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31 julho 2010

SATÉLITE CBERS-2B CHEGA AO FIM DE SUA VIDA ÚTIL

Mais de 300 mil imagens obtidas pelo satélite sino-brasileiro, lançado em 2007, foram fornecidas gratuitamente a usuários de dezenas de países

Agência FAPESP – O CBERS-2B, do programa de Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres, lançado em setembro de 2007, teve suas operações encerradas. A decisão foi do Comitê Conjunto do Programa, em reunião na semana passada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

O satélite gerou aproximadamente 74 mil imagens com a câmera CCD, 11 mil com a WFI e 300 mil com a HRC, apenas sobre a América do Sul. O total de órbitas percorridas chegou a 13 mil.

Segundo o Inpe, foram distribuídas gratuitamente cerca de 270 mil imagens deste satélite a usuários brasileiros e outras 60 mil a usuários de mais de 40 países. Todas as imagens geradas pelo CBERS-2B podem ser acessadas gratuitamente pela internet.

Técnicos brasileiros e chineses tentavam restabelecer a operação normal do CBERS-2B desde março, quando foram verificados problemas no satélite, o terceiro lançado pelo programa.

Em 16 de abril, os centros de controle brasileiro e chinês não conseguiram estabelecer contato com o veículo que, desde então, tem enviado sinais intermitentes indicando falta de energia. Como as chances de se restabelecer o funcionamento normal são mínimas, a Agência Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) e o Inpe, responsável no Brasil pelo Programa CBERS, deram como encerrada sua vida útil.

O próximo satélite do programa será o CBERS-3, que tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2011. Primeiro da segunda geração de satélites desenvolvidos pela parceria sino-brasileira, o CBERS-3 marcará uma evolução em relação aos CBERS-1, 2 e 2B.

Assim como o CBERS-4, que deve ser lançado em 2014, o CBERS-3 será mais sofisticado e terá quatro câmeras imageadoras, enquanto os anteriores contavam com três.

O encerramento da operação do CBERS-2B reduz o número de imagens utilizadas em programas como Prodes e Deter, que monitoram o desmatamento na Amazônia. A continuidade dos programas é garantida pelo uso de imagens dos satélites americanos Terra/Modis e Landsat-5 e do indiano Resourcesat.

Mesmo operando em condições não ideais, o Inpe afirma que continuará a fornecer os dados necessários ao monitoramento do território brasileiro.

Imagens geradas pelo CBERS-2B podem ser acessadas em: www.dgi.inpe.br/CDSR.

(Ilustração: Inpe)