REDE DE TUCUM, CRUZEIRO DO SUL, ACRE
Uma tradição artesanal de origem indígena que foi repassada aos extrativistas há mais de 100 anos e que continua viva até hoje
O tucum, nome popular da palmeira conhecida cientificamente como Astrocaryum aculeatum, é uma prima-irmã do nosso conhecido murmuru (Astrocaryum ulei).
Ela é muito explorada na região de Cruzeiro do Sul e no médio juruá, entrando no Amazonas, para a produção de redes e outros objetos artesanais usando as fibras extraídas das folhas novas.
É um trabalho de paciência e habilidade que remete aos tempos dos teares de roca, usados na idade média. Tira as folhas, põe de molho, bate, extrai as fibras, põe para secar, prepara os molhos, faz as cordas, e só então é possível fazer as redes mostradas nas fotos abaixo. O instrumento usado para preparar as cordas é feito por pouquíssimas pessoas, muitos com idade avançada e se esta tradição não for mantida ou resgatada, em breve vai desaparecer.
Os jovens das comunidades que produzem redes de tucum não querem mais saber da atividade. A televisão e outros mimos da vida moderna corrompem corações e mentes. A maioria sonha em morar nas grandes cidades.
Se você encontrar alguém oferecendo esse produto por um preço alto, muito maior que o cobrado por redes comuns que a gente compra por R$ 15-20 na Casa das Redes, ali no mercado velho, não se espante nem ache caro.
O preço cobrado provavelmente não cobre o custo da mão-de-obra e o expertise do artesão que teceu a rede, o tempo dedicado ao processo de extração e preparo das fibras e, mais importante, a bagagem cultural embutida no produto.
O preço da rede de tucum não é uma questão econômica. É cultural. Ao comprar uma delas, você estará ajudando a manter uma tradição genuinamente acreana, que se originou entre os indígenas e foi passada para os extrativistas há mais de 100 anos.
O tucum, nome popular da palmeira conhecida cientificamente como Astrocaryum aculeatum, é uma prima-irmã do nosso conhecido murmuru (Astrocaryum ulei).
Ela é muito explorada na região de Cruzeiro do Sul e no médio juruá, entrando no Amazonas, para a produção de redes e outros objetos artesanais usando as fibras extraídas das folhas novas.
É um trabalho de paciência e habilidade que remete aos tempos dos teares de roca, usados na idade média. Tira as folhas, põe de molho, bate, extrai as fibras, põe para secar, prepara os molhos, faz as cordas, e só então é possível fazer as redes mostradas nas fotos abaixo. O instrumento usado para preparar as cordas é feito por pouquíssimas pessoas, muitos com idade avançada e se esta tradição não for mantida ou resgatada, em breve vai desaparecer.
Os jovens das comunidades que produzem redes de tucum não querem mais saber da atividade. A televisão e outros mimos da vida moderna corrompem corações e mentes. A maioria sonha em morar nas grandes cidades.
Se você encontrar alguém oferecendo esse produto por um preço alto, muito maior que o cobrado por redes comuns que a gente compra por R$ 15-20 na Casa das Redes, ali no mercado velho, não se espante nem ache caro.
O preço cobrado provavelmente não cobre o custo da mão-de-obra e o expertise do artesão que teceu a rede, o tempo dedicado ao processo de extração e preparo das fibras e, mais importante, a bagagem cultural embutida no produto.
O preço da rede de tucum não é uma questão econômica. É cultural. Ao comprar uma delas, você estará ajudando a manter uma tradição genuinamente acreana, que se originou entre os indígenas e foi passada para os extrativistas há mais de 100 anos.
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