ESPÉCIES DE MADEIRAS NOBRES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NO MATO GROSSO
Levantamento
constatou que o Cedro, Cerejeira e Jatobá estão entre as 31 espécies em estado crítico
Por Ciclo
Vivo/M. Barbant, Sema/MT
O Estado
do Mato Grosso é um dos que mais desmata em todo o Brasil. Em consequência
disso, o território também integra a lista de espécies ameaçadas. De acordo com
o Ministério do Meio Ambiente, o Estado concentra 31 espécies de árvores em
risco de extinção.
A
informação consta nas Listas Nacionais de Espécies Ameaçadas de Extinção,
divulgada em dezembro de 2014 pela ministra Izabella Teixeira. Segundo o
documento oficial, 2.113 espécies foram analisadas e constatou-se que 31 delas
estão em níveis que variam de “Em Perigo” até “Vulneráveis”.
Entre as
árvores ameaçadas estão: palmito-juçara, ipê-felpudo, cerejeira, cedro, mogno,
jequitibá, jatobá, entre outras. O desmatamento ilegal é a principal causa para
a perda das espécies, seja para a própria indústria madeireira, para trocar a
floresta por lavoura ou para a construção de empreendimentos.
Com a
descrição feita pelo órgão governamental, as espécies identificadas ficam
protegidas de maneira integral. Assim sendo, é proibida a coleta, corte,
transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento e comercialização. O uso das
sementes, folhas e frutos, no entanto, está permitido, desde que sejam usadas
técnicas de manejo que não coloquem em risco a conservação da espécie.
De acordo
com a analista ambiental Hélida Bruno Nogueira Borges, da Coordenadoria de
Conservação e Restauração de Ecossistemas (CCRE), da Superintendência de
Mudanças Climáticas e Biodiversidade (Subio), da Secretaria de Meio Ambiente do
Mato Grosso (Sema), o estudo selecionou somente as espécies arbóreas porque
apenas para este grupo existem informações para o Estado. “Espécies arbustivas,
herbáceas, cipós e epífitas não foram identificadas na relação do MMA. Isto
significa que o número real de espécies ameaçadas pode ser maior que as 31
espécies relacionadas”, disse a analista ambiental.
“As
espécies encontradas em Mato Grosso, a partir de agora, precisam de cuidados na
autorização de corte em Planos de Exploração Florestal (PEFs) e Planos de
Manejo, já que essas práticas eliminam indivíduos e também a variabilidade
genética necessária para a adaptação de espécies ao ambiente. O desmatamento
ilegal é pior ainda, pois pode eliminar populações inteiras promovendo a
extinção local ou regional de espécies de plantas, além disso, precisamos
discutir a proposição de planos de proteção visando a conservação dessas
espécies”, destacou Hélida Bruno.
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