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13 janeiro 2009

LULA VAI SE REUNIR COM SARNEY PARA DISCUTIR PRESIDÊNCIA DO SENADO

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O impasse em torno da sucessão pelos comandos da Câmara e do Senado foi tema de parte da reunião de coordenação realizada nesta terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Após a reunião, interlocutores de Lula confirmaram que as conversas com o senador José Sarney (PMDB-AP) e os demais integrantes do PMDB do Senado foram adiadas de hoje para a próxima semana, ainda sem data para ocorrer.

Por cerca de meia hora, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) fez uma exposição sobre as articulações para as eleições tanto na Câmara como no Senado. A preocupação de Lula se concentra na falta de acordo no Senado, uma vez que os peemedebistas negociam o lançamento de Sarney como opção para o consenso.

A Folha Online apurou que Lula deve se reunir com Sarney em um encontro privado e depois, chamará o restante da bancada do PMDB para uma conversa. Oficialmente a reunião, prevista para hoje, foi remarcada porque Sarney está gripado.

Peemedebistas teriam pedido o adiamento da reunião porque ainda alinhavam detalhes de um acordo ainda maior que envolve as lideranças do partido e do governo no Congresso, além de partidos aliados.

Múcio discutiu o tema durante a reunião de coordenação, na qual estavam o vice-presidente José Alencar e os ministros Luiz Dulci (Secretaria Geral), Dilma Rousseff (Casa Civil), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Franklin Martins (Comunicação Social) e Tarso Genro (Justiça).

Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) não participaram da reunião porque estão em férias.

Apesar de a preocupação do Planalto estar localizada na disputa no Senado, há receios que as movimentações entre os senadores interfiram nos acordos já definidos na Câmara. Se o PMDB lançar Sarney, o PT na Câmara deve abandonar a candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP), apontado como favorito na disputa.

Com o PT na Câmara devem seguir mais partidos e também dissidentes de partidos aliados do governo em favor de outros nomes que também disputam as eleições na Câmara --os deputados Ciro Nogueira (PP-PI), Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Segundo alguns deputados, a tendência é que o abandono dos petistas à campanha de Temer afete seu favoritismo. Porém, o Planalto dá como certa a vitória do peemedebista que conta com as simpatias de Lula e Alencar.