A VOLTA DO FUSO HORÁRIO ACREANO: FICOU DO JEITO QUE O..."PT"...GOSTA
"O que me deixa tranquilo em relação a essa questão do desrespeito à decisão soberana da população acreana por parte de políticos acreanos é que a maioria das pessoas...está convicta que esse é o maior golpe que está sendo aplicado na democracia acreana...A resposta virá, com toda a certeza, nos pleitos futuros. Esperem e verão."
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
[Atualizado e corrigido às 13:49]
Como era esperado, a vontade soberana do eleitor acreano foi para o lixo hoje na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado .
Com o apoio explícito do Senador Jorge Viana (PT), o retorno do fuso horário acreano foi deixado de lado, condicionado à aprovação de uma nova lei na Câmara e no Senado.
Nem mesmo o relator da matéria na CCJ, Senador Sérgio Petecão (PNM), teve 'testosterona' e assessoria suficientes para ir para o embate, para deixar o ônus da aprovação da tal lei nos ombros de quem sempre objetivou protelar e mesmo impedir que a vontade popular se materializasse nesse caso específico.
Após curto debate na CCJ, ficou acertado que um novo projeto de lei deverá ser votado e aprovado no Senado em cerca de 30 dias para, como cansou de dizer Jorge Viana, dar 'segurança jurídica' à mudança. Obviamente que devemos relembrar que quem primeiro levantou a questão sobre a 'segurança jurídica' como pré-requisito para que a vontade do povo acreano fosse respeitada foi o representante da ABERT durante reunião com o outro senador do Acre, Sérgio Petecão (PNM).
O que podemos concluir da atuação de Jorge Viana durante a reunião da CCJ do Senado é que ele defendeu integralmente a posição da ABERT (mais especificamente TV Globo/Rede Amazônica). Sem tirar nem por uma vírgula, pois a ABERT - de forma demagógica - também concordou que a vontade do povo acreano tem que ser respeitada.
Neste caso específico, Jorge Viana foi uma decepção para mim e, com quase toda a certeza, para a grande maioria de seus eleitores.
Sabem por quê?
Porque se depender da aprovação de uma lei no Senado e na Câmara, onde o PT e seus aliados são maioria, a vontade soberana do povo acreano jamais será respeitada.
Afirmo isso baseado no sufoco que foi a aprovação do Decreto Legislativo do Deputado Flaviano Melo (PMDB-AC) que garantiu a realização do referendo.
O então Deputado Nilson Mourão, a mando das lideranças do PT do Acre, apelou aos seus colegas de partido em cada comissão onde o projeto de Flaviano tramitou para emperrar, impedir e retardar a aprovação do mesmo (clique aqui para saber mais sobre a estelar atuação de Nilson Mourão no caso).
No jogo político no qual a vontade do povo acreano está sendo barganhada, é certo - para livrar a cara de alguns políticos locais - que o projeto de lei a ser proposto para 'validar' o referendo do ano passado será aprovado no Senado nos tais 30 dias. Mas na Câmara Federal ele vai, com toda a certeza, empacar nas dezenas de comissões por onde o tal projeto deverá, obrigatoriamente, tramitar.
Se fizeram isso para impedir a realização do referendo, com certezas as 'forças ocultas' oriundas do PT acreano - que publicamente falam uma coisa e nos bastidores fazem outra - irão atuar para garantir que o projeto de lei ande a passo de tartaruga, ou mesmo nunca seja aprovado na Câmara. Alguém duvida?
Quem acompanhou a transmissão da Rádio Senado ouviu a sandice dita pelo Senador Demóstenes Torres (PFL-GO), de que no Acre, no ano passado, não houve referendo, mas um plebiscito. Para nossa decepção, Jorge Viana não poupou elegios ao senador goiano, que de Acre não entende absolutamente nada.
Mas a maior decepção de todas foi o comportamento de Sérgio Petecão, que demonstrou ser realmente um 'calouoro' no Senado ao não saber o que fazer quando Jorge Viana e os outros senadores propuseram a elaboração do tal projeto de lei.
Petecão gaguejou, pediu - equivocadamente - a suspensão do projeto (?!), levando o presidente do CCJ a questionar se ele queria arquivar a matéria...enfim...estava perdido, deixando no ar uma nítida impressão de que sua assessoria técnica é fraquinha.
Será que ele fez algum exercício sobre como proceder caso surgissem proposições diferentes do seu parecer? Parece que não. E para não ficar calado, resolveu acatar, sem maiores protestos e questionamentos, a sugestão de Jorge Viana e companhia.
Como Petecão não é, definitivamente, um ingênuo (besta, como dizem os acreanos), então sua atitude merece outra qualificação pois não acredito que ele realmente acredita que 'quem sempre foi contra a volta do fuso horário' vai agora se matar para garantir que tudo volte a ser, na maior brevidade possível, como era antes.
O que me deixa tranquilo em relação a essa questão do desrespeito à decisão soberana da população acreana por parte de políticos acreanos é que a maioria das pessoas com as quais tenho conversado, incluindo gente que votou no PT de cabo a rabo nas últimas eleições e gente que votou pela permanência do atual horário, está convicta que esse é o maior golpe que está sendo aplicado na democracia acreana desde que o país se livrou do julgo dos militares, em meados dos anos 80.
A resposta virá, com toda a certeza, nos pleitos futuros. Esperem e verão.
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
[Atualizado e corrigido às 13:49]
Como era esperado, a vontade soberana do eleitor acreano foi para o lixo hoje na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado .
