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27 dezembro 2007

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM TERRAS INDÍGENAS

Funcionários da Funai denunciam ameaças de índios que extraiam madeira ilegalmente no Pará

Agência Brasil

Brasília, 27/12/2007 - Os três funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) que participaram de uma operação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Federal para coibir a retirada ilegal de madeira da terra indígena do Alto Rio Guamá, no Pará, denunciaram que estão sendo ameaçados por indígenas da tribo Tembé.

Os servidores foram orientados pela Polícia Federal a registrar a denúncia na delegacia do município e na superintendência do órgão no estado.

De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário do Pará e Amapá (Cimi), Claudemir Teodoro Monteiro, a operação na reserva do Alto Rio Guamá foi motivada por denúncia da própria comunidade, de que alguns membros da etnia Tembé estariam vendendo madeira ilegalmente

"Os índios se reuniram com a procuradoria [geral do estado do Pará] e pediram que investigassem os cabeças dessas ações da venda de madeira. Nessa investigação constataram a presença de lideranças indígenas, que permitiam a venda de madeira. Uma vez o Estado ausente, os madeireiros tomam conta dos índios", disse.

Claudemir denunciou que 50% da terra indígena já foi destruída e que as áreas desmatadas estão sendo utilizadas pelos madeireiros para plantar maconha.

O administrador da Funai em Belém, Juscelino Bessa, reconhece as denúncias do coordenador do Cimi, mas disse que o órgão está com dificuldade para desenvolver projetos de geração de renda no Alto Rio Guamá por causa da influência dos madeireiros.

"Nenhum projeto, ou qualquer projeto que você desenvolva ali, tem a mínima condição de ir para frente em função dessa existência da madeira como atrativo ser muito mais fácil. Os índios se sentem mais atraídos pela facilidade da madeira, o ganho fácil da madeira", disse.

Os servidores da Funai Franscisco Potiguara Tomaz Filho, Paulo Sérgio Brabo e Heleno Couto não quiseram dar entrevista.

De acordo com o administrador Juscelino Bessa, os funcionários ameaçados vão registrar a denúncia nos órgãos competentes no início do ano.

A terra indígena do Alto Rio Guamá está localizada no estado do Pará na divisa com o Maranhão e tem uma área de aproximadamente 280 mil hectares.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

porque a madereira aurora continua serrando madeira, se o proprietario marcio ricardo borges da silva. responde processo por ser preso extraindo maderira na area indigena, inclusive foi condenado e até agora continua exercendo o cargo de prefeito no municipio de aurora dopará.

14/09/2009, 06:33  

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