CLONAGEM DE PALMITO DE PUPUNHA
Palmito pupunha é clonado por métodos biotecnológicos
Antonio Carlos Quinto
Agência USP de Notícias
Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP, em Piracicaba, o professor Marcílio de Almeida, do Departamento de Ciências Biológicas vem desenvolvendo há anos pesquisas relacionadas à clonagem do palmito pupunha. O objetivo é desenvolver um protocolo para propagação de mudas clonais de pupunheiras em larga escala e em curto prazo, por meio da técnica de cultivo in vitro ou micropropagação.
[Clonagem visa produzir plantas com maior capacidade de brotação e resistência]
Segundo o professor, o que o conduziu a esses estudos foram as vantagens que a espécie apresenta em relação aos demais palmiteiros, tanto do ponto de vista econômico, como ecológico. “A pupunheira é considerada ecologicamente correta por apresentar vantagens que compensam seu cultivo, uma vez que o palmito cultivado no Brasil segue uma tendência mundial que prevê a substituição de produtos de origem extrativista por produtos cultivados, protegendo sobremaneira a Mata Atlântica”, diz o cientista.
Além disso, entre as vantagens da espécie em relação aos demais palmiteiros está a produtividade. Enquanto as demais levam de 6 a 8 anos para produzir um único palmito, na pupunheira o primeiro corte ocorre entre 15 e 18 meses após o plantio no campo e, depois, pode-se cortar em intervalos de 30 dias, garantindo renda mensal, por até 20 anos. “Associado a isso destaca-se o sabor suave, coloração marfim e maciez do produto”, diz Almeida.
[A coloração marfim é característica da espécie, devido a presença de pigmentos (xantofila)]
Ele ressalta que a importância do cultivo da pupunheira é tão destacada que foi formada em 2008 a Associação Brasileira das Indústrias do Palmito de Pupunha (ABRAPP) que conta com apoio da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Com as experiências de clonagem, o pesquisador visa produzir plantas com maior capacidade de brotação e resistência a doenças. As plantas submetidas aos testes em laboratório são cedidas pela empresa Inaceres Agrícola e Industrial Ltda. localizada em Uruçuca, na Bahia. “Lá, eles selecionam as matrizes que são enviadas ao laboratório para testes de clonagem”, conta o pesquisador.
Parceria produtiva
As pesquisas realizadas pelo professor Marcílio Almeida geraram projetos de mestrado, doutorado e pós doutorado visando sempre ampliar as áreas de conhecimento com a espécie. O projeto de pós doutorado realizado pela bióloga Cristina Vieira de Almeida propiciou a instalação da InVitroPalm Consultoria, empresa residente na Esalqtec, Incubadora Tecnológica em Piracicaba. Em parceria com a Inaceres, as empresas contam com apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia para realização de pesquisas na área de clonagem de pupunheiras.
[Fases de desenvolvimento de pupunheiras in vitro para obtenção de clones]
Cristina conta que as matrizes são enviadas à InVitroPalm a cada dois meses e os resultados dos estudos já atingiram cerca de 80% de sucesso. Nos laboratórios os pesquisadores retiram das matrizes o ápice caulinar de aproximadamente 1 centímetro (cm) e o inoculam em meio de cultura específico.
Cada ápice chega a produzir entre 10 e 15 novas plantas, repetindo-se de forma exponencial. Os pesquisadores afirmam que a micropropagação é de fundamental importância para a propagação de espécies vegetais economicamente importantes para a multiplicação em larga escala de genótipos superiores.
Imagens cedidas pelos pesquisadores
Antonio Carlos Quinto
Agência USP de Notícias
Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP, em Piracicaba, o professor Marcílio de Almeida, do Departamento de Ciências Biológicas vem desenvolvendo há anos pesquisas relacionadas à clonagem do palmito pupunha. O objetivo é desenvolver um protocolo para propagação de mudas clonais de pupunheiras em larga escala e em curto prazo, por meio da técnica de cultivo in vitro ou micropropagação.
[Clonagem visa produzir plantas com maior capacidade de brotação e resistência]
Segundo o professor, o que o conduziu a esses estudos foram as vantagens que a espécie apresenta em relação aos demais palmiteiros, tanto do ponto de vista econômico, como ecológico. “A pupunheira é considerada ecologicamente correta por apresentar vantagens que compensam seu cultivo, uma vez que o palmito cultivado no Brasil segue uma tendência mundial que prevê a substituição de produtos de origem extrativista por produtos cultivados, protegendo sobremaneira a Mata Atlântica”, diz o cientista.
Além disso, entre as vantagens da espécie em relação aos demais palmiteiros está a produtividade. Enquanto as demais levam de 6 a 8 anos para produzir um único palmito, na pupunheira o primeiro corte ocorre entre 15 e 18 meses após o plantio no campo e, depois, pode-se cortar em intervalos de 30 dias, garantindo renda mensal, por até 20 anos. “Associado a isso destaca-se o sabor suave, coloração marfim e maciez do produto”, diz Almeida.
[A coloração marfim é característica da espécie, devido a presença de pigmentos (xantofila)]
Ele ressalta que a importância do cultivo da pupunheira é tão destacada que foi formada em 2008 a Associação Brasileira das Indústrias do Palmito de Pupunha (ABRAPP) que conta com apoio da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Com as experiências de clonagem, o pesquisador visa produzir plantas com maior capacidade de brotação e resistência a doenças. As plantas submetidas aos testes em laboratório são cedidas pela empresa Inaceres Agrícola e Industrial Ltda. localizada em Uruçuca, na Bahia. “Lá, eles selecionam as matrizes que são enviadas ao laboratório para testes de clonagem”, conta o pesquisador.
Parceria produtiva
As pesquisas realizadas pelo professor Marcílio Almeida geraram projetos de mestrado, doutorado e pós doutorado visando sempre ampliar as áreas de conhecimento com a espécie. O projeto de pós doutorado realizado pela bióloga Cristina Vieira de Almeida propiciou a instalação da InVitroPalm Consultoria, empresa residente na Esalqtec, Incubadora Tecnológica em Piracicaba. Em parceria com a Inaceres, as empresas contam com apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia para realização de pesquisas na área de clonagem de pupunheiras.
[Fases de desenvolvimento de pupunheiras in vitro para obtenção de clones]
Cristina conta que as matrizes são enviadas à InVitroPalm a cada dois meses e os resultados dos estudos já atingiram cerca de 80% de sucesso. Nos laboratórios os pesquisadores retiram das matrizes o ápice caulinar de aproximadamente 1 centímetro (cm) e o inoculam em meio de cultura específico.
Cada ápice chega a produzir entre 10 e 15 novas plantas, repetindo-se de forma exponencial. Os pesquisadores afirmam que a micropropagação é de fundamental importância para a propagação de espécies vegetais economicamente importantes para a multiplicação em larga escala de genótipos superiores.
Imagens cedidas pelos pesquisadores
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