DOADORES DE SANGUE PORTADORES DE MALÁRIA
Estudo indica que banco de sangue de Rio Branco apresenta o mais baixo índice de doadores assintomáticos da doença, em comparação com bancos de sangue de Belém, Macapá e Porto Velho
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
A transmissão da malária no Brasil é heterogênea em todas as áreas endêmicas e a presença de portadores assintomáticos de Plasmodium sp. (PAPs) na Amazônia brasileira já foi demonstrada. Nestes casos, as populações nativas podem, teoricamente, funcionar como reservatório para a disseminação da doença para os imigrantes.
Atualmente, a triagem de pacientes maláricos em bancos de sangue da região é baseada na seleção dos doadores com relação aos riscos possíveis associados com residência, evidência clínica e/ou os métodos diagnósticos não acurados que aumentam a probabilidade da infecção transmitida por transfusão.
Para avaliar o percentual de doadores considerados portadores assintomáticos de malária em bancos de sangue da Amazônia, um estudo foi realizado em bancos de sangue das cidades de Belém, Macapá, Porto Velho e Rio Branco.
Os resultados obtidos indicam que a taxa de positividade variou de 1 a 3% de doadores nas quatro cidades, com uma média de 2,3%. Todos os indivíduos positivos tinham infecções mistas entre o Plasmodium vivax e o Plasmodium falciparum.
Nenhuma diferença significativa nos resultados foi detectada, mas a maioria dos casos originou dos Hemocentros de Porto Velho e de Macapá, onde 3% das amostras analisadas estavam contaminadas. Em Belém foram detectadas 2% de amostras contaminadas e em Rio Branco, 1%.
Embora ainda não esteja claro se os indivíduos PAPs possam agir como reservatórios do parasito, a triagem eficiente de PAPs e de pacientes com malária em bancos de sangue em áreas endêmicas no Brasil necessita ser implementada.
Um estudo realizado em Apiacá, Mato Grosso, área endêmica da doença, indicou que 32% dos indivíduos testados foram considerados como portadores assintomáticos, infectados com Plasmodium malariae. No Amazonas, 0.3% dos doadores de sangue avaliados nos bancos de sangue do Estado apresentaram reação positiva para contaminação por Plasmodium vivax.
Segundo os pesquisadores, o número de doadores com risco potencial de malária está aumentando, assim como a responsabilidade das equipes de coleta de sangue de identificar corretamente todos esses indivíduos e encontrar substitutos para aqueles impedidos de continuar a doar sangue.
O resultado da pesquisa, combinado com as atuais condições de aumento da ocorrência da doença na região, indica que é importante não apenas aperfeiçoar o sistema de triagem dos doadores maláricos, mas de se testar a presença de portadores assintomáticos de malária (PAPs) em todos os bancos de sangue da região Amazônica.
Clique aqui para ler, no Blog Biodiversidade Acreana, o resumo (com link para texto completo em inglês) do artigo 'Triagem molecular de portadores assintomáticos de Plasmodium sp. entre Bancos de Sangue da região Amazônica brasileira', publicado na revista Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v.49 n.1, 2007. O artigo tem a autoria de Érica Fugikaha, Patrícia Aparecida Fornazari, Roberta de Souza Rodrigues Penhalbel e outros.
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
A transmissão da malária no Brasil é heterogênea em todas as áreas endêmicas e a presença de portadores assintomáticos de Plasmodium sp. (PAPs) na Amazônia brasileira já foi demonstrada. Nestes casos, as populações nativas podem, teoricamente, funcionar como reservatório para a disseminação da doença para os imigrantes.
Atualmente, a triagem de pacientes maláricos em bancos de sangue da região é baseada na seleção dos doadores com relação aos riscos possíveis associados com residência, evidência clínica e/ou os métodos diagnósticos não acurados que aumentam a probabilidade da infecção transmitida por transfusão.
Para avaliar o percentual de doadores considerados portadores assintomáticos de malária em bancos de sangue da Amazônia, um estudo foi realizado em bancos de sangue das cidades de Belém, Macapá, Porto Velho e Rio Branco.
Os resultados obtidos indicam que a taxa de positividade variou de 1 a 3% de doadores nas quatro cidades, com uma média de 2,3%. Todos os indivíduos positivos tinham infecções mistas entre o Plasmodium vivax e o Plasmodium falciparum.
Nenhuma diferença significativa nos resultados foi detectada, mas a maioria dos casos originou dos Hemocentros de Porto Velho e de Macapá, onde 3% das amostras analisadas estavam contaminadas. Em Belém foram detectadas 2% de amostras contaminadas e em Rio Branco, 1%.
Embora ainda não esteja claro se os indivíduos PAPs possam agir como reservatórios do parasito, a triagem eficiente de PAPs e de pacientes com malária em bancos de sangue em áreas endêmicas no Brasil necessita ser implementada.
Um estudo realizado em Apiacá, Mato Grosso, área endêmica da doença, indicou que 32% dos indivíduos testados foram considerados como portadores assintomáticos, infectados com Plasmodium malariae. No Amazonas, 0.3% dos doadores de sangue avaliados nos bancos de sangue do Estado apresentaram reação positiva para contaminação por Plasmodium vivax.
Segundo os pesquisadores, o número de doadores com risco potencial de malária está aumentando, assim como a responsabilidade das equipes de coleta de sangue de identificar corretamente todos esses indivíduos e encontrar substitutos para aqueles impedidos de continuar a doar sangue.
O resultado da pesquisa, combinado com as atuais condições de aumento da ocorrência da doença na região, indica que é importante não apenas aperfeiçoar o sistema de triagem dos doadores maláricos, mas de se testar a presença de portadores assintomáticos de malária (PAPs) em todos os bancos de sangue da região Amazônica.
Clique aqui para ler, no Blog Biodiversidade Acreana, o resumo (com link para texto completo em inglês) do artigo 'Triagem molecular de portadores assintomáticos de Plasmodium sp. entre Bancos de Sangue da região Amazônica brasileira', publicado na revista Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v.49 n.1, 2007. O artigo tem a autoria de Érica Fugikaha, Patrícia Aparecida Fornazari, Roberta de Souza Rodrigues Penhalbel e outros.
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