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28 fevereiro 2007

DESFALQUE NA FUNDAÇÃO BIOMA

Rombo é estimado em R$ 400 mil. Administrador é suspeito

Finalmente veio a público o que se ouvia em cochichos pelos corredores da UFAC: um rombo que se estima em cerca de R$ 400 mil cometido pelo administrador da Fundação Bioma, Huerles Teixeira da Costa. A denúncia foi formalizada na polícia pelo Professor Enock Pessoa, Diretor-Presidente da Fundação. O que causau espanto é fato do suposto desvio ter atingido quantia tão elevada e não ter sido notado pela direção da Fundação. Além do presidente, pelo menos mais 2 membros da direção trabalham ativamente nas operações diárias da mesma.
A Bioma é uma organização não governamental (ONG), sem fins lucrativos, fudada em 1998 por professores e pesquisadores da UFAC. O foco principal de ação da ONG é apoiar ações de pesquisa, extensão, eventos científicos, cursos, concursos e outras modalidades de trabalhos de capacitação relacionados com o desenvolvimento sustentável da amazônia ocidental. Na prática, a Bioma não realiza diretamente ações de pesquisa, ela apenas administra os recursos financeiros captados pelos pesquisadores e professores. Para isso possui cerca de 5 funcionários que ocupam duas salas no andar térreo do prédio da reitoria. Sua página web, era, até alguns meses atrás, hospedada no servidor da instituição.

Além da Bioma, que não possui nenhum vínculo jurídico com a UFAC, existe uma outra fundação na instituição, a Fundape. Ela é ligada diretamente à UFAC e realiza o mesmo tipo de atividade da Bioma. A Bioma, entretanto, tinha demonstrado uma maior agilidade na captação de recursos financeiros e estava trabalhando ativamente com parceiros externos, entre os quais a Prefeitura de Rio Branco, o INCRA e o Ministério da Saúde. Entre os pesquisadores e professores da UFAC, a existência da Bioma e da Fundape é de grande importância porque os recursos financeiros captados externamente são administrados de forma desburocratizada e ágil, sem passar pela administração da instituição.

A maioria das instituições públicas de ensino do Brasil possuem suas próprias fundações de apoio à pesquisa, ensino e extensão para centralizar nelas os recursos financeiros captados por seu corpo acadêmico, que, de outra forma, iriam ser depositados no que se convencionou chamar "buraco negro" da conta única do tesouro nacional. Todas as fundações ligadas às universidades, mesmos as de carater não governamental, devem seguir a legislação federal no que toca à administração de recursos financeiros.