SE A MODA PEGA

A mesa diretora da Assembléia Legislativa de Rondônia concedeu pensão vitalícia de R$ 9.000,00 para o ex-deputado estadual João Batista dos Santos, o 'João da Muleta'. O interessante do caso é que o ex-deputado não ficou deficiente enquanto exercia o mandato. A Assembléia não deu nenhuma justificativa para a concessão da pensão.

João da Muleta foi formalmente acusado, juntamente com 23 dos 24 deputados estaduais de Rondônia, de participar do esquema de "folha paralela". Através de intermediários, eles recebiam o dinheiro do salário de falsos funcionários registrados na Assembléia ou pagavam "fantasmas", que incluíam de cabos eleitorais a jornalistas. Por meio desse esquema ele foi acusado de ter desviado a quantia de R$ 240.000,00, sendo indiciado em inquérito policial por crimes tipificado nos Artigos 288 (formação de quadrilha) e 312 (peculato) do Código Penal.

Sem dúvida nenhuma que a pensão vitalícia deve ser uma espécie de 'prêmio' por bons serviços prestados pelo sortudo pensionista ao parlamento de seu Estado.

Quem pode pensar em uma explicação para a concessão da pensão por parte da mesa diretora da Assembléia rondoniense?

Eu acho que só pode estar relacionada à necessidade de que mais deficientes físicos se candidatem ao parlamento. Coisa de inclusão social. O que vocês acham? Ao conceder a pensão vitalícia a quantidade de candidatos deficientes poderá duplicar ou triplicar em futuros pleitos. R$ 9.000,00 por toda a vida é um estímulo e tanto.