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31 março 2009

A CRISE FINALMENTE SE REVELA NAS CONTAS DO GOVERNO

Déficit não é ocasional, mas sim uma tendência

Blog da Miriam Leitão
Globo.com

O déficit primário do governo em fevereiro foi duas vezes maior do que o consenso do mercado – apurado pela Bloomberg – havia indicado. O mercado apostava na média em R$ 500 milhões e foi de R$ 926 milhões.

Mas em todos os outros dados se vê que o governo está enfrentado a dura realidade da crise: a arrecadação está caindo, as despesas estão subindo, a renúncia fiscal de imposto está ficando mais pesada, o déficit da previdência crescendo.

Depois de anos de superávit primário o governo enfrenta um déficit que não é ocasional e sim uma tendência: daqui para diante a tendência é de que a arrecadação continua se deteriorando e as despesas tendem a aumentar.

O governo neste momento está cortando investimento dos Ministérios como acaba de fazer no Orçamento, mas ao mesmo tempo está numa armadilha: já prometeu aumento para os funcionários e se for cumprir o prometido aumentará mais ainda o gasto de custeio da máquina no meio de corte de investimento e queda de arrecadação.