13 de maio de 1888
Não se preocupem aqueles que se acharem oprimidos por causa de sua raça. Hoje, não há libertos, há apenas mais escravos
Jorge Nascimento
Editor do Blog do @creucho
Em 1865, quando os Estados Unidos da América, aboliu a escravidão, o Brasil, passou a ser o único país americano que ainda tinha escravos. Desde 1850 haviam pressões para que o Brasil acabasse com a escravidão. Com a promulgação da Lei Eusébio de Queiroz, ficou definitivamente proibido o tráfego de navios negreiros, as embarcações que traziam escravos da África para o Brasil, onde os negros vinham presos nos porões, acondicionados como animais.
Vinte e um anos depois, em 1871, a Lei do Ventre Livre declarava livre todo negro filho de escravas, nascido no Brasil. Esta Lei já foi um avanço pois, como eram raros os escravos que chegavam à velhice, dentro de 30 anos quase não haveriam escravos no Brasil. Isso criaria um problema para os “senhores”, donos de empresas e fazendas. Os negros que fossem nascidos a partir daquela data não poderiam ser usados como escravo quando chegassem à idade de trabalho, implantando uma nova ordem de coisas, mas os negros ainda teriam que sofrer por algum tempo.
A Princesa Izabel era muito humanitária e em 1885 assinou a Lei dos Sexagenários, Lei Saraiva-Cotegipe, que libertava todos os escravos que tivessem mais de 60 anos de idade. Antes os escravos trabalhavam até morrer. A aprovação da Lei do Ventre Livre e da Lei dos Sexagenários criou o clima que propiciou e culminou com a total abolição da escravatura no dia 13 de maio de 1888 pela Princesa Izabel, que governava o Brasil no lugar de D. Pedro II, que viajara para a Europa.
Os fazendeiros, usineiros, cafeicultores, comerciantes e “senhores” em geral, sentiram-se prejudicados com a abolição da escravatura, alguns deles entrando na Justiça contra o governo no sentido de serem ressarcidos de seus “prejuízos”, com o pagamento de salários que agora tinham que fazer a seus “ex” escravos.
Claro que os negros, libertos eram relegados a viver na pobreza pois não tinham nenhuma propriedade ou economia. Alguns tentaram a sorte nos garimpos e florestas do interior do Brasil. Muitos tiveram sorte e retornaram ricos, outros continuaram vivendo nas fazendas, trabalhando para seus antigos patrões e recebendo os salários, que eram gastos com a sua subsistência pois tudo passou a ser cobrado deles.
Os que optaram por viver nas cidades, aglomeravam-se em pequenas comunidades e faziam todo tipo de trabalho, gerando o que hoje se conhece por periferia. Os negros foram a grande força de trabalho do Brasil desde o descobrimento. Chegaram a ser a maioria da população em certa época e a grande miscigenação de raças criou o que é o Brasil de hoje, uma saudável grande mistura de raças e tons. Na realidade quase não há no Brasil pessoas que não tenham em sua família ou árvore genealógica, a presença de um negro.
Muito se fala sobre discriminação racial no Brasil. Na realidade isso pouco existe, está apenas na cabeça de algumas pessoas. Se tomarmos por base o que sofreram os negros dos Estados Unidos, que por muito tempo viveram segregados, mesmo depois da abolição da escravidão naquele país, onde havia coisas para brancos e coisas para negros. Isso no Brasil não acontece. A população branca convive pacificamente com os irmãos negros. Claro que há algumas diferenças, mas que são administradas “sem ou com pouca contenda”.
A abolição da escravatura deu liberdade às pessoas da raça Negra. Mas isso era absolutamente desnecessário pois ninguém tem que dar liberdade a ninguém, todos nascemos livres, dentro de nossas culturas. O que se praticou com a captura e transporte de seres humanos da raça negra para seu uso em trabalhos em outras terras foi um crime imperdoável, um crime contra a humanidade, idéia de pessoas intolerantes, ambiciosas e inescrupulosas.
