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21 maio 2008

COARI: PETRÓLEO E CORRUPÇÃO

Federal desvenda fraudes em Coari

Mário Adolfo Filho
Especial para A CRÍTICA

“As investigações detectaram que Adail Pinheiro (prefeito de Coari) (Foto ao lado) é o comandante de todo um esquema fraudulento”. A afirmação foi feita, na manhã de ontem, pelo titular da Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz), da Polícia Federal, Jocenildo Cavalcante. Ele se referiu à Operação Vorax, deflagrada pela PF em parceria com a Receita Federal para desarticular uma organização criminosa no Município localizado a 370 quilômetros de Manaus.

No total, foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal 48 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão. A quadrilha é acusada, pela PF, de crimes de sonegação fiscal, fraudes em licitações, desvio de verbas e crimes contra a administração pública em Coari que superam R$ 30 milhões nos últimos cinco anos.

Estão envolvidos no esquema 75 empresas de construção civil, fornecimento de mercadorias (inclusive medicamentos) e promoções de eventos. “Muitas destas empresas foram criadas apenas para participar e vencer licitações viciadas no Município e tinham a Prefeitura de Coari como único cliente”, informou Cavalcante. Também participavam das fraudes órgãos como a Comissão de Licitações, Secretaria de Finanças, Gabinete, Secretaria de Saúde e Secretaria de Obras.

Presos

Os nomes dos presos não foram divulgados pela PF, que segue uma nova recomendação nacional para não haver exposição dos acusados. Mas A CRÍTICA conseguiu confirmar que foram presos, em Manaus, Carlos Eduardo Pinheiro e Elizabeth Pinheiro, ambos irmãos de Adail Pinheiro, Adriano Salan, ex-secretário de governo do Município, e o assessor Haroldo Portela. Na capital, também prenderam Fábio Marques Martins (Mega Models), Sônia da Silva Santos, Andréa Domingos de Abreu, Marilza Félix Barroso, Jorge Michel Pereira, Edmilson Ricardo Façanha de Carvalho, Jacson Bezerra Lopes, Ediovan Costa, Ezequiel da Rocha e o médico Durval Herculano Carriço.

Em Coari, foram presos Cezário Menezes, dono da Construtora Menezes, que prestava serviços à Prefeitura; Antônio Maria Aguiar Nascimento, segurança particular do prefeito Adail Pinheiro e ex-comandante da guarda municipal; Valter Braga Ferreira, membro da Comissão de Licitação; Paulo Bonilla, secretário de Obras; Paulo Sérgio Chagas, sub-secretário de Obras; e Rome Sineide Gomes, secretária de Finanças.

Em uma casa em um conjunto residencial de Coari, federais apreenderam R$ 7 milhões de reais guardados em sete malas que estavam em poder de um dos integrantes do bando.

NOTA DO BLOG: O que acontece em Coari, uma cidade miserável, cuja prefeitura recebe milhões de reais por ano a título de royalties por conta do campo de produção de gás de Urucú, é o prenúncio do que ocorrerá no Acre 'quando for encontrado' petróleo ou gás em algum desses municípios do interior. Nós, cidadãos de bem, podemos ficar indignados com episódios como esse. Mas alguns políticos mal intencionados e seus assessores devem, com certeza, estar lendo as notícias relacionadas a esse episódio com o maior interesse para 'aprender'com os 'erros' dos políticos amazonenses, ou seja, se tiverem que fazer o mesmo no Acre, não pretendem deixar que a justiça descubra as maracutais assim tão facilmente.

1 Comments:

Blogger Acreucho said...

Evandro, se e quando for descoberto jazidas de qualquer coisa no subsolo do Acre, aí então, a gente vai ver quem são os verdadeiros ambientalistas e ecologistas.
Os pseudo-ambientalistas que temos hoje por aqui, que governam este estado, certamente vão virar o disco, como o Lula quer fazer com o PAS, que é um programa de desenvolvimento à qualquer preço.
Foi por essas e outras que a Marina caiu fora, na realidade ela caiu numa armadilha, mas esse é outro assunto.

21/05/2008, 15:21  

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