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19 outubro 2007

ENADE: SEM ELE UNIVERSITÁRIOS NÃO RECEBEM DIPLOMAS

No Amazonas, alunos do curso de medicina não receberam diploma porque não participaram do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)


Diplomação é prejudicada por exame do Enade
Clóvis Miranda, A Crítica

A colação de grau de 54 estudantes do curso de Medicina, ocorrida ontem à noite no Auditório Eulálio Chaves, no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), foi marcada por constrangimento e humilhação.

Na ocasião, 27 dos bacharéis não receberam o diploma ao qual tinham direito por não terem participado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A medida provocou protestos e atrapalhou o andamento da solenidade. Houve vaias, palavras de ordem ao microfone e gritos de repúdio por parte dos estudantes, que utilizaram narizes de palhaço como forma de protesto.

Segundo o bacharel João Paulo Brasil, 28, a confusão foi causada por conta da "má-vontade" da Ufam para com os demais colegas. Ele conta que, assim que souberam da data de realização do Enade 2007, 11 de novembro, os alunos pleitearam junto à instituição uma data mais próxima do fim do ano para a formatura - pedido que não foi atendido pela Ufam.

Teve início, então, uma disputa judicial para garantir aos alunos o direito de receber o diploma, mesmo sem se submeter à avaliação. Ontem, 13 bacharéis ainda receberam um "certificado de conclusão de terceiro grau", sem nenhum valor jurídico. Outros 14 receberam apenas um rosa branca. "Não podemos assistir calados ao que aconteceu. Houve arbitrariedade da instituição", disse João Paulo.

O pró-reitor de gradução da Ufam, Bruce Osbourne, teve que sair da cerimônia mais cedo por conta do clima de hostilidade no local, que lhe rendeu até vaias. Ele afirmou que a exigência do Enade é uma lei do Ministério da Educação (MEC) que não pode ser desobedecida.

Crétido da imagem: Clóvis Miranda, A Crítica