A idéia da escravidão de pessoas data de muitos séculos, quando pessoas da mesma “cor”, eram usadas como escravos, como no caso dos faraós, que conquistavam terras e usavam seus semelhantes “brancos”, como escravos. Hoje não temos mais escravidão no Brasil. Esta é uma frase correta só até certo ponto. No Brasil atual, somos escravos, todos nós, negros, amarelos, brancos, verdes, vermelhos, laranjas e etc.
Faça para você mesmo alguns questionamentos.
- Os salários que pagam aos “trabalhadores” brancos ou negros são decentes e satisfatórios?
- As condições sanitárias e de saúde no Brasil, são coerentes ou vivemos ainda sanitariamente como nos tempos da escravidão, quando os escravos viviam em senzalas?
- A Educação em nosso país é algo presente em nossas vidas, nossas escolas e professores são decentes e competentes, temos pela Educação a chance de uma vida melhor, independente de raça ou cor ou ainda somos analfabetos como eram mantidos os escravos?
- É possível ao nosso trabalhador, de qualquer raça, prosperar e ter uma vida melhor e mais digna com seu trabalho ou continuamos ainda, trabalhando apenas para sustentar uma elite que domina a tudo e a todos, como era no tempo da escravidão?
- É o Brasil de hoje, menos corrupto, menos politiqueiro do que era no tempo do Império ou vivemos ainda subjugados pela vontade dos políticos que espoliam os cofres públicos, legislam em causa própria, locupletam-se do poder e escravizam eleitores e trabalhadores?
- Será mesmo que houve a abolição da escravatura no Brasil? Seremos nós, brasileiros, de todas as raças, cores e credos, livres? Temos nós exercido como cidadãos e seres humanos os direitos a nós conferidos pelas Leis de Deus e dos Homens?
A resposta para estas perguntas é clara, não.
O brasileiro não vive uma vida e plena liberdade, nem pessoal, nem cultural. Somos escravos de políticos, traficantes, vigaristas, governantes e de potências estrangeiras que nos usam para aumentar seus já enormes patrimônios, sobrando para nós, apenas, o “sagrado” “direito de cumprir com nossos deveres”.
Não se preocupem aqueles que se acharem oprimidos por causa de sua raça. Hoje, não há libertos, há apenas mais escravos.
Jorge Nascimento
Editor do Blog do @creucho
Em 1865, quando os Estados Unidos da América, aboliu a escravidão, o Brasil, passou a ser o único país americano que ainda tinha escravos. Desde 1850 haviam pressões para que o Brasil acabasse com a escravidão. Com a promulgação da Lei Eusébio de Queiroz, ficou definitivamente proibido o tráfego de navios negreiros, as embarcações que traziam escravos da África para o Brasil, onde os negros vinham presos nos porões, acondicionados como animais.
Vinte e um anos depois, em 1871, a Lei do Ventre Livre declarava livre todo negro filho de escravas, nascido no Brasil. Esta Lei já foi um avanço pois, como eram raros os escravos que chegavam à velhice, dentro de 30 anos quase não haveriam escravos no Brasil. Isso criaria um problema para os “senhores”, donos de empresas e fazendas. Os negros que fossem nascidos a partir daquela data não poderiam ser usados como escravo quando chegassem à idade de trabalho, implantando uma nova ordem de coisas, mas os negros ainda teriam que sofrer por algum tempo.
A Princesa Izabel era muito humanitária e em 1885 assinou a Lei dos Sexagenários, Lei Saraiva-Cotegipe, que libertava todos os escravos que tivessem mais de 60 anos de idade. Antes os escravos trabalhavam até morrer. A aprovação da Lei do Ventre Livre e da Lei dos Sexagenários criou o clima que propiciou e culminou com a total abolição da escravatura no dia 13 de maio de 1888 pela Princesa Izabel, que governava o Brasil no lugar de D. Pedro II, que viajara para a Europa.
Os fazendeiros, usineiros, cafeicultores, comerciantes e “senhores” em geral, sentiram-se prejudicados com a abolição da escravatura, alguns deles entrando na Justiça contra o governo no sentido de serem ressarcidos de seus “prejuízos”, com o pagamento de salários que agora tinham que fazer a seus “ex” escravos.
