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05 outubro 2006

ARIANE CADAXO: E SE NINGUEM TIVESSE DENUNCIADO?

Foi noticiado pela imprensa local que a vereadora Ariane Cadaxo usou telefone celular da câmara municipal de Rio Branco (pago por todos nós, contribuintes) para pedir votos aos candidatos que ela estava apoiando na eleição deste ano. A vereadora, mais que depressa, correu para ressarcir os valores denunciados. Tarde demais: houve uma ilegalidade que tem que ser apurada. Não tem essa de por "panos quentes" para dar um jeitinho no caso. Investiga-se e então decide -se a punição ou não da vereadora. Não existe "ilegalidadezinha" ou, como costumamos falar "foi só uma coisinha besta", "um equívoco". Se ela é inocente, vai ter a oportunidade de provar durante a investigação.

Sobre o episódio, parte da imprensa local publica que a oposição quer "enquadrar" a referida vereadora (coluna Bom Dia, A Tribuna, 05/10/2006). Outro jornal abre espaço para ela dizer que "é vítima de complô" (A Gazeta, 05/10/2006). Estão confundindo os leitores, dando mau exemplo, deseducando a população. Que lê os jornais fica confuso. Pode pensar que o crime compensa quando não é descoberto. É como se fosse publicada a seguinte história (fictícia):

- Seu "João Sem Braço" surrupiou R$ 100 mil dos cofres municipais, mas depois que foi descoberto ele foi lá e devolveu tudo. Não faltou nada, nem um centavo. Viram leitores, ele é honesto, não precisou nem investigar!

Desonesto-herói. E se não tivesse sido descoberto? ia ficar por isso mesmo?

A oposição não está perseguindo ninguem! Investiguem e, de preferência, cassem o mandato da referida vereadora para que isto sirva de exemplo para que outros políticos sequer pensem em agir da forma como ela agiu. Digo isso na qualidade de eleitor e cidadão de Rio Branco que paga taxas e impostos municipais. Precisamos dar um basta neste tipo de atitude por parte de políticos, que sempre têm uma boa desculpa para justificar seus atos.

O que mais me entristece em todo o episódio é que eu votei em Ariane Cadaxo. Ela começou agora na política. Nova também na idade. E a gente tem sempre esperança que a nova geração não vai repetir os erros da velha geração.