O PREÇO DO CIMENTO DISPAROU! ALGUÉM TEM QUE FAZER ALGUMA COISA!
Preço subiu quase 40% em 2 meses! E tende a se manter elevado por conta da alta demanda do mercado local gerada por obras do Governo, Prefeitura e particulares. Além disso, a fábrica que abastecia parte do mercado acreano parou por três semanas
A saca de 50kg de cimento já está sendo vendida por até R$ 33 em Rio Branco! Um aumento de quase 40% em aproximadamente dois meses. Em meados de abril era possível comprar cimento por até R$ 24.
E a tendência é o preço se manter elevado por várias razões. Estamos no início do verão amazônico, período preferido pelos moradores da região para fazer suas construções pois chove muito pouco. Este ano tem eleição, e o programa de obras da Prefeitura e do Governo do Estado é intenso até a véspera do pleito.
Para piorar a situação, a fábrica da Votorantim do Mato Grosso, que produz a marca de cimento preferida pela maioria dos consumidores acreanos (Itaú), ficou parada durante 3 semanas entre o final de maio e início de junho. Embora a situação já tenha voltado ao normal, a produção está sendo quase toda direcionada para normalizar o consumo do Mato Grosso e de Rondônia. Como resultado, alguns revendedores de cimento do Acre estão tendo que comprar o produto em Goiás, o que significa pelo menos 1.000 km adicionais para ser incluído no valor do frete.
Quem planejou construir neste verão está diante de um problemão. Faz quase três semanas que o cimento aparece e desaparece do mercado de Rio Branco. E quando aparece, o preço está sempre mais alto. O que fazer?
Estou construindo uma área de lazer em minha casa e tive sorte pois comprei uma quantidade de cimento que quase foi suficiente para terminar a obra. Mas ainda tenho que comprar pelo menos mais 10 sacas. Três semanas atrás paguei R$ 28,50. Agora vou ter que pagar mais de R$ 30. Fico imaginando onde os empresários que estão trabalhando para o Governo e a Prefeitura estão comprando o cimento e quanto estão pagando pelo mesmo.
Posso ser ingênuo, mas creio que eles correm o risco de tomar um grande prejuízo pois no Acre, quando o preço do cimento sobe, junto sobem os preços do tijolo, areia, brita e barro. Mesmo que nenhum deles tenha nada a ver com o cimento pois seus custos de produção são outros. Tijolo, por exemplo, tem que aumentar quando sobe o valor do salário, da conta de energia e do combustível. Claro, se a procura for muito grande, também se justifica um aumento. Mas nada de aumentar o preço do tijolo só porque o preço do cimento está nas alturas!
Dessa forma, nesta questão das obras públicas ou os empresários ficam no prejuízo (o que é quase improvável) ou o Governo e Prefeitura terão que assinar termos aditivos reajustando o valor das obras, assumindo o custo extra do aumento exagerado dos materiais de construção.
O Governo do Estado bem que poderia agir para evitar um possível desabastecimento, a elevação exagerada dos preços e um possível prejuízo aos seus cofres.
Em Mato Grosso, para viabilizar o abastecimento de cimento no mercado interno daquele Estado, o Governo autorizou a importação de cimento pelo Porto Seco de Cuiabá. Segundo matéria do jornal Diário de Cuiabá, o Estado "concede diferimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) nas operações de importação de cimento processadas nos recintos do Porto Seco. Na operação subseqüente de circulação interna, a carga tributária efetiva nas operações corresponde à alíquota de 10%".
E no Acre? Diante dessa crise que põe em risco empregos e a arrecadação de impostos sobre o faturamento das empresas relacionadas ao setor de construção, o que o Governo do Estado está planejando fazer?
Que tal diminuir a alíquota do ICMS que incide sobre o cimento? Que tal fazer um arranjo de urgência para permitir a importação de cimento do nosso vizinho Peru? Algo tem que ser feito.
O que não pode é o Governo do Estado ficar inerte, vendo uma crise que ainda pode ser evitada se concretizar e arruinar o andamento da economia do Estado, que, nestes últimos meses, está literalmente "de vento em popa".
Se nada for feito, em breve estaremos repetindo um velho chavão que costumávamos usar com frequência nos tempos dos 'planos econômicos milagrosos', que resolviam os problemas do país durante alguns meses, para logo depois tudo voltar ao caos. Faz tempo que não uso, mas ainda lembro: "Estava bom demais para ser verdade".