Claro que os negros, libertos eram relegados a viver na pobreza pois não tinham nenhuma propriedade ou economia. Alguns tentaram a sorte nos garimpos e florestas do interior do Brasil. Muitos tiveram sorte e retornaram ricos, outros continuaram vivendo nas fazendas, trabalhando para seus antigos patrões e recebendo os salários, que eram gastos com a sua subsistência pois tudo passou a ser cobrado deles.
Os que optaram por viver nas cidades, aglomeravam-se em pequenas comunidades e faziam todo tipo de trabalho, gerando o que hoje se conhece por periferia. Os negros foram a grande força de trabalho do Brasil desde o descobrimento. Chegaram a ser a maioria da população em certa época e a grande miscigenação de raças criou o que é o Brasil de hoje, uma saudável grande mistura de raças e tons. Na realidade quase não há no Brasil pessoas que não tenham em sua família ou árvore genealógica, a presença de um negro.
Muito se fala sobre discriminação racial no Brasil. Na realidade isso pouco existe, está apenas na cabeça de algumas pessoas. Se tomarmos por base o que sofreram os negros dos Estados Unidos, que por muito tempo viveram segregados, mesmo depois da abolição da escravidão naquele país, onde havia coisas para brancos e coisas para negros. Isso no Brasil não acontece. A população branca convive pacificamente com os irmãos negros. Claro que há algumas diferenças, mas que são administradas “sem ou com pouca contenda”.
A abolição da escravatura deu liberdade às pessoas da raça Negra. Mas isso era absolutamente desnecessário pois ninguém tem que dar liberdade a ninguém, todos nascemos livres, dentro de nossas culturas. O que se praticou com a captura e transporte de seres humanos da raça negra para seu uso em trabalhos em outras terras foi um crime imperdoável, um crime contra a humanidade, idéia de pessoas intolerantes, ambiciosas e inescrupulosas.
A idéia da escravidão de pessoas data de muitos séculos, quando pessoas da mesma “cor”, eram usadas como escravos, como no caso dos faraós, que conquistavam terras e usavam seus semelhantes “brancos”, como escravos. Hoje não temos mais escravidão no Brasil. Esta é uma frase correta só até certo ponto. No Brasil atual, somos escravos, todos nós, negros, amarelos, brancos, verdes, vermelhos, laranjas e etc.
Faça para você mesmo alguns questionamentos.
- Os salários que pagam aos “trabalhadores” brancos ou negros são decentes e satisfatórios?
- As condições sanitárias e de saúde no Brasil, são coerentes ou vivemos ainda sanitariamente como nos tempos da escravidão, quando os escravos viviam em senzalas?
- A Educação em nosso país é algo presente em nossas vidas, nossas escolas e professores são decentes e competentes, temos pela Educação a chance de uma vida melhor, independente de raça ou cor ou ainda somos analfabetos como eram mantidos os escravos?
- É possível ao nosso trabalhador, de qualquer raça, prosperar e ter uma vida melhor e mais digna com seu trabalho ou continuamos ainda, trabalhando apenas para sustentar uma elite que domina a tudo e a todos, como era no tempo da escravidão?
- É o Brasil de hoje, menos corrupto, menos politiqueiro do que era no tempo do Império ou vivemos ainda subjugados pela vontade dos políticos que espoliam os cofres públicos, legislam em causa própria, locupletam-se do poder e escravizam eleitores e trabalhadores?
- Será mesmo que houve a abolição da escravatura no Brasil? Seremos nós, brasileiros, de todas as raças, cores e credos, livres? Temos nós exercido como cidadãos e seres humanos os direitos a nós conferidos pelas Leis de Deus e dos Homens?
A resposta para estas perguntas é clara, não.
O brasileiro não vive uma vida e plena liberdade, nem pessoal, nem cultural. Somos escravos de políticos, traficantes, vigaristas, governantes e de potências estrangeiras que nos usam para aumentar seus já enormes patrimônios, sobrando para nós, apenas, o “sagrado” “direito de cumprir com nossos deveres”.
Não se preocupem aqueles que se acharem oprimidos por causa de sua raça. Hoje, não há libertos, há apenas mais escravos.
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