OBESIDADE E DEMÊNCIA
Agência FAPESP, 31/03/2008 – Indivíduos de meia-idade com grandes barrigas têm maiores riscos de manifestar demência quando mais velhos. A afirmação é de um estudo publicado na revista Neurology, da Academia Norte-Americana de Neurologia.
O estudo foi feito com 6.583 pessoas de 40 a 45 anos que residiam na Califórnia. Em média 36 anos depois, os voluntários foram novamente examinados. A surpresa foi que 16% tinham diagnóstico positivo para demência, síndrome caracterizada por perda de memória e de habilidades e problemas de comportamento.
Os pesquisadores verificaram que aqueles que apresentaram os maiores valores de gordura abdominal eram quase três vezes mais propensos a desenvolver demência do que os demais.
“Trata-se de uma descoberta desconcertante, considerando que 50% dos adultos nos Estados Unidos têm quantias não saudáveis de gordura abdominal”, disse uma das autoras do trabalho, Rachel Whitmer, da Divisão de Pesquisa da Kaiser Permanente.
De acordo com o estudo, ter um abdome grande aumentou o risco de demência independentemente de os participantes se apresentarem com peso normal, sobrepeso ou obesidade e das condições de saúde, incluindo diabetes ou problemas cardiovasculares.
O grupo com sobrepeso e abdome volumoso teve risco 2,3 vezes maior de desenvolver a síndrome do que pessoas com peso e cinturas consideradas dentro do padrão. Entre os obesos e com abdome grande, o risco foi 3,6 vezes maior.
Na pesquisa, as mulheres apresentaram obesidade abdominal mais freqüentemente do que os homens. Os grupos nos quais a incidência esteve mais presente foram: não brancos, fumantes, pessoas com pressão alta, elevados níveis de colesterol e diabetes e aqueles com menor escolaridade.
Os autores destacam que, como em todos os estudos observacionais, é possível que a associação de obesidade abdominal e demência não seja dirigida pela própria obesidade, mas por um conjunto complexo de comportamentos relacionados à saúde do qual a deposição de gordura na região da cintura faz parte.
“Mais estudos devem ser feitos para determinar quais são os mecanismos que ligam a obesidade abdominal com a demência”, destacaram os pesquisadores.
O artigo 'Central obesity and increased risk of dementia more than three decades later', de Rachel Whitmer e outros, pode ser lido por assinantes da Neurology em www.neurology.org.
O estudo foi feito com 6.583 pessoas de 40 a 45 anos que residiam na Califórnia. Em média 36 anos depois, os voluntários foram novamente examinados. A surpresa foi que 16% tinham diagnóstico positivo para demência, síndrome caracterizada por perda de memória e de habilidades e problemas de comportamento.
Os pesquisadores verificaram que aqueles que apresentaram os maiores valores de gordura abdominal eram quase três vezes mais propensos a desenvolver demência do que os demais.
“Trata-se de uma descoberta desconcertante, considerando que 50% dos adultos nos Estados Unidos têm quantias não saudáveis de gordura abdominal”, disse uma das autoras do trabalho, Rachel Whitmer, da Divisão de Pesquisa da Kaiser Permanente.
De acordo com o estudo, ter um abdome grande aumentou o risco de demência independentemente de os participantes se apresentarem com peso normal, sobrepeso ou obesidade e das condições de saúde, incluindo diabetes ou problemas cardiovasculares.
O grupo com sobrepeso e abdome volumoso teve risco 2,3 vezes maior de desenvolver a síndrome do que pessoas com peso e cinturas consideradas dentro do padrão. Entre os obesos e com abdome grande, o risco foi 3,6 vezes maior.
Na pesquisa, as mulheres apresentaram obesidade abdominal mais freqüentemente do que os homens. Os grupos nos quais a incidência esteve mais presente foram: não brancos, fumantes, pessoas com pressão alta, elevados níveis de colesterol e diabetes e aqueles com menor escolaridade.
Os autores destacam que, como em todos os estudos observacionais, é possível que a associação de obesidade abdominal e demência não seja dirigida pela própria obesidade, mas por um conjunto complexo de comportamentos relacionados à saúde do qual a deposição de gordura na região da cintura faz parte.
“Mais estudos devem ser feitos para determinar quais são os mecanismos que ligam a obesidade abdominal com a demência”, destacaram os pesquisadores.
O artigo 'Central obesity and increased risk of dementia more than three decades later', de Rachel Whitmer e outros, pode ser lido por assinantes da Neurology em www.neurology.org.
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