Crédito da imagem: Diário de Cuiabá
A saca de 50kg de cimento já está sendo vendida por até R$ 33 em Rio Branco! Um aumento de quase 40% em aproximadamente dois meses. Em meados de abril era possível comprar cimento por até R$ 24.
E a tendência é o preço se manter elevado por várias razões. Estamos no início do verão amazônico, período preferido pelos moradores da região para fazer suas construções pois chove muito pouco. Este ano tem eleição, e o programa de obras da Prefeitura e do Governo do Estado é intenso até a véspera do pleito.
Para piorar a situação, a fábrica da Votorantim do Mato Grosso, que produz a marca de cimento preferida pela maioria dos consumidores acreanos (Itaú), ficou parada durante 3 semanas entre o final de maio e início de junho. Embora a situação já tenha voltado ao normal, a produção está sendo quase toda direcionada para normalizar o consumo do Mato Grosso e de Rondônia. Como resultado, alguns revendedores de cimento do Acre estão tendo que comprar o produto em Goiás, o que significa pelo menos 1.000 km adicionais para ser incluído no valor do frete.
Quem planejou construir neste verão está diante de um problemão. Faz quase três semanas que o cimento aparece e desaparece do mercado de Rio Branco. E quando aparece, o preço está sempre mais alto. O que fazer?
Estou construindo uma área de lazer em minha casa e tive sorte pois comprei uma quantidade de cimento que quase foi suficiente para terminar a obra. Mas ainda tenho que comprar pelo menos mais 10 sacas. Três semanas atrás paguei R$ 28,50. Agora vou ter que pagar mais de R$ 30. Fico imaginando onde os empresários que estão trabalhando para o Governo e a Prefeitura estão comprando o cimento e quanto estão pagando pelo mesmo.
Posso ser ingênuo, mas creio que eles correm o risco de tomar um grande prejuízo pois no Acre, quando o preço do cimento sobe, junto sobem os preços do tijolo, areia, brita e barro. Mesmo que nenhum deles tenha nada a ver com o cimento pois seus custos de produção são outros. Tijolo, por exemplo, tem que aumentar quando sobe o valor do salário, da conta de energia e do combustível. Claro, se a procura for muito grande, também se justifica um aumento. Mas nada de aumentar o preço do tijolo só porque o preço do cimento está nas alturas!
Dessa forma, nesta questão das obras públicas ou os empresários ficam no prejuízo (o que é quase improvável) ou o Governo e Prefeitura terão que assinar termos aditivos reajustando o valor das obras, assumindo o custo extra do aumento exagerado dos materiais de construção.
O Governo do Estado bem que poderia agir para evitar um possível desabastecimento, a elevação exagerada dos preços e um possível prejuízo aos seus cofres.
Em Mato Grosso, para viabilizar o abastecimento de cimento no mercado interno daquele Estado, o Governo autorizou a importação de cimento pelo Porto Seco de Cuiabá. Segundo matéria do jornal Diário de Cuiabá, o Estado "concede diferimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) nas operações de importação de cimento processadas nos recintos do Porto Seco. Na operação subseqüente de circulação interna, a carga tributária efetiva nas operações corresponde à alíquota de 10%".
E no Acre? Diante dessa crise que põe em risco empregos e a arrecadação de impostos sobre o faturamento das empresas relacionadas ao setor de construção, o que o Governo do Estado está planejando fazer?
Que tal diminuir a alíquota do ICMS que incide sobre o cimento? Que tal fazer um arranjo de urgência para permitir a importação de cimento do nosso vizinho Peru? Algo tem que ser feito.
O que não pode é o Governo do Estado ficar inerte, vendo uma crise que ainda pode ser evitada se concretizar e arruinar o andamento da economia do Estado, que, nestes últimos meses, está literalmente "de vento em popa".
Se nada for feito, em breve estaremos repetindo um velho chavão que costumávamos usar com frequência nos tempos dos 'planos econômicos milagrosos', que resolviam os problemas do país durante alguns meses, para logo depois tudo voltar ao caos. Faz tempo que não uso, mas ainda lembro: "Estava bom demais para ser verdade".
Crédito da imagem: Diário de Cuiabá
2 Comments:
junta isso tudo ao ano de eleição, quando as obras dos governos municipal, estadual e federal dobram...
E ainda tem as obras desse shopping.
Fala fio.
Comprei cimento no mês passado no Leroy Merlin e paguei R$ 15,90 pelo Itaú. Neste mês foi para R$ 18,00. Consegui em outra loja por R$ 16,30.
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