DEMOCRACIA NO ESTILO CHÁVEZ
"Chávez é um ‘pentelho’, um chato. Como aqueles bêbados que enchem a paciência dos sóbrios, que, para se livrar da chatice, terminam por concordar com o ébrio"
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que respeitará o resultado do referendo que coloca à prova a reeleição ilimitada de vários cargos do governo, incluindo o de presidente.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que divulgará o primeiro boletim entre duas e três horas depois do fim do horário de votação, previsto para às 18h (19h30 no horário de Brasília).
Em democracias autênticas é assim: se o povo decide, a voz do povo é a voz de deus. Na 'democracia' de Chávez, o quase-ditador venezuelano, é diferente.
O povo pode até ser convocado para decidir sobre assunto de interesse do caudilho bolivariano. Se disser não, não tem problema. Logo depois ele refaz a consulta. Se levar outro não, faz outra consulta, e assim por diante até que o povo seja ‘convencido’ a concordar com o bufão bolivariano.
Para conseguir seus objetivos, Chávez modifica as leis conforme o seu interesse, sempre com a intenção sórdida de dar um 'ar de credibilidade' aos atos atentatórios à vontade do povo venezuelano.
Vejam que foi em dezembro de 2007, ou seja, 13 meses atrás que o povo decidiu que ele não poderia se reeleger de maneira ilimitada.
Ele ficou chateado com o povo, seguramente furioso intimamente, mas não perdeu tempo. Marcou uma nova consulta o mais rápido possível para ver se o povo dessa vez o apóia. Ela aconteceu no domingo, 15 de fevereiro de 2009.
Estou escrevendo este pequeno artigo na tarde de domingo, enquanto a eleição ainda acontece na Venezuela. Mas já tenho opinião formada para a vitória ou para a derrota de Chávez.
Se ele ganhar, vai ser pelo cansaço do povo. Como se diz no popular, o Chávez é um ‘pentelho’, um chato. Como aqueles bêbados que enchem a paciência dos sóbrios, que para se livrar da chatice, terminam por concordar com o ébrio.
Se Chávez perder novamente, o que parece bem difícil, não tem problema. Em breve, quem sabe em 6 meses, ele deverá promover outra consulta. Embora não seja um ditador formal, na prática ele é quase um deles. Falta muito pouco para isso. A reeleição ilimitada é um dos passos fundamentais.
E ainda tem articulista e políticos brasileiros escrevendo lorotas sobre essa figura que representa, mais do que qualquer outro líder latino-americano da atualidade, o perfeito exemplo do dirigente corrupto e com tendências claramente ditatoriais que fizeram a fama da região na primeira metade do século passado.
Abaixo Chávez! Viva a democracia!
Ilustração: site Fatos e Fotos
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que respeitará o resultado do referendo que coloca à prova a reeleição ilimitada de vários cargos do governo, incluindo o de presidente.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que divulgará o primeiro boletim entre duas e três horas depois do fim do horário de votação, previsto para às 18h (19h30 no horário de Brasília).
Em democracias autênticas é assim: se o povo decide, a voz do povo é a voz de deus. Na 'democracia' de Chávez, o quase-ditador venezuelano, é diferente.
O povo pode até ser convocado para decidir sobre assunto de interesse do caudilho bolivariano. Se disser não, não tem problema. Logo depois ele refaz a consulta. Se levar outro não, faz outra consulta, e assim por diante até que o povo seja ‘convencido’ a concordar com o bufão bolivariano.
Para conseguir seus objetivos, Chávez modifica as leis conforme o seu interesse, sempre com a intenção sórdida de dar um 'ar de credibilidade' aos atos atentatórios à vontade do povo venezuelano.
Vejam que foi em dezembro de 2007, ou seja, 13 meses atrás que o povo decidiu que ele não poderia se reeleger de maneira ilimitada.
Ele ficou chateado com o povo, seguramente furioso intimamente, mas não perdeu tempo. Marcou uma nova consulta o mais rápido possível para ver se o povo dessa vez o apóia. Ela aconteceu no domingo, 15 de fevereiro de 2009.
Estou escrevendo este pequeno artigo na tarde de domingo, enquanto a eleição ainda acontece na Venezuela. Mas já tenho opinião formada para a vitória ou para a derrota de Chávez.
Se ele ganhar, vai ser pelo cansaço do povo. Como se diz no popular, o Chávez é um ‘pentelho’, um chato. Como aqueles bêbados que enchem a paciência dos sóbrios, que para se livrar da chatice, terminam por concordar com o ébrio.
Se Chávez perder novamente, o que parece bem difícil, não tem problema. Em breve, quem sabe em 6 meses, ele deverá promover outra consulta. Embora não seja um ditador formal, na prática ele é quase um deles. Falta muito pouco para isso. A reeleição ilimitada é um dos passos fundamentais.
E ainda tem articulista e políticos brasileiros escrevendo lorotas sobre essa figura que representa, mais do que qualquer outro líder latino-americano da atualidade, o perfeito exemplo do dirigente corrupto e com tendências claramente ditatoriais que fizeram a fama da região na primeira metade do século passado.
Abaixo Chávez! Viva a democracia!
Ilustração: site Fatos e Fotos
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