CASO ISABELLA: INVESTIGAÇÃO SÉRIA OU SHOW PARA A IMPRENSA? (2)
Como havíamos informado anteriormente (clique aqui), a investigação da morte de Isabella Nardoni estava mais para show midiático do que inquérito policial.
Tudo estava e está tão deturpado que poucos puderam notar que a mesma corria em 'segredo de justiça', decretado pelo juiz do caso, Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana, na noite de quinta-feira (03/02).
Com toda publicidade que o caso atraiu, incluindo entrevista coletiva 'convocada' pelo promotor do caso, Francisco Cembranelli, na sexta (04/04), ou seja, um dia depois da decretação do segredo de justiça, não restou outra opção ao Juiz, mas suspender a medida.
E a argumentação do juiz para suspender sua decisão é humilhante para a promotoria:
- O comportamento adotado pelo Ministério Público demonstrou que o sigilo das informações referentes ao inquérito policial não constitui formalidade imprescindível para o bom desenvolvimento das investigações", disse o juiz. (clique aqui para ler a íntegra da decisão do juiz)
Segundo matéria do jornal O Globo, o juiz afirma que as informações que estavam sob sigilo foram divulgadas abertamente à imprensa. Na sexta-feira passada, o promotor Francisco Cembranelli, que acompanha as investigações, convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o caso. O juiz havia decretado o sigilo na quinta-feira, quando aceitou o pedido de prisão temporária do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá.
O juiz afirma ainda que "mesmo tendo pleno conhecimento da decretação do sigilo, o promotor revelou detalhes dos depoimentos e divulgou detalhes das várias contradições que tinham sido enumeradas pelo delegado, além de outras que ele próprio encontrou".
"Como se tudo isso não bastasse, emitiu ainda juízo de valoração a respeito das provas inconclusivas até aqui realizadas, afirmando, mais de uma vez, que a versão oferecida pelos averiguados seria 'fantasiosa', mesmo ciente de que os averiguados ainda não haviam sequer sido indiciados pela autoridade policial", afirmou em seu despacho.
Fossen lembrou que o promotor divulgou até mesmo detalhes sobre o trabalho da perícia, que encontrou marcas de sangue nas paredes, apesar de nos autos constarem apenas vestígios no chão, nos lençóis da cama sob a janela e na tela de proteção. Em seu despacho, ele solicitou ainda cópias das entrevistas dadas pelo promotor para "fins de direito".
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Fotografia: clique do fotógrafo Marcelo Morais do site G1 mostra o promotor do caso Isabella Nardoni rodeado de fotógrafos e cinegrafistas.
2 Comments:
Investigação seria que se tornou um show. o que é lamentavel.
BESTEIRA!!!
A HIPER DIVULGAÇÃO É NECESSARIA, PARA QUE NUNCA MAIS HAJA OUTRO CASO ISABELLA NARDONI! O PROXIMO DESGRAÇADO IRA PENSAR VINTE VEZES ANTES DE FAZER UMA M... DESSAS!!!
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