PREÇO DA GASOLINA NO ACRE - UM CASO DE POLÍCIA
Segundo os empresários, a culpa pelo alto preço da gasolina em Rio Branco é o frete entre Porto Velho e Rio Branco. Segundo a ANP, no Acre os empresários ganham até R$ 0,50/litro vendido, enquanto em Porto Velho o máximo é R$ o,32. Lá o preço médio da gasolina é R$ 2,60, aqui custa R$ 2,93
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
O jornal A Tribuna publicou neste domingo matéria assinada pelo repórter Freud Antunes em que aponta os postos de Rio Branco que foram autuados pela ANP por venda de gasolina adulterada (veja abaixo). Pode parecer irrelevante, mas raramente a imprensa local faz isso, 'dá nome aos bois'. Prefere se omitir, ser generalista.
Aproveitei para reconhecer esse avanço e republiquei duas notas do Blog Ambiente Acreano que abordavam a questão dos preços do combustível no Acre.
Nelas alertávamos que aqui existe um preço artificialmente alto de combustível. E pior. Os preços são iguais em 90% dos estabelecimentos. Coincidência ou combinação? Também sugeríamos que esse alto preço era, provavelmente, derivado do lucro exagerado dos revendedores locais.
Vejam que a matéria de 'A Tribuna' confirmou minhas suspeitas: no Acre, para cada litro de gasolina vendido, os empresários ganham até R$ 0,50. Em Rondônia esse valor chega a no máximo R$ 0,32.
É claro que os empresários não adimitem isso e põem a culpa no frete.
Que frete?
O 'frete' que eles tanto reclamam é entre Rio Branco e Porto Velho. Meros 525 km. Todo mundo que tem o mínimo de inteligência sabe que o frete não pode ser responsável pela diferença brutal de preço da gasolina entre Rio Branco e Porto Velho. Lá se paga em média R$ 2,60/litro e em Rio Branco R$ 2,93, no mínimo.
Apenas para ilustrar: se um caminhão-tanque com capacidade de 40 mil litros cobrasse R$ 0,32 de frete por cada litro de gasolina transportada entre Porto Velho e Rio Branco, seriam pelo menos R$ 12,8 mil faturados em cada viagem.
Se a gente considerar que são dezenas de viagens semanais para se abastecer o mercado de Rio Branco...e se o valor real do frete fosse os R$ 0,32/litro, podem apostar que hoje existiriam centenas de caminhões-tanque concorrendo por esse 'filão de ouro'.
Onde anda o MP que não vê isso? Será que só ele não vê que existe combinação de preço no mercado de Rio Branco para tirar vantagem dos consumidores indefesos?
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
O jornal A Tribuna publicou neste domingo matéria assinada pelo repórter Freud Antunes em que aponta os postos de Rio Branco que foram autuados pela ANP por venda de gasolina adulterada (veja abaixo). Pode parecer irrelevante, mas raramente a imprensa local faz isso, 'dá nome aos bois'. Prefere se omitir, ser generalista.
Aproveitei para reconhecer esse avanço e republiquei duas notas do Blog Ambiente Acreano que abordavam a questão dos preços do combustível no Acre.
Nelas alertávamos que aqui existe um preço artificialmente alto de combustível. E pior. Os preços são iguais em 90% dos estabelecimentos. Coincidência ou combinação? Também sugeríamos que esse alto preço era, provavelmente, derivado do lucro exagerado dos revendedores locais.
Vejam que a matéria de 'A Tribuna' confirmou minhas suspeitas: no Acre, para cada litro de gasolina vendido, os empresários ganham até R$ 0,50. Em Rondônia esse valor chega a no máximo R$ 0,32.
É claro que os empresários não adimitem isso e põem a culpa no frete.
Que frete?
O 'frete' que eles tanto reclamam é entre Rio Branco e Porto Velho. Meros 525 km. Todo mundo que tem o mínimo de inteligência sabe que o frete não pode ser responsável pela diferença brutal de preço da gasolina entre Rio Branco e Porto Velho. Lá se paga em média R$ 2,60/litro e em Rio Branco R$ 2,93, no mínimo.
Apenas para ilustrar: se um caminhão-tanque com capacidade de 40 mil litros cobrasse R$ 0,32 de frete por cada litro de gasolina transportada entre Porto Velho e Rio Branco, seriam pelo menos R$ 12,8 mil faturados em cada viagem.
Se a gente considerar que são dezenas de viagens semanais para se abastecer o mercado de Rio Branco...e se o valor real do frete fosse os R$ 0,32/litro, podem apostar que hoje existiriam centenas de caminhões-tanque concorrendo por esse 'filão de ouro'.
Onde anda o MP que não vê isso? Será que só ele não vê que existe combinação de preço no mercado de Rio Branco para tirar vantagem dos consumidores indefesos?
1 Comments:
Caso de policia é o ministério público que nada faz pra acabar com esse cartel. Uma vergonha.
O Acre é a terra de quem quer ficar rico em pouco tempo. Outro exemplo é o cimento. Tudo é vendido por preços exorbitantes. Isso só vai mudar quando começar a chegar as grandes redes nacionais de atacadistas, varejistas... Em Rondônia ja tá começando a chegar essas grandes redes. Aqui talvez comece a chegar com inauguração desse shopping em 2010.
Postar um comentário
<< Home