DOCUMENTÁRIO SOBRE ÍNDIOS ISOLADOS DO ACRE EM FASE DE PRODUÇÃO
Por Leandro Chaves, para o EcoDebate
Em 2008, após a divulgação das imagens dos índios isolados que habitam o Acre, na fronteira com o Peru, o Brasil pôde conhecer a situação de risco em que esses índios vivem por conta da exploração de madeira e petróleo no lado peruano. Protegê-los, respeitar seu isolamento voluntário e conscientizar a população sobre este assunto são as medidas tomadas pelas entidades envolvidas com a causa na região.
Mas estas não são apenas tarefas de não-índio. Os Kaxinawá da Terra Indígena do Rio Humaitá, por exemplo, vivem próximos dos isolados e participam dessas ações de proteção. Eles deixaram, em 2009, 1/3 de seu território para uso exclusivo desses índios. Outra preocupação do povo é com a conscientização da população acreana e do resto do Brasil sobre a questão. Para isso, Nilson Tuwe, da aldeia São Vicente, está trabalhando em um documentário sobre os povos isolados que habitam o Acre.
“O filme vai mostrar onde esses brabos estão localizados, como vivem e quais os problemas que estão acontecendo em torno deles”, explica. Ele esteve em São Paulo em fevereiro e março, junto ao Instituto Catitu, para editar uma pré-produção do material. O resultado foi um mini-documentário sobre a I Oficina de Informação e Sensibilização sobre Povos Isolados, ocorrida na sua terra indígena em maio de 2009.
“Esse ainda não é o trabalho final, apenas um produto da oficina”, afirma. Esta pré-produção possui cerca de 50 minutos e mostra as discussões abordadas e as propostas definidas durante o evento. Nilson conta que o filme em fase de produção é um longa-metragem e será finalizado até dezembro deste ano.
As filmagens do levantamento da presença de isolados na Terra Indígena do Rio Humaitá – atividade iniciada no final de 2009 pelos moradores da terra e o indigenista Terri Aquino – vão compor o filme. Na ocasião, Nilson registrou vestígios desses índios, como restos de comida, trilhas na mata, cinzas de fogueiras, moradias abandonadas, entre outros. Para a conclusão de todas as filmagens, ele aguarda a sua participação em um novo sobrevoo a ser realizado sobre as aldeias de índios isolados ainda este ano.
No momento, Nilson está registrando a II Oficina de Sensibilização sobre Povos Isolados, que acontece no Jordão. As imagens também farão parte do documentário. “É importante o mundo saber da existência dos brabos e compreenderem os problemas que acontecem na fronteira com o Peru. O filme vai servir para fortalecer essa discussão, divulgar e trazer mais parceiros para a causa”, conclui.
Colaboração de Leandro Chaves, da CPI/AC, para o EcoDebate, 27/04/2010
Foto: Acervo Instituto Catitu
Em 2008, após a divulgação das imagens dos índios isolados que habitam o Acre, na fronteira com o Peru, o Brasil pôde conhecer a situação de risco em que esses índios vivem por conta da exploração de madeira e petróleo no lado peruano. Protegê-los, respeitar seu isolamento voluntário e conscientizar a população sobre este assunto são as medidas tomadas pelas entidades envolvidas com a causa na região.
Mas estas não são apenas tarefas de não-índio. Os Kaxinawá da Terra Indígena do Rio Humaitá, por exemplo, vivem próximos dos isolados e participam dessas ações de proteção. Eles deixaram, em 2009, 1/3 de seu território para uso exclusivo desses índios. Outra preocupação do povo é com a conscientização da população acreana e do resto do Brasil sobre a questão. Para isso, Nilson Tuwe, da aldeia São Vicente, está trabalhando em um documentário sobre os povos isolados que habitam o Acre.
“O filme vai mostrar onde esses brabos estão localizados, como vivem e quais os problemas que estão acontecendo em torno deles”, explica. Ele esteve em São Paulo em fevereiro e março, junto ao Instituto Catitu, para editar uma pré-produção do material. O resultado foi um mini-documentário sobre a I Oficina de Informação e Sensibilização sobre Povos Isolados, ocorrida na sua terra indígena em maio de 2009.
“Esse ainda não é o trabalho final, apenas um produto da oficina”, afirma. Esta pré-produção possui cerca de 50 minutos e mostra as discussões abordadas e as propostas definidas durante o evento. Nilson conta que o filme em fase de produção é um longa-metragem e será finalizado até dezembro deste ano.
As filmagens do levantamento da presença de isolados na Terra Indígena do Rio Humaitá – atividade iniciada no final de 2009 pelos moradores da terra e o indigenista Terri Aquino – vão compor o filme. Na ocasião, Nilson registrou vestígios desses índios, como restos de comida, trilhas na mata, cinzas de fogueiras, moradias abandonadas, entre outros. Para a conclusão de todas as filmagens, ele aguarda a sua participação em um novo sobrevoo a ser realizado sobre as aldeias de índios isolados ainda este ano.
No momento, Nilson está registrando a II Oficina de Sensibilização sobre Povos Isolados, que acontece no Jordão. As imagens também farão parte do documentário. “É importante o mundo saber da existência dos brabos e compreenderem os problemas que acontecem na fronteira com o Peru. O filme vai servir para fortalecer essa discussão, divulgar e trazer mais parceiros para a causa”, conclui.
Colaboração de Leandro Chaves, da CPI/AC, para o EcoDebate, 27/04/2010
Foto: Acervo Instituto Catitu
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