RELATÓRIO DA ONU INDICA QUE DESMATAMENTO GLOBAL ESTÁ EM QUEDA. SERÁ?
Segundo a FAO, a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a perda mundial de florestas em função do desmatamento diminuiu de uma média de 8,9 milhões de hectares por ano no período 1999-2000, para 7,2 milhões de hectares no período de 2001-2005. Estes números levam em consideração as áreas florestais que foram acrescentadas no período em função de novos plantios e a regeneração natural.
No relatório foram levantados dados de 229 países. O desmatamento mais extenso foi verificado na América do Sul, onde uma média de 4,2 milhões de hectares são perdidos anualmente. Em seguida vem a África, com 3,9 milhões de hectares. A América do Norte e a Oceania tiveram a menor perda de florestas no perído, enquanto que a Ásia e a Europa mostraram um aumento na área florestada.
O relatório completo da ONU vai ser publicado em janeiro de 2006.
Cientistas criticam o relatório: dados enviados por governos não são precisos
Alguns cientístas acham que a ONU está minimizando o problema. “A destruiçao das florestas tropicais está continuando, exatamente como ocorreu nos anos 70, talvez até em um rítmo mais acelerado” de acordo como Matti Paolo, professor de Economia Florestal no Instituto Finlandês de Pesquisas Florestais.
Muitos grupos ambientalistas e conservacionistas haviam criticado o relatório anterior da ONU, publicado em 2001, e que avaliou os dados do período 1990-2000. Embora fosse considerado o mais completo e abrangente relatório sobre o desmatamento global já feito, com informações fornecidas por mais de 200 países, o relatório indicou na época que a área com florestas no mundo havia aumentado em 500 milhões de hectares.
A organização não governamental americana World Resources Institute (WRI) contestou os dados e indicou que, na verdade, no lugar de diminuir para 9 milhões, a média de desmatamento real foi perto de 16 milhões de hectares por ano.
Corrupção e florestas públicas são as principais razões para o aumento do desmatamento
Um relatório da World Forests, Society and Environment (WFSE) indica que as duas maiores razões para o aumento do desmatamento global são a corrupção e o fato da maior parte das florestas mundiais pertencerem aos governos nacionais. A WFSE, que envolve 149 cientistas de países do hemisfério norte e sul e que foi iniciada em 1996 pelo Instituto Finlandês de Pesquisas Florestais, aponta que 80% das florestas mundias pertencem aos governos, e que a maior parte da madeira retiradas destas florestas são vendidas por preços bem abaixo do práticado no mercado mundial.
De acordo com a WFSE os preços baixos funcionam como incentivo para a continuação do desmatamento e degradação das florestas. Além disso, causam a diminuição do retorno dos investimentos feitos em exploração florestal manejada. Nos países em desenvolvimento isso também serve como uma forma de incentivo para funcionários corruptos que facilitam a realização de desmatamentos ilegais. É uma forma de círculo vicioso: “florestas públicas levam a preços baixos da madeira, que leva à corrupção e ao desmatamento” diz o professor Matti Paolo.
Links indicados:
U.N. Agency: Rate of Deforestation Slowing
U.N. Minimising Tropical Deforestation - Report
No relatório foram levantados dados de 229 países. O desmatamento mais extenso foi verificado na América do Sul, onde uma média de 4,2 milhões de hectares são perdidos anualmente. Em seguida vem a África, com 3,9 milhões de hectares. A América do Norte e a Oceania tiveram a menor perda de florestas no perído, enquanto que a Ásia e a Europa mostraram um aumento na área florestada.
O relatório completo da ONU vai ser publicado em janeiro de 2006.
Cientistas criticam o relatório: dados enviados por governos não são precisos
Alguns cientístas acham que a ONU está minimizando o problema. “A destruiçao das florestas tropicais está continuando, exatamente como ocorreu nos anos 70, talvez até em um rítmo mais acelerado” de acordo como Matti Paolo, professor de Economia Florestal no Instituto Finlandês de Pesquisas Florestais.
Muitos grupos ambientalistas e conservacionistas haviam criticado o relatório anterior da ONU, publicado em 2001, e que avaliou os dados do período 1990-2000. Embora fosse considerado o mais completo e abrangente relatório sobre o desmatamento global já feito, com informações fornecidas por mais de 200 países, o relatório indicou na época que a área com florestas no mundo havia aumentado em 500 milhões de hectares.
A organização não governamental americana World Resources Institute (WRI) contestou os dados e indicou que, na verdade, no lugar de diminuir para 9 milhões, a média de desmatamento real foi perto de 16 milhões de hectares por ano.
Corrupção e florestas públicas são as principais razões para o aumento do desmatamento
Um relatório da World Forests, Society and Environment (WFSE) indica que as duas maiores razões para o aumento do desmatamento global são a corrupção e o fato da maior parte das florestas mundiais pertencerem aos governos nacionais. A WFSE, que envolve 149 cientistas de países do hemisfério norte e sul e que foi iniciada em 1996 pelo Instituto Finlandês de Pesquisas Florestais, aponta que 80% das florestas mundias pertencem aos governos, e que a maior parte da madeira retiradas destas florestas são vendidas por preços bem abaixo do práticado no mercado mundial.
De acordo com a WFSE os preços baixos funcionam como incentivo para a continuação do desmatamento e degradação das florestas. Além disso, causam a diminuição do retorno dos investimentos feitos em exploração florestal manejada. Nos países em desenvolvimento isso também serve como uma forma de incentivo para funcionários corruptos que facilitam a realização de desmatamentos ilegais. É uma forma de círculo vicioso: “florestas públicas levam a preços baixos da madeira, que leva à corrupção e ao desmatamento” diz o professor Matti Paolo.
Links indicados:
U.N. Agency: Rate of Deforestation Slowing
U.N. Minimising Tropical Deforestation - Report
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