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05 setembro 2007

ABSURDOS BRASILEIROS

A NAMORADA DO DELEGADO...


Delegado que foi preso acusado de fazer falsa blitz é acusado de crime de desacato. Delegada que registrou a ocorrência é sua noiva.

Com informações de O Globo, 04/08/2007

A delegada Raíssa Celli, que fez o registro do caso dos policiais acusados de promover uma falsa blitz em Niterói na madrugada de terça-feira é noiva de um dos acusados, o delegado da 50ª DP, Carlos Eduardo Hertal. Raíssa registrou o crime apenas como desacato, apesar das acusações de agressão, roubo e porte ilegal de arma que pesavam sobre seu noivo.

Ela desqualificou o crime afirmando:

- Tem que ter parcimônia nas coisas, porque vai passando no boca-a-boca. A história aumenta de uma maneira que não é aquilo que aconteceu. Como, na hora, ele ficou nervoso, deu a carteira junto, de repente ele esqueceu de devolver. Não tem como pegar e massacrar - disse a delegada, conforme gravação informal, captada por uma equipe de reportagem do RJTV, da TV Globo.

Delegado foi reprovado em concurso da Polícia Civil

A Secretaria de Segurança Pública informou que o delegado foi reprovado no concurso de ingresso na Polícia Civil há dois anos. Ele entrou na Justiça para garantir a vaga e o caso ainda não foi julgado. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que já abriu uma sindicância para investigar o envolvimento do agente Marcelo Carvalho de Oliveira. A polícia está à procura de outros dois homens que teriam participado das ações desta madrugada, em Niterói.

Ainda na madrugada de terça, o delegado e o agente teriam se envolvido numa briga em uma termas no Centro de Niterói. Ali, segundo denúncias feitas a policiais do 12º BPM, eles teriam bebido e quebrado o sistema interno de câmeras para não serem identificados. Ainda na Rua da Conceição, o delegado e o agente voltaram a abordar motoristas. e depois continuaram fazendo abordagens agressivas nas ruas. Os dois foram reconhecidos por duas vítimas que prestaram depoimentos na delegacia da 78º DP (Fonseca) e serão investigados pela Corregedoria de Polícia Civil.

Pelo menos 15 policiais do batalhão de Niterói tentaram conter o delegado, que segundo eles tinha o comportamento alterado e violento.

- Eles estavam de folga, se divertindo, alcoolizados. Foram vistos abordando táxis, foi por isso que foram abordar esse cidadão. Na mala do carro do delegado foi encontrada uma 9mm, uma arma proibida - disse uma testemunha.

Apuração rigorosa

O chefe da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro disse que a apuração do caso deve ser conduzida com o maior rigor possível.

- Se ficar demonstrado que esse delegado praticou algum desvio de conduta, ele será punido severamente. A verdade, no entanto, é que esses fatos têm versões conflitantes. Até por isso mesmo, estamos pedindo que a corregedoria assuma o caso e investigue com todo o rigor - afirmou.

De acordo com o chefe de polícia, o delegado Hertal vai prestar depoimento.

- O fato de ele estar em um local que não é área de atuação dele, aparentemente executando uma atividade de Polícia Judiciária sem que seu titular soubesse dessa medida, isso tem obviamente um peso administrativo que deve ser levado em conta - concluiu.

Sobre a atitude da Delegada, noiva do acusado, o chefe da polícia afirmou:

- Nós vamos ter que avaliar o que foi dito dentro de um contexto. Se o que a delegada disse configurar algum desvio de conduta também, ela vai responder por isso - afirmou o chefe da Polícia Civil.