PESQUISA DAS NAÇÕES UNIDAS MOSTRA QUE 43% DOS BRASILEIROS QUEREM PROIBIR IMIGRAÇÃO
A grande maioria dos brasileiros esbraveja, critica, define como absurdas e condena as restrições cada dia mais severas à imigração impostas por países europeus (em especial a Espanha) e pelos Estados Unidos. No entanto, essa mesma maioria é amplamente favorável à implantação de condições igualmente restritivas à entrada de estrangeiros que pretendem viver no Brasil
O Globo, 10/10/2009
RIO - A grande maioria dos brasileiros esbraveja, critica, define como absurdas e condena as restrições cada dia mais severas à imigração impostas por países europeus (em especial a Espanha) e pelos Estados Unidos. No entanto, essa mesma maioria é amplamente favorável à implantação de condições igualmente restritivas à entrada de estrangeiros que pretendem viver no Brasil. É o que mostra reportagem de José Meirelles Passos na edição deste domingo do jornal O GLOBO.
Segundo a reportagem, essa atitude aparece de forma muito clara no mais recente Relatório do Desenvolvimento Humano, do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgado dias atrás. Ele registra que apenas 9% dos brasileiros são favoráveis à liberação da entrada de estrangeiros no país.
" O receio de os migrantes serem responsáveis pela diminuição do número de empregos é exagerado "
De acordo com o relatório, quase a metade da população - 43% - é a favor de limitar ou proibir a imigração. Outros 45% querem que o governo só permita que estrangeiros ingressem "desde que haja empregos disponíveis". Trata-se de um argumento que não passa de uma simples cristalização de um equívoco.
"O receio de os migrantes serem responsáveis pela diminuição do número de empregos ou dos salários da população local, constituindo um fardo indesejável para os serviços locais, ou custarem muito dinheiro aos contribuintes, é geralmente exagerado. Quando as competências dos migrantes complementam aquelas das populações locais, ambos os grupos saem beneficiados", conclui a pesquisa. ( Leia também: Bolivianos empregados em confecções sofrem preconceito em SP ).
É a primeira vez que o tema da migração é incluído no relatório anual do Pnud. Segundo Helen Clark, a administradora do programa, a equipe de técnicos constatou que é comum esse assunto ser tratado pela mídia de forma a torná-lo impopular. A avaliação é a de que tal comportamento se deve basicamente ao preconceito e à xenofobia:
- Estereótipos negativos que representam os migrantes como alguém que nos vem roubar os empregos, ou que vive às custas do contribuinte, abundam na mídia e na opinião pública, especialmente em épocas de recessão - disse ela.
Leia a reportagem completa na edição digital de O GLOBO (somente para assinantes).
O Globo, 10/10/2009
RIO - A grande maioria dos brasileiros esbraveja, critica, define como absurdas e condena as restrições cada dia mais severas à imigração impostas por países europeus (em especial a Espanha) e pelos Estados Unidos. No entanto, essa mesma maioria é amplamente favorável à implantação de condições igualmente restritivas à entrada de estrangeiros que pretendem viver no Brasil. É o que mostra reportagem de José Meirelles Passos na edição deste domingo do jornal O GLOBO.
Segundo a reportagem, essa atitude aparece de forma muito clara no mais recente Relatório do Desenvolvimento Humano, do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgado dias atrás. Ele registra que apenas 9% dos brasileiros são favoráveis à liberação da entrada de estrangeiros no país.
" O receio de os migrantes serem responsáveis pela diminuição do número de empregos é exagerado "
De acordo com o relatório, quase a metade da população - 43% - é a favor de limitar ou proibir a imigração. Outros 45% querem que o governo só permita que estrangeiros ingressem "desde que haja empregos disponíveis". Trata-se de um argumento que não passa de uma simples cristalização de um equívoco.
"O receio de os migrantes serem responsáveis pela diminuição do número de empregos ou dos salários da população local, constituindo um fardo indesejável para os serviços locais, ou custarem muito dinheiro aos contribuintes, é geralmente exagerado. Quando as competências dos migrantes complementam aquelas das populações locais, ambos os grupos saem beneficiados", conclui a pesquisa. ( Leia também: Bolivianos empregados em confecções sofrem preconceito em SP ).
É a primeira vez que o tema da migração é incluído no relatório anual do Pnud. Segundo Helen Clark, a administradora do programa, a equipe de técnicos constatou que é comum esse assunto ser tratado pela mídia de forma a torná-lo impopular. A avaliação é a de que tal comportamento se deve basicamente ao preconceito e à xenofobia:
- Estereótipos negativos que representam os migrantes como alguém que nos vem roubar os empregos, ou que vive às custas do contribuinte, abundam na mídia e na opinião pública, especialmente em épocas de recessão - disse ela.
Leia a reportagem completa na edição digital de O GLOBO (somente para assinantes).
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