IDOSOS E INTERNAÇÃO
Método identifica idosos com maior risco de internação
Fernanda Marques
Agência Fiocruz de Notícias
Uma proposta para identificar idosos com maior risco de internação hospitalar e priorizá-los em programas de prevenção, no âmbito da saúde suplementar, é apresentada em artigo da revista Cadernos de Saúde Pública, periódico científico da Fiocruz. A proposta inclui a definição da população-alvo; serviços de call center para fazer contato com essa população, aplicar questionários e reunir os dados; e a utilização desses dados para o cálculo de um coeficiente. O modelo foi aplicado com idosos usuários de um plano de saúde na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados revelaram que cerca de um quarto deles tinha risco de médio a alto para internação hospitalar e, portanto, deveria ser priorizado em ações preventivas.
O risco foi calculado a partir das respostas a um questionário, conhecido como Probability of repetead admission, que verifica oito indicadores: auto-percepção do estado de saúde; histórico de internações hospitalares no último ano; número de consultas médicas no último ano; presença de diabetes; presença de doença cardíaca; sexo; presença de cuidador; e faixa etária. As respostas foram obtidas, por telefone, dos próprios idosos ou de seus cuidadores, com um total de cerca de 1.400 participantes. A maioria tinha entre 65 e 74 anos, era do sexo feminino e classificava como boa a sua saúde. Contudo, no ano anterior à pesquisa, 33% foram a quatro ou mais consultas médicas, 14,5% passaram por pelo menos uma internação hospitalar, 11,9% tinham diabetes e 10,8 apresentavam doença cardíaca.
Os dados coletados nas entrevistas foram usados para o cálculo do coeficiente de probabilidade de internação hospitalar. Os resultados mostraram que 76,03% dos idosos apresentavam risco baixo, 13,4% risco médio, 7,23% risco médio-alto e 3,23% risco alto. “Ao se calcular o coeficiente, é possível ter um parâmetro para decidir quais os idosos que deverão ter prioridade para receber a intervenção do programa de prevenção”, dizem os autores no artigo. “Estudos que apontem critérios para a distribuição de recursos são cada vez mais imprescindíveis para sustentar políticas de gestão da saúde realistas e consistentes”, completam.
Fernanda Marques
Agência Fiocruz de Notícias
Uma proposta para identificar idosos com maior risco de internação hospitalar e priorizá-los em programas de prevenção, no âmbito da saúde suplementar, é apresentada em artigo da revista Cadernos de Saúde Pública, periódico científico da Fiocruz. A proposta inclui a definição da população-alvo; serviços de call center para fazer contato com essa população, aplicar questionários e reunir os dados; e a utilização desses dados para o cálculo de um coeficiente. O modelo foi aplicado com idosos usuários de um plano de saúde na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados revelaram que cerca de um quarto deles tinha risco de médio a alto para internação hospitalar e, portanto, deveria ser priorizado em ações preventivas.
O risco foi calculado a partir das respostas a um questionário, conhecido como Probability of repetead admission, que verifica oito indicadores: auto-percepção do estado de saúde; histórico de internações hospitalares no último ano; número de consultas médicas no último ano; presença de diabetes; presença de doença cardíaca; sexo; presença de cuidador; e faixa etária. As respostas foram obtidas, por telefone, dos próprios idosos ou de seus cuidadores, com um total de cerca de 1.400 participantes. A maioria tinha entre 65 e 74 anos, era do sexo feminino e classificava como boa a sua saúde. Contudo, no ano anterior à pesquisa, 33% foram a quatro ou mais consultas médicas, 14,5% passaram por pelo menos uma internação hospitalar, 11,9% tinham diabetes e 10,8 apresentavam doença cardíaca.
Os dados coletados nas entrevistas foram usados para o cálculo do coeficiente de probabilidade de internação hospitalar. Os resultados mostraram que 76,03% dos idosos apresentavam risco baixo, 13,4% risco médio, 7,23% risco médio-alto e 3,23% risco alto. “Ao se calcular o coeficiente, é possível ter um parâmetro para decidir quais os idosos que deverão ter prioridade para receber a intervenção do programa de prevenção”, dizem os autores no artigo. “Estudos que apontem critérios para a distribuição de recursos são cada vez mais imprescindíveis para sustentar políticas de gestão da saúde realistas e consistentes”, completam.
2 Comments:
Caríssimo Evandro,
a questão do idoso no Brasil é muito séria. É dificil encontrar políticas que favoreçam a condição da pessoa idosa, que sofre num sistema, infelizmente não só de saúde, precário.
É muito bom saber dessas atitudes positivas.
Mais uma vez retransmito meus parabéns pelo conteúdo do blog, venho sempre aqui me manter informado sobre essas e tantas outras questões.
Abraços e bom trabalho.
Prezado Isaac,
Seja sempre bem vindo! Também dou uma espiada no seu blog. As leituras sobre tarauacá são interessantíssimas. Ah se eu tivesse mais tempo...escreveria muita coisa sobre aquela terra que trago no peito como fonte de boas recordações.
Evandro
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