ÍNDICE DE VULNERABILIDADE GERAL - IVG
Nova metodologia avalia as relações entre o clima e a saúde. Acre ficou em 9º lugar na lista dos menos vulneráveis.
Catarina Chagas e Fernanda Marques, Agência Fiocruz
Uma nova metodologia para medir a vulnerabilidade das populações a doenças, aspectos socioeconômicos e oscilações do clima, foi criada pela Fiocruz e apresentada em um congresso organizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em Fiji.
Encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o projeto comparou, inicialmente, as situações dos estados brasileiros. Pelo Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG) a melhor foi a do Rio Grande do Sul e a pior ficou com Alagoas.
O trabalho, conduzido pelo Programa de Mudanças Ambientais Globais e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e coordenado pelo pesquisador Ulisses Confalonieri, inovou ao unificar diferentes indicadores em um mesmo cálculo: o IVG é a média de três outros índices – epidemiológico, socioeconômico e climatológico – também selecionados pelo grupo da Fiocruz.
Após testarem diversos procedimentos estatísticos, os pesquisadores optaram por construir um índice seguindo metodologia inspirada no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), instituído pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Indicadores relacionados a sete endemias compõem o Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica (IVE), que leva em conta não só a incidência das mesmas, mas também seus custos hospitalares, gravidade dos casos e as tecnologias disponíveis para seu controle, entre outros aspectos. Dengue, malária, hantavirose, cólera, leptospirose e leishmanioses visceral e tegumentar americana foram escolhidas por serem reconhecidas na literatura como doenças que podem ter alteração na sua dinâmica em função de fatores socioeconômicos e climáticos.
Por sua vez, o Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica (IVSE) considera fatores como densidade demográfica, grau de urbanização, renda, escolaridade, saneamento básico, mortalidade infantil e expectativa de vida. O terceiro e último índice, de Vulnerabilidade Climatológica (IVC), inclui apenas dados pluviométricos coletados entre 1961 e 2002.
A análise de um período de 41 anos se justifica porque o objetivo dos pesquisadores era identificar os eventos extremos, ou seja, valores muito acima ou muito abaixo da precipitação padrão no estado, o que não significa, necessariamente, inundações ou secas, mas períodos atípicos ao padrão.
Em cada índice, a vulnerabilidade das populações é classificada em uma escala de zero a um, onde um representa situação de maior vulnerabilidade relativa entre os estados para doenças e desequilíbrios socioeconômicos e ambientais.
No ranking dos estados brasileiros, foi significativa a diferença entre o IVG do primeiro e último lugares (0,13 e 0,64, respectivamente). O melhor colocado, Rio Grande do Sul, foi seguido de perto por Mato Grosso do Sul (0,14). Os demais estados da Região Sul, bem como Goiás, também se mostraram entre os menos vulneráveis do país. No outro extremo, os estados mais vulneráveis foram, pela ordem, Alagoas, seguido da Bahia (0,46) e de Pernambuco (0,44).
Catarina Chagas e Fernanda Marques, Agência Fiocruz
Uma nova metodologia para medir a vulnerabilidade das populações a doenças, aspectos socioeconômicos e oscilações do clima, foi criada pela Fiocruz e apresentada em um congresso organizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em Fiji.
Encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o projeto comparou, inicialmente, as situações dos estados brasileiros. Pelo Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG) a melhor foi a do Rio Grande do Sul e a pior ficou com Alagoas.
O trabalho, conduzido pelo Programa de Mudanças Ambientais Globais e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e coordenado pelo pesquisador Ulisses Confalonieri, inovou ao unificar diferentes indicadores em um mesmo cálculo: o IVG é a média de três outros índices – epidemiológico, socioeconômico e climatológico – também selecionados pelo grupo da Fiocruz.
Após testarem diversos procedimentos estatísticos, os pesquisadores optaram por construir um índice seguindo metodologia inspirada no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), instituído pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Indicadores relacionados a sete endemias compõem o Índice de Vulnerabilidade Epidemiológica (IVE), que leva em conta não só a incidência das mesmas, mas também seus custos hospitalares, gravidade dos casos e as tecnologias disponíveis para seu controle, entre outros aspectos. Dengue, malária, hantavirose, cólera, leptospirose e leishmanioses visceral e tegumentar americana foram escolhidas por serem reconhecidas na literatura como doenças que podem ter alteração na sua dinâmica em função de fatores socioeconômicos e climáticos.
Por sua vez, o Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica (IVSE) considera fatores como densidade demográfica, grau de urbanização, renda, escolaridade, saneamento básico, mortalidade infantil e expectativa de vida. O terceiro e último índice, de Vulnerabilidade Climatológica (IVC), inclui apenas dados pluviométricos coletados entre 1961 e 2002.
A análise de um período de 41 anos se justifica porque o objetivo dos pesquisadores era identificar os eventos extremos, ou seja, valores muito acima ou muito abaixo da precipitação padrão no estado, o que não significa, necessariamente, inundações ou secas, mas períodos atípicos ao padrão.
Em cada índice, a vulnerabilidade das populações é classificada em uma escala de zero a um, onde um representa situação de maior vulnerabilidade relativa entre os estados para doenças e desequilíbrios socioeconômicos e ambientais.
No ranking dos estados brasileiros, foi significativa a diferença entre o IVG do primeiro e último lugares (0,13 e 0,64, respectivamente). O melhor colocado, Rio Grande do Sul, foi seguido de perto por Mato Grosso do Sul (0,14). Os demais estados da Região Sul, bem como Goiás, também se mostraram entre os menos vulneráveis do país. No outro extremo, os estados mais vulneráveis foram, pela ordem, Alagoas, seguido da Bahia (0,46) e de Pernambuco (0,44).
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