesmo! Justiça para que? Multas? Os donos das siderúrgicas estavam se lixando. Pacto para não usar trabalho escravo e carvão que não fosse de reflorestamento? Assinaram todos. Mesmo assim a coisa continuava como sempre esteve: a floresta na região de Marabá e entorno está virando carvão para abastecer as siderúrgicas que produzem ferro gusa para a exportação.
O negócio está tão sem controle que, segundo um Diretor da Vale do Rio Doce, a principal fornecedora de minério de ferro para as empresas da região, "a quantidade de fornos estava aumentando!" Talvez estes novos fornos justifiquem o fato das empresas terem solicitado mais nove anos de prazo para passar a usar 100% de carvão oriundo de áreas reflorestadas.
Na verdade toda a situação é bem típica do Brasil. A justiça faz de conta que cumpre a sua parte, o Ibama também, e os empresários também. Quem sai perdendo com tudo isso é a floresta amazônica, que está sendo destruída de forma impiedosa por aquelas bandas.
Produção vai ser suspensa por causa da Vale do Rio Doce
Diante de tudo isso, parece que finalmente uma solução efetiva está se concretizando. E não é por causa da justiça ou do Ibama. A Vale do Rio Doce suspendeu o fornecimento de minério de ferro para a Cosipar e Usimar. Segundo a mineradora, elas terão seus contratos de suprimento de minério cortados a partir de 1º de setembro porque foram autuadas pela Ibama e são alvo de ações civis públicas ajuizadas pelo órgão ambiental.
Com isso elas vão ter de suspender a produção e, por tabela, o consumo de carvão ilegal produzido, em muitos casos, por trabalhadores escravos.
Reportagem do jornal Valor Econômico ouviu as empresas afetadas com a medida da Vale. A Cosipar soltou "nota de esclarecimento" informando que foi comunicada pela Vale da rescisão unilateral do contrato no final da tarde do dia 21 (terça-feira). No comunicado, a empresa informa que "não foi citada pela Justiça Federal em relação à ação civil pública do Ibama, mencionada em nota da CVRD". A Cosipar conclui a nota afirmando que está "regular perante os órgãos ambientais Federal e Estadual" e que "acredita num entendimento com a mineradora, com a qual mantém um relacionamento de 21 anos". O presidente da Usimar, Demétrio Ribeiro, também foi procurado, mas estava viajando.
Agora só falta a justiça fazer o seu papel e"obrigar" por meio de medida liminar (claro...) que a Vale do Rio Doce volte a fornecer minério às empresas infratoras. Eu não duvido que isso venha a acontecer. E você?
Eu acho que isso vai acontecer porque a importação de pneus velhos da Europa só foi paralizada em razão de decisão de organismo internacional (OMC) [derivada de solicitação do governo brasileiro] que determinou que a União Européia cessasse a exportação para o Brasil. Enquanto o governo brasileiro tentou resolver a coisa "internamente", a justiça sempre manteve os portos abertos à entrada dos pneus velhos por meio de liminares. Tudo era um faz de conta...
Com informações do jornal Valor Econômico
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home