EVO MORALES FEZ BEM EM EXPULSAR A MMX METAIS DA BOLÍVIA
Logo que assumiu o poder na Bolívia, Evo Morales tomou algumas decisões polêmicas relacionadas a empreendimentos na área de energia e siderurgia que haviam se instalado naquele país.
Uma das empresas afetadas pelas decisões do presidente cocalero foi a siderúrgica EBX, via sua subsidiária local, a MMX, do empresário brasileiro Eike Batista. A empresa havia se instalado no lado boliviano da fronteira para explorar jazidas de minério de ferro naquele país.
Na época, o ministro boliviano de Planejamento para o Desenvolvimento, Carlos Villegas, considerou ilegal a obra iniciada pela empresa MMX, filial da EBX, no município de Puerto Quijarro. Ele argumentou que a empresa planejava utilizar carvão vegetal para fundir o ferro da jazida Mutún, próxima a Puerto Quijarro, o que provocaria um grave impacto ambiental na região.
Evo Morales revogou as autorizações de funcionamento da EBX e obrigou o flamante empresário brasileiro a se retirar daquele país porque no plano de operação da siderúrgica não havia a menor possibilidade de fornecimento de energia para tocar o empreendimento que não fosse à custa de carvão vegetal produzido a partir de florestas nativas do entorno da usina.
Morales e seus assessores foram visionários, ou talvez tiveram a oportunidade de visitar a região de Marabá, no Pará, onde existem empreendimentos similares que funcionam há muitos anos à base de carvão vegetal produzido ilegalmente mediante o corte de florestas nativas e trabalho escravo.
O investimento da EBX na Bolívia não era coisa pequena. A previsão original era investir US$ 120 milhões na construção de quatro fornos, com capacidade de produzir 800 mil toneladas/ano de ferro-gusa. Com a expulsão, a EBX teve prejuízos estimados em US$ 20 milhões relativos a obras civis e ao custo de desmonte e transferência da fábrica. Para retirar os equipamentos, a empresa contou com a ajuda do presidente Lula, amigo pessoal de Evo.
Problemas que ocorreriam na Bolívia agora acontecem no Mato Grosso do Sul
Sem condições de se instalar na Bolívia, a empresa de Eike foi "convidada" a se instalar do lado de cá da fronteira, nas cercanias da cidade de Corumbá-MS. E os primeiros sinais de que a mesma entrou em funcionamento foram dados com as recentes apreensões de carregamentos de carvão vegetal produzido ilegalmente a partir do corte de árvores nativas da região de influência da usina.
Na verdade, o que está acontecendo em Corumbá agora é uma mera repetição da situação desastrosa que se vive nas cercanias de Marabá-PA. A diferença é que em Marabá o caso é quase sem solução pois existem mais de 10 siderúrgicas em pleno funcionamento, provocando a destruição anual de milhares de hectares de florestas nativas. O encerramento das atividades siderúrgicas naquela região, em função desse desastre ambiental, é, agora, inviável sob o ponto de vista social, político e econômico. Muita gente depende economicamente do monstro ambiental que o pólo siderúrgico instalado em Marabá representa.
A esperança é que o caso de Corumbá ainda se restringe a uma única empresa, a MMX. Portanto, ainda é, teoricamente, fácil brecar a mesma em seus momentos iniciais de funcionamento. Os custos sociais do encerramento do empreendimento não vão ser tão amplos e os benefícios ambientais para a região do pantanal vão ser mais que justificados.
Portanto, quanto mais cedo esse problema for resolvido melhor pois com apenas 3 meses de sua entrada em funcionamento, o complexo siderúrgico de Corumbá já ganhou as manchetes, por problemas similares aos que os empreendimentos do pólo siderúrgico de Marabá têm causado: uso de carvão ilegal. Lá eles ganharam tempo e tornaram a situação praticamente irreversível. Portanto, não se pode permitir que a MMX ganhe tempo para que o "problema de Corumbá" fique sem solução.
De outra forma, vamos ver se repetir em Corumbá, a situação de Marabá: legal ou ilegalmente a situação de dano ambiental se estabeleceu e os aspectos social e econômico são agora os grandes empecilhos para o fim do absurdo que é a produção siderúrgica em plena floresta amazônica!
Um dos desafios para quem luta contra esta aberração em pleno pantanal é a força política e econômica do empresário Eike Baptista. Vejam que mesmo sem ter acesso a fontes renováveis de carvão vegetal, ele conseguiu se instalar na região de Corumbá e colocou o empreendimento em funcionamento. Fazendo o que fez, quem vai conseguir impedir o avanço de sua empresa?
