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27 abril 2010

A DEPILAÇÃO A LASER PODE PREJUDICAR A SAÚDE HUMANA?

Esse tipo de depilação é cada vez mais comum, sobretudo entre as mulheres. Em resposta a nossa leitora, um especialista explica se o contato sucessivo com essa fonte de luz provoca efeitos indesejáveis no organismo.

Por: Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho*
Ciência Hoje 268 (março/2010)

[A depilação a laser envolve a liberação de ondas luminosas, que são absorvidas por estruturas da pele e convertidas em energia térmica (foto: Dr. Braun/ Vancouver Laser & Skincare Centre - CC BY-SA 2.0)]

[Pergunta de Tiene Mello, por correio eletrônico]

A palavra laser é um acrônimo formado pelas iniciais de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Significa, portanto, uma amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação. Isso envolve a liberação de ondas luminosas chamadas fótons, que são emitidos por elétrons excitados.

Na pele, essa energia luminosa é absorvida por estruturas-alvo e convertida em energia térmica. No caso do pelo, a melanina – pigmento que dá a cor à pele, aos pelos e aos cabelos – é a estrutura-alvo (cromatóforo) onde a energia luminosa se converte em energia térmica. É por isso, aliás, que os pelos claros não respondem tão bem a essa terapia quanto os pelos escuros.
Os efeitos indesejáveis desse tipo de tratamento decorrem do calor liberado

Os efeitos indesejáveis desse tipo de tratamento decorrem do calor liberado. Não há, porém, caráter cumulativo dessa irradiação. Isso é diferente do que ocorre com a radiação ultravioleta emitida pelo Sol e por outras fontes luminosas. É esse tipo de luz que está envolvido com o processo de envelhecimento e com os cânceres cutâneos. Assim, não há risco no contato cumulativo com o laser utilizado na depilação.

*Departamento de Clínica Médica, Universidade Estadual de Campinas (SP)