GUIANA: FLORESTAS PODEM FICAR SOB A GUARDA DA INGLATERRA
Segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores, presidente da Guiana enviou carta ao primeiro-ministro Inglês propondo que a Inglaterra fique com a guarda das florestas daquele país em troca de ajuda para o desenvolvimento sustentável
Antonio Paulo, A Crítica
Brasília (Sucursal) - O diretor do Departamento da América do Sul, no Ministério das Relações Exteriores, João Clemente Baena Soares, esteve ontem na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional para dar explicações detalhadas aos parlamentares e emitir o posicionamento do Governo brasileiro sobre a proposta da Guiana em dar a guarda internacional de 50 milhões de acres da floresta amazônica - o equivalente ao Estado do Paraná - ao Governo britânico em troca de financiamento para o desenvolvimento do País.
O Ministério das Relações Exteriores obteve informações das Embaixadas do Brasil em Londres e em Georgetown e da imprensa internacional que o primeiro-ministro inglês, Gordon Brown, recebeu carta do presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, em que propõe essa guarda internacional de suas florestas (500 milhões de acres) a ser gerida pelo Reino Unido a fim de receber ajuda para o desenvolvimento sustentável, além de assistência técnica para que as indústrias guianenses adotem tecnologias mais limpas. A proposta foi enviada no final de novembro.
Segundo Baena Soares, o presidente Jagdeo informou que a soberania da Guiana não seria comprometida com essa proposta. "Nossas florestas não estão à venda", teria dito. Que o país estava buscando um parceiro para emitir um "sinal ousado" em preparação para a Conferência da Indonésia. Enfatizou ainda que não esperava apoio do continente britânico no longo prazo e pretendia obter financiamento do setor privado.
Liderança O Governo da Grã-Bretanha teria sido escolhido, segundo Jagdeo, devido à sua liderança na campanha para o perdão da dívida dos países do Terceiro Mundo, empreendida inicialmente por cidadãos, ONGs e por igrejas inglesas.
O ministro brasileiro disse aos membros da Comissão da Amazônia que o Governo britânico adota posição cautelosa em relação à proposta do presidente da Guiana. O porta-voz do primeiro-ministro britânico teria se limitado a declarar que o Governo "está considerando a carta recebida". Enquanto isso, os partidos de oposição do Reino Unido já teriam se declarado favoráveis à proposta.
Baena Soares declarou que, por se tratar de um País que faz fronteira ao sul com o Brasil, a situação é preocupante, "embora o Governo brasileiro reconheça a independência e soberania da Guiana para fazer o acordo". Mesmo assim, o Brasil é contra esse tipo de negociação.
Antonio Paulo, A Crítica
Brasília (Sucursal) - O diretor do Departamento da América do Sul, no Ministério das Relações Exteriores, João Clemente Baena Soares, esteve ontem na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional para dar explicações detalhadas aos parlamentares e emitir o posicionamento do Governo brasileiro sobre a proposta da Guiana em dar a guarda internacional de 50 milhões de acres da floresta amazônica - o equivalente ao Estado do Paraná - ao Governo britânico em troca de financiamento para o desenvolvimento do País.
O Ministério das Relações Exteriores obteve informações das Embaixadas do Brasil em Londres e em Georgetown e da imprensa internacional que o primeiro-ministro inglês, Gordon Brown, recebeu carta do presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, em que propõe essa guarda internacional de suas florestas (500 milhões de acres) a ser gerida pelo Reino Unido a fim de receber ajuda para o desenvolvimento sustentável, além de assistência técnica para que as indústrias guianenses adotem tecnologias mais limpas. A proposta foi enviada no final de novembro.
Segundo Baena Soares, o presidente Jagdeo informou que a soberania da Guiana não seria comprometida com essa proposta. "Nossas florestas não estão à venda", teria dito. Que o país estava buscando um parceiro para emitir um "sinal ousado" em preparação para a Conferência da Indonésia. Enfatizou ainda que não esperava apoio do continente britânico no longo prazo e pretendia obter financiamento do setor privado.
Liderança O Governo da Grã-Bretanha teria sido escolhido, segundo Jagdeo, devido à sua liderança na campanha para o perdão da dívida dos países do Terceiro Mundo, empreendida inicialmente por cidadãos, ONGs e por igrejas inglesas.
O ministro brasileiro disse aos membros da Comissão da Amazônia que o Governo britânico adota posição cautelosa em relação à proposta do presidente da Guiana. O porta-voz do primeiro-ministro britânico teria se limitado a declarar que o Governo "está considerando a carta recebida". Enquanto isso, os partidos de oposição do Reino Unido já teriam se declarado favoráveis à proposta.
Baena Soares declarou que, por se tratar de um País que faz fronteira ao sul com o Brasil, a situação é preocupante, "embora o Governo brasileiro reconheça a independência e soberania da Guiana para fazer o acordo". Mesmo assim, o Brasil é contra esse tipo de negociação.
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