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22 agosto 2007

SATELITES MOSTRAM AUMENTO DE QUEIMADAS NA AMAZÔNIA EM 2007

Os focos de calor detectados em cinco estados da Amazônia (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso), monitorados pelo INPE/Ibama, mostram um aumento de 5,15% no número de focos no período compreendido entre 1º de janeiro e 20 de agosto de 2007, se comparados com os dados colhidos no mesmo período do ano passado.

Aumento nos focos não implica em mais derrubada na Amazônia

Os focos de calor incluem queimadas realizadas em áreas antropizadas (campos agrícolas, pastagens) e em áreas onde o floresta nativa foi derrubada recentemente. Por esta razão ainda não é possível se afirmar se o índice de desmatamento na Amazônia vai diminuir entre 2006 e 2007, conforme antecipou a Ministra do Meio Ambiente, que fala em queda de até 30%.

Recente queda de 25% no desmatamento na região foi influenciada pela quantidade excepcional de queimadas verificadas em 2005

A quantidade de queimadas registradas em 2005 foi excepcionalmente alta em razão de uma seca severa que atingiu a região. Naquele ano ocorreram no Acre, por exemplo, dois picos de queimadas quando normalmente se verifica uma concentração das mesmas por volta de meados de setembro. Por esta razão a quantidade de focos de calor registrados, entre 1º de janeiro e 20 de agosto, foi a mais alta da história: 6.424. Em Rondônia foram 21.694 focos, em Mato Grosso 83.080, no Amazonas 12.851 e no Pará 64.702 focos.

De 2006 para 2007 Rondônia apresentou a maior queda e Mato Grosso a maior elevação no número de focos detectados

Na região o destaque negativo é o estado de Mato Grosso, que apresentou o maior aumento do número de focos de calor (+ 16,07%). Rondônia foi o estado que apresentou a maior queda no número de focos detectados (-33,8%). Em números absolutos, a menor quantidade de focos detectados fica no Acre (358) e a maior em Mato Grosso, com 41.736 focos.

Este aumento no número de focos de calor ocorrido antes do final da "temporada de queimadas" na região é um forte indicador que o ritmo de derrubada da floresta amazônica, especialmente no norte de Mato Grosso e no sul e oeste do Pará, não vai cair como esperam as autoridades ambientais.