MARINA SILVA NO PROGRMA DO JÔ
Marina: Não faz sentido pensar que PV estará fora da reta final da campanha de 2010
Publicada em 31/08/2009 às 19h31m
Flávio Freire/O Globo
SÃO PAULO - Um dia depois de se filiar ao PV , a senadora Marina Silva (AC) manteve, em entrevista ao "Programa do Jô", da Rede Globo, o discurso de que a decisão sobre uma candidatura a presidente só será tomada no ano que vem. Mas a senadora brincou com o apresentador Jô Soares quando ele lhe disse que ela estava com saúde para enfrentar qualquer eleição.
- Deus te ouça!
Mais tarde, aos jornalistas, mostrou uma ligeira irritação quando indagada se apoiaria o PT ou outro partido numa reta final da campanha presidencial.
- Por que você já está eliminando o meu partido no primeiro turno? Não tem sentido essa pergunta.
Durante a gravação do programa, Marina disse que está havendo um retrocesso nas políticas ambientais do governo federal e acusou o Congresso de atender a setores ligados ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica.
" Por que você já está eliminando o meu partido no primeiro turno? Não tem sentido essa pergunta "
Ao fazer um diagnóstico sobre a lei que repassou 67 milhões de hectares de terra para os chamados "particulares", quando ela, então ministra do Meio Ambiente, aprovava o repasse de apenas 7 milhões de hectares, Marina argumentou que esse tipo de medida acontece "porque os contraventores apostam na capacidade de o Estado perdoar suas contravenções".
- Alguns retrocessos aconteceram depois dessa saída (do ministério). A medida provisória transferiu 67 milhões de hectares de terras na Amazônia para particulares quando precisávamos de apenas 7 milhões para atender 80% dos posseiros. Foi algo muito preocupante e, no meu entendimento, um retrocesso - disse ela, ao programa.
" (São) esses setores envolvidos com a ocupação ilegal, que serão beneficiados. Setores ligados ao Congresso, que não querem fazer essa diferenciação "
- Qual a ideia que o ministro Mangabeira Unger teve? Que o que está lá nós vamos regulamentar e, a partir de agora, é outra história. Não é outra história, porque contraventores apostam sempre na capacidade, entre aspas, que o Estado tem de perdoar suas contravenções. É como se fosse uma senha para que novas pessoas continuem invadindo, na perspectiva de que lá na frente haverá uma medida provisória que vai de novo tratar como fato consumado - disse Marina.
Durante o programa, Marina comentou a pressão que haveria contra as políticas ambientais. Mais tarde, indagada sobre quem pressionaria o governo, ela disse que seriam os mesmos setores "ligados ao Congresso".
- (São) esses setores envolvidos com a ocupação ilegal, que serão beneficiados. Setores ligados ao Congresso, que não querem fazer essa diferenciação. Porque não está se questionando os que têm direito (à terra), que foram lá incentivados pelo governo. Essas pessoas foram assentadas, sejam grandes ou médios por incentivo das políticas da época e estão salvaguardados. O problema é aqueles que utilizaram de violência, ocuparam ilegalmente as terras na Amazônia.
Senadora aponta problemas na regulamentação do setor
Para a senadora, problema na regulamentação do setor deve prejudicar ainda mais questões relacionadas à preservação ambiental.
- O diagnóstico é com esse repasse de grandes quantidades de área há um risco que o desmatamento volte a crescer. Porque as ações de comando e controle não são suficientes. Combater as ilegalidades e a fiscalização não são suficientes sozinhas. Tem que ter uma substituição do modelo predatório por um novo modelo - disse ela, argumentando que o governo ainda não tem projeto que estabeleça a forma de uso das áreas já abertas, somando 165 mil quilômetros quadrados.
Foto: Janine Morais/ABr
Publicada em 31/08/2009 às 19h31m
Flávio Freire/O Globo
SÃO PAULO - Um dia depois de se filiar ao PV , a senadora Marina Silva (AC) manteve, em entrevista ao "Programa do Jô", da Rede Globo, o discurso de que a decisão sobre uma candidatura a presidente só será tomada no ano que vem. Mas a senadora brincou com o apresentador Jô Soares quando ele lhe disse que ela estava com saúde para enfrentar qualquer eleição.
- Deus te ouça!
Mais tarde, aos jornalistas, mostrou uma ligeira irritação quando indagada se apoiaria o PT ou outro partido numa reta final da campanha presidencial.
- Por que você já está eliminando o meu partido no primeiro turno? Não tem sentido essa pergunta.
Durante a gravação do programa, Marina disse que está havendo um retrocesso nas políticas ambientais do governo federal e acusou o Congresso de atender a setores ligados ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica.
" Por que você já está eliminando o meu partido no primeiro turno? Não tem sentido essa pergunta "
Ao fazer um diagnóstico sobre a lei que repassou 67 milhões de hectares de terra para os chamados "particulares", quando ela, então ministra do Meio Ambiente, aprovava o repasse de apenas 7 milhões de hectares, Marina argumentou que esse tipo de medida acontece "porque os contraventores apostam na capacidade de o Estado perdoar suas contravenções".
- Alguns retrocessos aconteceram depois dessa saída (do ministério). A medida provisória transferiu 67 milhões de hectares de terras na Amazônia para particulares quando precisávamos de apenas 7 milhões para atender 80% dos posseiros. Foi algo muito preocupante e, no meu entendimento, um retrocesso - disse ela, ao programa.
" (São) esses setores envolvidos com a ocupação ilegal, que serão beneficiados. Setores ligados ao Congresso, que não querem fazer essa diferenciação "
- Qual a ideia que o ministro Mangabeira Unger teve? Que o que está lá nós vamos regulamentar e, a partir de agora, é outra história. Não é outra história, porque contraventores apostam sempre na capacidade, entre aspas, que o Estado tem de perdoar suas contravenções. É como se fosse uma senha para que novas pessoas continuem invadindo, na perspectiva de que lá na frente haverá uma medida provisória que vai de novo tratar como fato consumado - disse Marina.
Durante o programa, Marina comentou a pressão que haveria contra as políticas ambientais. Mais tarde, indagada sobre quem pressionaria o governo, ela disse que seriam os mesmos setores "ligados ao Congresso".
- (São) esses setores envolvidos com a ocupação ilegal, que serão beneficiados. Setores ligados ao Congresso, que não querem fazer essa diferenciação. Porque não está se questionando os que têm direito (à terra), que foram lá incentivados pelo governo. Essas pessoas foram assentadas, sejam grandes ou médios por incentivo das políticas da época e estão salvaguardados. O problema é aqueles que utilizaram de violência, ocuparam ilegalmente as terras na Amazônia.
Senadora aponta problemas na regulamentação do setor
Para a senadora, problema na regulamentação do setor deve prejudicar ainda mais questões relacionadas à preservação ambiental.
- O diagnóstico é com esse repasse de grandes quantidades de área há um risco que o desmatamento volte a crescer. Porque as ações de comando e controle não são suficientes. Combater as ilegalidades e a fiscalização não são suficientes sozinhas. Tem que ter uma substituição do modelo predatório por um novo modelo - disse ela, argumentando que o governo ainda não tem projeto que estabeleça a forma de uso das áreas já abertas, somando 165 mil quilômetros quadrados.
Foto: Janine Morais/ABr
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