Uma das empresas afetadas pelas decisões do presidente cocalero foi a siderúrgica EBX, via sua subsidiária local, a MMX, do empresário brasileiro Eike Batista. A empresa havia se instalado no lado boliviano da fronteira para explorar jazidas de minério de ferro naquele país.
Na época, o ministro boliviano de Planejamento para o Desenvolvimento, Carlos Villegas, considerou ilegal a obra iniciada pela empresa MMX, filial da EBX, no município de Puerto Quijarro. Ele argumentou que a empresa planejava utilizar carvão vegetal para fundir o ferro da jazida Mutún, próxima a Puerto Quijarro, o que provocaria um grave impacto ambiental na região.
Evo Morales revogou as autorizações de funcionamento da EBX e obrigou o flamante empresário brasileiro a se retirar daquele país porque no plano de operação da siderúrgica não havia a menor possibilidade de fornecimento de energia para tocar o empreendimento que não fosse à custa de carvão vegetal produzido a partir de florestas nativas do entorno da usina.
Morales e seus assessores foram visionários, ou talvez tiveram a oportunidade de visitar a região de Marabá, no Pará, onde existem empreendimentos similares que funcionam há muitos anos à base de carvão vegetal produzido ilegalmente mediante o corte de florestas nativas e trabalho escravo.
O investimento da EBX na Bolívia não era coisa pequena. A previsão original era investir US$ 120 milhões na construção de quatro fornos, com capacidade de produzir 800 mil toneladas/ano de ferro-gusa. Com a expulsão, a EBX teve prejuízos estimados em US$ 20 milhões relativos a obras civis e ao custo de desmonte e transferência da fábrica. Para retirar os equipamentos, a empresa contou com a ajuda do presidente Lula, amigo pessoal de Evo.
Problemas que ocorreriam na Bolívia agora acontecem no Mato Grosso do Sul
Sem condições de se instalar na Bolívia, a empresa de Eike foi "convidada" a se instalar do lado de cá da fronteira, nas cercanias da cidade de Corumbá-MS. E os primeiros sinais de que a mesma entrou em funcionamento foram dados com as recentes apreensões de carregamentos de carvão vegetal produzido ilegalmente a partir do corte de árvores nativas da região de influência da usina.
Na verdade, o que está acontecendo em Corumbá agora é uma mera repetição da situação desastrosa que se vive nas cercanias de Marabá-PA. A diferença é que em Marabá o caso é quase sem solução pois existem mais de 10 siderúrgicas em pleno funcionamento, provocando a destruição anual de milhares de hectares de florestas nativas. O encerramento das atividades siderúrgicas naquela região, em função desse desastre ambiental, é, agora, inviável sob o ponto de vista social, político e econômico. Muita gente depende economicamente do monstro ambiental que o pólo siderúrgico instalado em Marabá representa.
A esperança é que o caso de Corumbá ainda se restringe a uma única empresa, a MMX. Portanto, ainda é, teoricamente, fácil brecar a mesma em seus momentos iniciais de funcionamento. Os custos sociais do encerramento do empreendimento não vão ser tão amplos e os benefícios ambientais para a região do pantanal vão ser mais que justificados.
Portanto, quanto mais cedo esse problema for resolvido melhor pois com apenas 3 meses de sua entrada em funcionamento, o complexo siderúrgico de Corumbá já ganhou as manchetes, por problemas similares aos que os empreendimentos do pólo siderúrgico de Marabá têm causado: uso de carvão ilegal. Lá eles ganharam tempo e tornaram a situação praticamente irreversível. Portanto, não se pode permitir que a MMX ganhe tempo para que o "problema de Corumbá" fique sem solução.
De outra forma, vamos ver se repetir em Corumbá, a situação de Marabá: legal ou ilegalmente a situação de dano ambiental se estabeleceu e os aspectos social e econômico são agora os grandes empecilhos para o fim do absurdo que é a produção siderúrgica em plena floresta amazônica!
Um dos desafios para quem luta contra esta aberração em pleno pantanal é a força política e econômica do empresário Eike Baptista. Vejam que mesmo sem ter acesso a fontes renováveis de carvão vegetal, ele conseguiu se instalar na região de Corumbá e colocou o empreendimento em funcionamento. Fazendo o que fez, quem vai conseguir impedir o avanço de sua empresa?
A sociedade local tem tentado. A MMX foi interditada há cinco meses pela Justiça Federal por comprar a matéria-prima ilegal, mas entrou com recurso na Justiça Federal de São Paulo. A liminar permite que a empresa mantenha suas atividades até que haja uma solução definitiva para o processo.
Foto: Revista Época.
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