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Na Web No BLOG AMBIENTE ACREANO

31 agosto 2007

SACOLAS PLÁSTICAS: PARA QUE O EXAGERO?

Para frear seu uso seria interessante que os estabelecimentos comerciais passassem a cobrar uma taxa simbólica por cada unidade usada pelos consumidores

Vocês já notaram como existe um excesso no uso de sacolas plásticas no comércio de nossa cidade? Se a gente vai comprar pão, dependendo da padaria, o produto pode sair de lá embalado por duas sacolas plásticas ou por um saco de papel e uma sacola plástica. Que exagero não é!

Nos supermercados a situação é mais grave. Você faz uma compra de R$ 30 reais e volta para casa com uma dúzia de sacolas. Os embaladores exageram e parece não haver limites na quantidade que estão autorizados a usar. A destinação final deste material? O lixão da cidade. É que a maior parte delas é usada para recolher lixo doméstico. Lá elas ficarão até 100 anos, prazo para a sua degradação natural.

Eu evito levar quantidades exageradas de sacolas para casa. Prefiro, no caso do pão, o velho (e facilmente reciclável) saco de papel. Em breve vou comprar aquelas sacolas grandes que meus pais usavam para fazer a feira no mercado velho. Elas também são de material plástico, mas podem ser utilizadas dezenas de vezes.


Em recente artigo, Sebastião Almeida, Deputado Estadual Paulista, questiona se é possível viver sem as sacolinhas de supermercado e comenta sobre as alternativas que estão surgindo para diminuir o seu uso. Em São Paulo já tem supermercado que cobra R$ 0,05 por cada sacola. É um preço simbólico que tem por objetivo despertar a consciência de cada um para o problema.


O Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos, que, na prática, representa cerca de 10% do lixo do país. É um material produzido a partir de polietileno, derivado do petróleo, não biodegradável, e poluente também durante sua produção.


Cientistas brasileiros do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (IPT/USP) desenvolveram um plástico derivado do açúcar de cana. O custo é mais elevado, o que atrapalha previsões sobre o alcance do produto. Mas, veja bem, estamos falando de um produto que demora 60 dias para se decompor contra os 100 anos da concorrência!

Há também quem decidiu cortar o mal pela raiz. Em San Francisco, nos EUA, os sacos plásticos serão banidos e substituídos por sacolas de papel reciclado e materiais feitos com goma de milho ou batata. Em Bangladesh, já é proibido fabricar, comprar e, acredite, portar sacos plásticos. O que motivou a histeria foram o entupimento de redes de esgotos e as cheias provocadas pelas sacolas.

Na Irlanda, o governo não precisou ser tão radical. Há cinco anos, passou a cobrar imposto por cada sacolinha. A redução hoje chega a 90%, uma economia de 18 milhões de litros de petróleo no país. Sem contar que a taxa representa R$ 200 milhões a mais nos cofres públicos por ano, que são revertidos para a preservação ambiental.

Como se percebe, existem várias maneiras de amenizar o impacto dessas sacolinhas plásticas. A conscientização em torno do problema é o primeiro passo. Se você puder levar suas compras sem os saquinhos plásticos, não pense duas vezes em dispensá-los. Mais que isso, incorpore a reciclagem no seu cotidiano. Essas medidas, com certeza, já serão de grande ajuda e os frutos serão colhidos lá na frente, daqui a 100. É um investimento de futuro.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Acabei de mandar para toda minha lista um pps a respeito disso. Concordo plenamente e eu não aceito nenhuma sacolinha e embrulho extra! Os atendentes das lojas ficam perplexos por eu "recusar a gentileza". Mas é assim que temos que agir.
Adicionei seu blog aos meus marcadores.
Abs
Claudia/Bióloga/INPE

23/09/2008, 09:31  
Blogger Sacolas Ecologicas said...

eu tento fazer a minha parte, inclusive vendendo as sacolas ecológicas.
veja meu blog:
http://sacolas-ecológicas.blogspot.com

tel.11-3495-5334

obrigada pelo espaço

06/11/2008, 19:13  

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