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13 fevereiro 2009

NOVA PESQUISA CONCLUI QUE COMPLEXOS MULTIVITAMÍNICOS NÃO PREVINEM DOENÇAS

por Henrique Cortez
Ecodebate

Archives of Internal Medicine

[EcoDebate] Nos EUA, como no Brasil, muitas pessoas, principalmente mulheres e adolescentes, tomam complexos multivitamínicos, acreditando que eles, de alguma forma, ajudam a prevenir doenças cardiovasculares ou câncer, mas isto pode ser um mito.

Em estudos anteriores, os efeitos dos complexos multivitamínicos foram inconclusivos, com alguns sugerindo que eles podem ser associados à redução dos riscos de alguns tipos de câncer, enquanto que outros estudos afirmavam que eles pouco ou nenhum efeito.

Agora, uma nova pesquisa [Multivitamin Use and Risk of Cancer and Cardiovascular Disease in the Women's Health Initiative Cohorts] publicada na edição de fevereiro da revista Archives of Internal Medicine, os pesquisadores analisaram dados de 68.132 mulheres que estavam registradas em um ensaio clínico e outras 93.676 em um estudo observacional. Eles acompanharam as mulheres por oito anos, em média, visando acompanhar os efeitos na saúde das multivitaminas.

Após controle por idade, atividade física, história familiar de câncer e muitos outros fatores, os pesquisadores descobriram que os suplementos não tiveram qualquer efeito sobre o risco de câncer de mama, câncer colorretal, câncer endometrial, câncer de pulmão, câncer ovariano, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, coágulos sanguíneos ou mesmo sobre a mortalidade.

O novo estudo reabre a discussão do uso de suplementos vitamínicos a partir de prescrição médica. Segundo este estudo os suplementos apenas reproduzem o efeito placebo.

Os suplementos ou complexos vitamínicos podem parecer uma forma ‘prática’ de repor as vitaminas que nosso corpo necessita mas, de fato, não substituem uma alimentação equilibrada e saudável.

Apesar de diversos estudos, que demonstram restritas aplicações das vitaminas, ainda assim, elas são largamente consumidas, como se tivessem, por si mesmas, o poder de evitar doenças. No caso do Brasil, onde a automedicação alcança níveis de problema de saúde pública, o uso não prescrito de vitaminas e suplementos herbais ocorre de forma generalizada.

A utilização de vitaminas, sem acompanhamento médico, também aumenta o risco de hipervitaminose, ou envenenamento por vitamina, a condição de armazenamento de altos níveis de vitaminas, que podem levar a sintomas tóxicos. Altas doses de suplementos minerais podem também causar efeitos colaterais e entoxicação. Envenenamento por suplementos minerais ocorre ocasionalmente devido ao excesso e incomum dosagem de suplementos que contenham ferro, incluindo algumas multivitaminas. (fonte Wikipédia)

Vejam alguns casos que já noticiamos:

Estudo diz mais de 1/3 das crianças e adolescentes saudáveis dos EUA tomam vitaminas desnecessariamente, por Henrique Cortez

Suplementos de vitaminas C e E não são eficazes na prevenção de doenças cardiovasculares

Suplementação de cálcio e vitamina D não está associada à redução do risco de câncer de mama, por Henrique Cortez

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