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03 novembro 2005

MALÁRIA NO ACRE: UM MAL CRÔNICO

No Acre a malária é um problema crônico de saúde pública. Segundo dados da FUNASA, na cidade de Cruzeiro do Sul - que possui cerca de 70 mil habitantes - mais de 3 mil casos da doença foram registrados desde o começo deste ano (Notícias da Hora, 14/10/2005). É um número alarmante, próprio para a criação de CPIs no legislativo estadual em ano pré-eleitoral.
Infelizmente, os números da doença no Acre vão parecer exagerados apenas para os leitores do blog que vivem em outras partes do país. Aqui no Acre eles parecem não causar muitas surpresas, nem consternação. A vida segue adiante como se nada de excepcional estivesse acontecendo. Nós todos encaramos a doença assim, como se fosse algo inevitável, que não dá para ser controlada. Às vezes ela vira manchete na imprensa local, outras vezes fica esquecida por meses, dando a impressão que foi controlada. Mas a verdade é que ela nunca abandonou a população, especialmente a do interior.
Quem vive no Acre sabe da luta do pessoal da FUNASA para combater este e outros males, como a dengue por exemplo. Tendo em vista a inabilidade das autoridades no combate à doença, seria interessante a realização de um estudo detalhado sobre o custo/benefício dos investimentos feitos para o controle da doença nestes últimos anos no Estado. É preciso para saber com precisão onde estão os principais problemas das políticas adotadas para se mudar para melhor o combate e prevenção da doença.
Seria altamente desejável que o tema fosse objeto de monografia ou dissertação por parte de docentes ou estudantes dos cursos de medicina ou enfermagem da Universidade Federal do Acre. Estes tipos de estudos, ao contrário dos "relatórios da situação" feitos pelo próprio governo, são mais detalhados, feitos com "calma" e por pessoas que estão fora do "campo de batalha", que geralmente conseguem enxergar o que aqueles que estão na linha de frente do combate à doença não conseguem por falta de tempo.
As autoridades precisam ter acesso à maior quantidade possível de dados confiáveis sobre a doença. É preciso, por exemplo, saber o índice de fatalidade e o custo que a mesma tem representado para a sociedade local. Os números contidos em orçamentos de anos anteriores não podem ser a principal fonte de informação para a implementação de políticas públicas realistas e eficientes.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Seu blog está com link no jornal
O ESTADO (www.oestadoacre.com.br)

Abç do Braña.

03/11/2005, 14:42  
Anonymous Anônimo said...

Braña, agradeço a força. Aliás, o meio ambiente acreano agradece!
Evandro

03/11/2005, 15:25  

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