Com o apoio explícito do Senador Jorge Viana (PT), o retorno do fuso horário acreano foi deixado de lado, condicionado à aprovação de uma nova lei na Câmara e no Senado.
Nem mesmo o relator da matéria na CCJ, Senador Sérgio Petecão (PNM), teve 'testosterona' e assessoria suficientes para ir para o embate, para deixar o ônus da aprovação da tal lei nos ombros de quem sempre objetivou protelar e mesmo impedir que a vontade popular se materializasse nesse caso específico.
Após curto debate na CCJ, ficou acertado que um novo projeto de lei deverá ser votado e aprovado no Senado em cerca de 30 dias para, como cansou de dizer Jorge Viana, dar 'segurança jurídica' à mudança. Obviamente que devemos relembrar que quem primeiro levantou a questão sobre a 'segurança jurídica' como pré-requisito para que a vontade do povo acreano fosse respeitada foi o representante da ABERT durante reunião com o outro senador do Acre, Sérgio Petecão (PNM).
O que podemos concluir da atuação de Jorge Viana durante a reunião da CCJ do Senado é que ele defendeu integralmente a posição da ABERT (mais especificamente TV Globo/Rede Amazônica). Sem tirar nem por uma vírgula, pois a ABERT - de forma demagógica - também concordou que a vontade do povo acreano tem que ser respeitada.
Neste caso específico, Jorge Viana foi uma decepção para mim e, com quase toda a certeza, para a grande maioria de seus eleitores.
Sabem por quê?
Porque se depender da aprovação de uma lei no Senado e na Câmara, onde o PT e seus aliados são maioria, a vontade soberana do povo acreano jamais será respeitada.
Afirmo isso baseado no sufoco que foi a aprovação do Decreto Legislativo do Deputado Flaviano Melo (PMDB-AC) que garantiu a realização do referendo.
O então Deputado Nilson Mourão, a mando das lideranças do PT do Acre, apelou aos seus colegas de partido em cada comissão onde o projeto de Flaviano tramitou para emperrar, impedir e retardar a aprovação do mesmo (clique aqui para saber mais sobre a estelar atuação de Nilson Mourão no caso).
No jogo político no qual a vontade do povo acreano está sendo barganhada, é certo - para livrar a cara de alguns políticos locais - que o projeto de lei a ser proposto para 'validar' o referendo do ano passado será aprovado no Senado nos tais 30 dias. Mas na Câmara Federal ele vai, com toda a certeza, empacar nas dezenas de comissões por onde o tal projeto deverá, obrigatoriamente, tramitar.
Se fizeram isso para impedir a realização do referendo, com certezas as 'forças ocultas' oriundas do PT acreano - que publicamente falam uma coisa e nos bastidores fazem outra - irão atuar para garantir que o projeto de lei ande a passo de tartaruga, ou mesmo nunca seja aprovado na Câmara. Alguém duvida?
Quem acompanhou a transmissão da Rádio Senado ouviu a sandice dita pelo Senador Demóstenes Torres (PFL-GO), de que no Acre, no ano passado, não houve referendo, mas um plebiscito. Para nossa decepção, Jorge Viana não poupou elegios ao senador goiano, que de Acre não entende absolutamente nada.
Mas a maior decepção de todas foi o comportamento de Sérgio Petecão, que demonstrou ser realmente um 'calouoro' no Senado ao não saber o que fazer quando Jorge Viana e os outros senadores propuseram a elaboração do tal projeto de lei.
Petecão gaguejou, pediu - equivocadamente - a suspensão do projeto (?!), levando o presidente do CCJ a questionar se ele queria arquivar a matéria...enfim...estava perdido, deixando no ar uma nítida impressão de que sua assessoria técnica é fraquinha.
Será que ele fez algum exercício sobre como proceder caso surgissem proposições diferentes do seu parecer? Parece que não. E para não ficar calado, resolveu acatar, sem maiores protestos e questionamentos, a sugestão de Jorge Viana e companhia.
Como Petecão não é, definitivamente, um ingênuo (besta, como dizem os acreanos), então sua atitude merece outra qualificação pois não acredito que ele realmente acredita que 'quem sempre foi contra a volta do fuso horário' vai agora se matar para garantir que tudo volte a ser, na maior brevidade possível, como era antes.
O que me deixa tranquilo em relação a essa questão do desrespeito à decisão soberana da população acreana por parte de políticos acreanos é que a maioria das pessoas com as quais tenho conversado, incluindo gente que votou no PT de cabo a rabo nas últimas eleições e gente que votou pela permanência do atual horário, está convicta que esse é o maior golpe que está sendo aplicado na democracia acreana desde que o país se livrou do julgo dos militares, em meados dos anos 80.
A resposta virá, com toda a certeza, nos pleitos futuros. Esperem e verão.
2 Comments:
É o Acre regride então, mais uma vez!
Me pergunto porque os Viana inventaram esse conceito de FLORESTANIA, se com esse fuso horário, não respeitam absolutamente ninguém que mora na floresta.
Ainda bem que aqui é o melhor lugar para se viver.
Voltamos ao obscurantismo* ou ao coronelismo**? Qual será pior?
*oposição à razão e ao progresso intelectual e material;
** o Coronel - que define as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados.
Ninguém respeita o cidadão do Acre. O voto do acreano não é importante para o Brasil. O acreano é brasileiro de "segundo nível". Essa é a lição que tiramos do GOLPE DA HORA.
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