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16 agosto 2007

DÁ PARA ACREDITAR?

Presidente do Incra afirma na Câmara que a reforma agrária não prejudica a floresta amazônica

"A reforma agrária não é responsável pela destruição da floresta amazônica!".

[Antes de seguir com a leitura da matéria, sugiro ao leitor clicar na imagem ao lado para ver o que os projetos de assentamento do Incra causaram na cobertura florestal de Rondônia].

A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ralf Hackbart, durante audiência pública promovida pelas Comissões de Meio Ambiente e de Fiscalização e Controle. Os parlamentares promoveram a reunião para apurar denúncias publicadas pela imprensa de que a área de reserva legal não estaria sendo respeitada em projetos do Incra na Amazônia.

Ralf Hackbart destacou que os novos índices de desmatamento da floresta, divulgados na semana passada, revelam uma queda de 50% no desflorestamento em áreas de reforma agrária.

Embora tenha afirmado que a proteção ambiental é uma das prioridades do Incra, fica difícil acreditar no que a citada autoridade está falando quando, mais à frente, ele mesmo indicou que 63% dos projetos de assentamento na Amazônia Legal ainda estão sem licença ambiental.

Ele afirmou ainda que 99% dos imóveis obtidos para a reforma agrária estão degradados ambientalmente. Isto pode ser verdadeiro para outras regiões do país. Aqui no Acre a maioria dos projetos são ou foram instalados em áreas de floresta primitiva. As condições são tão desfavoráveis para os assentados que na maioria dos projetos de reforma agrária da amazônia eles vendem a terra para fazendeiros, que em poucos anos derrubam toda a área (reserva legal incluída).

[Clique na imagem acima e veja que em somente sete lotes o tamanho da reserva legal é respeitado em uma parte de um projeto de assentamento do Incra em Brasiléia]

Com informações da Agência Câmara