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04 outubro 2006

URNAS ELETRÔNICAS BRASILEIRAS

MÁQUINAS FABRICAS POR MULTINACIONAL. SOFTWARE FORNECIDO PELA MICROSOFT. O QUE ELAS TÊM MESMO DE BRASILEIRO?

Até eu pensava que as tais urnas eletrônicas usadas em nossas eleições eram coisa 100% brasileira (as destes ano são do modelo UE2004). Assistia com orgulho a "nossa" imprensa mostrar que outros países estavam interessados no sistema. Que ele é mais moderno do que o Americano, etc....ledo engano.

Descobri que quem fabrica as mesmas é uma multinacional, a Diebold Inc., de North Canton, Ohio, Estados Unidos, a maior fornecedora mundial de sistemas de votação. Sua subsidiária brasileira, a Diebld Procomp, é a responsável pelo negócio da matriz no Brasil, além da montagem local das urnas. A notícia foi distribuída pela Reuters e está publicada na Technology Review, revista do Massachusetts Institute of Technology-MIT, uma das instituições de pesquisa mais famosas dos EUA.

Além da máquina, o software também é gringo: Microsoft Windows CE. E pior: segundo a mesma nota, alguns brasileiros estão fazendo lobby junto ao TSE para que o mesmo deixe de lado o Windows CE e adote software livre nas urnas eletrônicas. A idéia da mudança se deve ao fato da Microsoft, alegando segredo industrial, não permitir que auditores independentes verifiquem o programa (source code) que é "carregado" nas urnas imediatamente antes de cada eleição. Os proponentes da troca de software alegam, com razão, que a auditagem dos programas instalados nas urnas servirá para saber se programadores maliciosos, ou funcionários dos TREs responsáveis pelo "carregamento" do software das urnas, inseriram comandos para mudar os votos de um canditado para outro.

Para resolver o problema causado pela proibição imposta pela Microsoft, os TREs são obrigados a fazer uma verificação, após o carregamento das urnas, apenas do funcionamento de algumas delas. Durante esta "solenidade", algumas urnas são escolhidas aleatoriamente e testadas sob a supervisão de represantes dos partidos. Acesso ao programa eles não têm.

País de terceiro mundo...