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30 setembro 2009

'GOLPE DE AVISO' DE IMINENTE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC)

Estudo indica que um em oito casos de AVC é precedido por um pequeno golpe de aviso. Pessoas que experimentaram ataque isquiêmico transitório devem procurar um hospital imediatamente

Sinal de perigo

Agência FAPESP – Um em cada oito casos de acidente vascular cerebral (AVC) é precedido “por um pequeno golpe de aviso”, ou melhor, um ataque isquiêmico transitório, segundo estudo publicado na terça-feira (29/9) na revista Neurology, da Academia Norte-Americana de Neurologia.

“Os resultados ressaltam a necessidade de termos melhores instrumentos de avaliação de riscos para prevenir AVCs antes que eles ocorram”, disse Daniel Hackam, da Universidade de Ontário Ocidental, no Canadá, um dos autores do estudo. “Até 80% dos AVCs após ataques isquiêmicos transitórios podem ser prevenidos quando os fatores dos riscos são bem avaliados.”

Os pesquisadores identificaram todas os pacientes que passaram por hospitais de Ontário com diagnóstico de AVC durante quatro anos. Do total de 16,4 mil pacientes, 2.032 (ou 12,4%) tiveram um ataque isquiêmico transitório antes do AVC. Durante um ataque transitório, sintomas de derrame duram menos de 24 horas.

Aqueles que não tiveram um sinal de aviso tiveram maior probabilidade de apresentar um AVC mais sério do que os demais. Também tiveram maior probabilidade de morrer (15,2% contra 12,7%) e de ter parada cardíaca inesperada (4,8% contra 3,1%) enquanto permaneceram no hospital.

Já os pacientes que tiveram um ataque isquiêmico transitório eram tipicamente mais velhos do que os que não tiveram sinais anteriores ao AVC. Também apresentaram mais casos de diabetes, pressão alta e problemas cardiovasculares.

“É possível que os vasos sanguíneos daqueles com golpes de aviso estivessem condicionados à falta do fluxo de sangue, o que os protegeu do impacto completo do acidente vascular principal. Qualquer pessoa que tiver um sinal, ainda que pequeno, deve procurar um hospital imediatamente”, disse Hackam.

O artigo de Daniel Hackam e outros, pode ser lido por assinantes da Neurology em www.neurology.org.

(Ilustração: NIH)