AMAZONAS: BOTOS SÃO MORTOS PARA SERVIR COMO ISCA DE PEIXE
Cerca de 165o botos são mortos anualmente para serem usados como isca por pescadores na região de Tefé
Mário Adolfo Filho
Especial para A CRÍTICA
Aproximadamente 1.650 botos morrem por ano somente na região do entorno de Tefé (a 525 quilômetros de Manaus. Esta é a estimativa da pesquisadora Vera da Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que ontem participou de uma reunião com várias instituições de meio ambiente para discutir ações que possam impedir a extinção do mamífero na Amazônia.
O aumento da matança na região é associado à pesca do peixe piracatinga, muito apreciado como alimento na Colômbia e encontrado em abundância na bacia amazônica. Os pescadores utilizam o a carne do mamífero como isca.
“A piracatinga se alimenta de restos de animais aquáticos, por isso não é muito consumida por aqui. Mas mercados como da Bahia, do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte já começam a consumi-la. Isso incentiva a matança de botos”, afirma a pesquisadora.
“No Amazonas, o quilo do peixe é R$ 0,80; em Bogotá chega a R$ 4 e nos grandes mercados é comercializado por R$ 16. Por isso que é importante brecar a pesca da piracatinga no Amazonas”, disse.
Em pesquisas feitas na região da reserva do Mamirauá desde 1992, Vera diz que chegou a conversar com pescadores que se vangloriavam por já terem matado mais de cem botos. Quando escapam, os animais ficam mutilados. “A relação que fazemos é que para cada 300 quilos de piracatinga eles matem um boto. Também misturam outras iscas, como jacaré”, aponta.
O temor dos ambientalistas é que o boto amazônico sofra o mesmo fenômeno do boto da China, declarado, recentemente, tecnicamente extinto e as ações de ambientalistas ainda estão no início enquanto as predatórias se alastram por todo o Estado, pois pescadores vêem na piracatinga um próspero comércio.
Crédito da imagem: WWF Brasil - Zig/Koch
Mário Adolfo Filho
Especial para A CRÍTICA
Aproximadamente 1.650 botos morrem por ano somente na região do entorno de Tefé (a 525 quilômetros de Manaus. Esta é a estimativa da pesquisadora Vera da Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que ontem participou de uma reunião com várias instituições de meio ambiente para discutir ações que possam impedir a extinção do mamífero na Amazônia.
O aumento da matança na região é associado à pesca do peixe piracatinga, muito apreciado como alimento na Colômbia e encontrado em abundância na bacia amazônica. Os pescadores utilizam o a carne do mamífero como isca.
“A piracatinga se alimenta de restos de animais aquáticos, por isso não é muito consumida por aqui. Mas mercados como da Bahia, do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte já começam a consumi-la. Isso incentiva a matança de botos”, afirma a pesquisadora.
“No Amazonas, o quilo do peixe é R$ 0,80; em Bogotá chega a R$ 4 e nos grandes mercados é comercializado por R$ 16. Por isso que é importante brecar a pesca da piracatinga no Amazonas”, disse.
Em pesquisas feitas na região da reserva do Mamirauá desde 1992, Vera diz que chegou a conversar com pescadores que se vangloriavam por já terem matado mais de cem botos. Quando escapam, os animais ficam mutilados. “A relação que fazemos é que para cada 300 quilos de piracatinga eles matem um boto. Também misturam outras iscas, como jacaré”, aponta.
O temor dos ambientalistas é que o boto amazônico sofra o mesmo fenômeno do boto da China, declarado, recentemente, tecnicamente extinto e as ações de ambientalistas ainda estão no início enquanto as predatórias se alastram por todo o Estado, pois pescadores vêem na piracatinga um próspero comércio.
Crédito da imagem: WWF Brasil - Zig/Koch
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