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24 setembro 2006

ALCKMIN PRESIDENTE: A IMPRENSA QUER. O POVO TAMBÉM?

Cerca de uma semana atrás eu já havia alertado que estava em curso uma massiva campanha de marketing, liderada pelos principais órgãos de imprensa do país, para levar Alckmin para o segundo turno da eleição presidencial. Para a direita brasileira isso é uma questão de vida ou morte. Globo, Folha, Grupo Estado, Veja, todos estão empenhadíssimos na campanha de Alckmin nesta reta final.

Vocês notaram que antes do escândalo do dossiê as pesquisas de intenções de votos saiam a cada quinze dias, às vezes até com mais intervalo? Pois bem: se preparem para ver estampadas nestes meios de comunicação diariamente, até a véspera da eleição, pesquisas de intenção de voto. Se não houver resultados do dia, eles vão reciclar pesquisas anteriores, mas vão ter que mostrar Lula caindo e Alckmin subindo...

E tem mais: se o Alckmin não subir como eles querem, a divulgação das pesquisas vai incluir não apenas os números frios de quem está na frente na corrida. Vai valer tudo. Perguntas do tipo: Lula sabia ou não da compra do dossiê? Você acha que ele ordenou ou não a compra? Você acha que o cachorro do Lula também sabia? Eles precisam condenar Lula antecipadamente. Para isso estes questionamentos capciosos terão direito a chamadas de primeira página ou manchetes principais dos telejornais. Esperem e verão...

Tudo isso vai ser feito com um único objetivo: influenciar o voto de quem realmente decide eleição: o povão. Ele não lê jornais e nem acessa a internet. Portanto, a TV Globo vai ser peça chave. É a forma mais escancarada de ajuda que estes órgãos da imprensa podem dar para a campanha de Alckmin, que teve meses para decolar e não decolou. Aos leitores do blog, que apesar de educados e influentes, tenho a dizer que seus votos não decidirão a eleição.

Resta saber o que Alckmin deu em troca de todo este apoio massivo. Alívio tributário? o fim da reforma agrária? alívio de dívidas e multas previdenciárias e trabalhistas? A desvalorização imediata da nossa moeda, o real?

Esta última possibilidade é o sonho do grupo Globo, que está afogado em dívidas externas, impagáveis com o dólar tão valorizado. Nesta situação estão vários conglomerados nacionais.

Então profetizo: se o dólar for desvalorizado num hipotético governo de Alckmin, vai ser usado como desculpa a ajuda aos exportadores, o agronegócio (engraçado é que mesmo com o real valorizado, as exportação estão batendo récordes). Como toda a imprensa vai estar caladinha, o real motivo iria ficar oculto: interesses particulares de alguns grandes conglomerados nacionais que o estão apoiando massivamente nesta reta final de campanha.