RISCO DE VIDA PARA A POPULAÇÃO DE RIO BRANCO
24 TRABALHADORES DA ÁREA DE SAÚDE DE RIO BRANCO SÃO PORTADORES DE HEPATITE C
Artigo publicado em janeiro passado na revista científica The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene (76(1), 2007, pp. 165-169, Janeiro de 2007) por pesquisadores brasileiros, entre os quais se incui o recém nomeado Diretor da Fundação Hospitalar do Acre, Thor Dantas, identificou 24 trabalhadores que atuam na área de saúde na região de Rio Branco como portadores de Hepatite C, uma doença quase incurável, mortal e contagiosa. O estudo foi enviado para publicação em 2005.
Para a sua realização foram selecionados aleatoriamente 646 trabalhadores da área da saúde, entre 2.338 identificados pelos pesquisadores. Os selecionados foram submetidos a testes para a identificação da presença de anticorpos para o virus da doença. Aqueles que testaram positivo foram submetidos a um segundo teste para a confirmação da contaminação usando a técnica conhecida como PCR (polymerase chain reaction). A prevalência de anticorpos foi confirmada em 31 dos 646 dos trabalhadores examinados. Destes, a doença foi confirmada em 24, ou seja, 3,7% dos amostrados. A maioria deles (16) é portador do "subtipo viral 1", 6 portam o "subtipo viral 3" e 1 porta o "subtipo viral 2". Um deles é portador de um subtipo viral desconhecido.
A pesquisa indica que a maioria dos trabalhadores em saúde contaminados por vírus da hepatite C em Rio Branco são aqueles com baixo nível educacional e salarial, vivem na cidade há mais tempo, costumam tomar doses intravenosas de complexos vitamínicos, fizeram traramento dental, são alcólatras, ou são do sexo feminino e se submetaram a partos cesarianos.
Segundo os autores do artigo, a alta prevalência de trabalhadores em sáude contaminados pela hepatite C na cidade de Rio Branco e a presença de fatores de risco (comportamento dos contaminados) indica a necessidade de programas de prevenção e controle, em adição ao programa de assistência aos doentes, porque o Acre é uma região hiperdêmica para os vírus da hepatite B e D.
Nota do Blog:
A data do envio do artigo para a publicação foi outubro de 2005. Estamos em março de 2007. Se passaram 1 ano e 5 meses desde que os autores ficaram cientes deste fato grave. Um deles trabalhava na Fundação Hospitalar na época e hoje é seu presidente. Posso estar enganado, mas não lembro de ter lido na imprensa local as providências que foram tomadas pela Secretaria de Saúde à época no sentido de afastar os infectados de suas funções visto que a doença é praticamente incurável.
Merecemos saber o que foi feito pois nossas vidas estão em risco ao sermos atendidos por pessoas contaminadas. A hepatite C causa cirrose e cancer de fígado.
Por sinal, o índice de 3,7% de contaminação entre trabalhadores em saúde verificado no Acre é altíssimo. Deveria ser bem baixo. Mais baixo do que, por exemplo, o índice de contaminação da população brasileira, estimado pelo Ministério da Saúde em 1,5%.
Crédito da imagem: Hep Centro
24 TRABALHADORES DA ÁREA DE SAÚDE DE RIO BRANCO SÃO PORTADORES DE HEPATITE C
Artigo publicado em janeiro passado na revista científica The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene (76(1), 2007, pp. 165-169, Janeiro de 2007) por pesquisadores brasileiros, entre os quais se incui o recém nomeado Diretor da Fundação Hospitalar do Acre, Thor Dantas, identificou 24 trabalhadores que atuam na área de saúde na região de Rio Branco como portadores de Hepatite C, uma doença quase incurável, mortal e contagiosa. O estudo foi enviado para publicação em 2005.
Para a sua realização foram selecionados aleatoriamente 646 trabalhadores da área da saúde, entre 2.338 identificados pelos pesquisadores. Os selecionados foram submetidos a testes para a identificação da presença de anticorpos para o virus da doença. Aqueles que testaram positivo foram submetidos a um segundo teste para a confirmação da contaminação usando a técnica conhecida como PCR (polymerase chain reaction). A prevalência de anticorpos foi confirmada em 31 dos 646 dos trabalhadores examinados. Destes, a doença foi confirmada em 24, ou seja, 3,7% dos amostrados. A maioria deles (16) é portador do "subtipo viral 1", 6 portam o "subtipo viral 3" e 1 porta o "subtipo viral 2". Um deles é portador de um subtipo viral desconhecido.
A pesquisa indica que a maioria dos trabalhadores em saúde contaminados por vírus da hepatite C em Rio Branco são aqueles com baixo nível educacional e salarial, vivem na cidade há mais tempo, costumam tomar doses intravenosas de complexos vitamínicos, fizeram traramento dental, são alcólatras, ou são do sexo feminino e se submetaram a partos cesarianos.
Segundo os autores do artigo, a alta prevalência de trabalhadores em sáude contaminados pela hepatite C na cidade de Rio Branco e a presença de fatores de risco (comportamento dos contaminados) indica a necessidade de programas de prevenção e controle, em adição ao programa de assistência aos doentes, porque o Acre é uma região hiperdêmica para os vírus da hepatite B e D.
Nota do Blog:
A data do envio do artigo para a publicação foi outubro de 2005. Estamos em março de 2007. Se passaram 1 ano e 5 meses desde que os autores ficaram cientes deste fato grave. Um deles trabalhava na Fundação Hospitalar na época e hoje é seu presidente. Posso estar enganado, mas não lembro de ter lido na imprensa local as providências que foram tomadas pela Secretaria de Saúde à época no sentido de afastar os infectados de suas funções visto que a doença é praticamente incurável.
Merecemos saber o que foi feito pois nossas vidas estão em risco ao sermos atendidos por pessoas contaminadas. A hepatite C causa cirrose e cancer de fígado.
Por sinal, o índice de 3,7% de contaminação entre trabalhadores em saúde verificado no Acre é altíssimo. Deveria ser bem baixo. Mais baixo do que, por exemplo, o índice de contaminação da população brasileira, estimado pelo Ministério da Saúde em 1,5%.
Crédito da imagem: Hep Centro
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