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24 dezembro 2008

O NOVO FUSO HORÁRIO ACREANO

De novo o fuso

Geisy Negreiros*

Eu sei que hoje é véspera de Natal, leitor, e desde já desejo um Feliz Natal e próspero 2009 para todos. Mas não quero falar do Natal, nem das festas de final de ano, nem da crise financeira e muito menos de consumismo e comércio. Quero falar do fuso horário, que após cerca de seis meses da aplicação no Acre, a discussão volta a tona com a proposta do deputado Flaviano Melo para realização de um referendo, no qual a população será consultada se quer ou não “uma hora mais certa”.

Sempre fui a favor de um referendo, ninguém melhor do que a própria sociedade para dizer se prefere acordar uma hora mais cedo e sair do trabalho com o sol raiando no final do dia. Depois do choque inicial, do sono insuportável de manhã, não sei dizer se já me acostumei com o novo fuso. Continuo acordando com sono e a relação com o resto do Brasil e com os bancos não mudou lá essas coisas.

Além disso, a grade da televisão, salvo quando es-tamos no horário de verão (que melhora um pouquinho) continua uma bomba. Sou uma noveleira assumida e quando estou em casa o que mais faço é assistir televisão, como todo bom brasileiro. Mas nem a mudança do fuso, que di-ziam que iria amenizar os atrasos que tivemos com a decisão da Justiça, amenizou. Então pra mim, não melhorou foi quase nada. Nunca mais assisti o Jô e o programa Altas Horas, está passando mesmo altas horas da madruga.

Tá bom, a mudança do fuso não foi de todo ruim, ficamos com o mesmo horário da Bolívia e no horário de verão ficamos com apenas duas horas de diferença em relação a Brasília. Fora isso, quais foram as mudanças sentidas? Não lembro de mais nenhuma. Se a mudança do fuso era aprovada pela maioria da população eu não sei, só não me lembro de terem me perguntado nada.

Apesar das boas intenções que tiveram ao modificar o fuso, não podemos deixar esta discussão de lado, afinal nossos relógios biológicos foram alterados. Se a maioria aprova a mudança ou não isto deve ser decidido em um plebiscito sim. Agora, passado os seis meses, temos condições de fazer um comparativo e tomar a decisão mais acertada.

*Geisy Negreiros é jornalista. O artigo acima foi originalmente publicado no jornal A Gazeta em 24/12/2008